quarta-feira, 24 de julho de 2013

Saudação a Nanã Buruquê No Seu Dia




NANÃ BURUQUÊ.

    A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à
lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O único
Orixá que não reconheceu a soberania de Ogum por ser o dono dos
metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da
morte. Seu símbolo é o Íbíri - um feixe de ramos de folha de palmeira
com a ponta curvada e enfeitado com búzios.
     Nana é a chuva e a garoa. O banho de chuva é uma lavagem do corpo
no seu elemento, uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande
orixá.

     Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus.
Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o
que já existia, a água da terra por mando de Deus, sendo portanto
também sua criação simultânea a da criação do mundo.

1. Com a junção da água e a terra surgiu o Barro.
2. O Barro com o Sopro Divino representa Movimento.
3. O Movimento adquire Estrutura.
4. Movimento e Estrutura surgiu a criação, O Homem.

     Portanto, para alguns, Nanã é a Divindade Suprema que junto com
Zambi fez parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento Barro,
que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra,
e da continuação da existência humana e também da morte, passando por
uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca.

     Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora
perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores
poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente
ressentido.
     Orixá que também rege a Justiça, Nanã não tolera traição,
indiscrição, nem roubo. Por ser Orixá muito discreto e gostar de se
esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente diferente do
dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa
aparente filha de Oxum seria uma filha de Nanã "escondida".
     Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem
reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo
real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o
acesso a esse território do desconhecido.
     A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que
recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre,
da vida intra-uterina.
É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos
praticantes da Umbanda e do Candomblé, com menos familiaridade que os
Orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo.

     Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela
entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer
novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a
nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino -
e a responsável por esse período é justamente Nanã.

    Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candomblé,
como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma
brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso
está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por
Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério
e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem
a invoca em geral sempre a mesma relação austera que mantém com o
mundo.

     Nanã forma par com Obaluaiê. E enquanto ela atua na decantação
emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar, ele atua na
passagem do plano espiritual para o material (encarnação), o envolve
em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético ao tamanho do
feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado, ao
qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação.

     Este mistério divino que reduz o espírito, é regido por nosso
amado pai Obaluaiê, que é o "Senhor das Passagens" de um plano para
outro.
     Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em
uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim
como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne,
onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã
é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se
esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.

     Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a "memória" dos
seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos
do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para
toda uma encarnação.

     Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio
desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está
Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando
tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.

     Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas
idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as
chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.

     Quando dança no Candomblé, ela faz com os braços como se
estivesse embalando uma criança. Sua festa é realizada próximo do dia
de Santana, e a cerimônia se chama Dança dos Pratos.


Origem:

     Nanã, é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado
há séculos pela mitologia iorubá, quando o povo Nagô conquistou o povo
do Daomé (atual Republica do Benin) , assimilando sua cultura e
incorporando alguns Orixás dos dominados à sua mitologia já
estabelecida.

     Resumindo esse processo cultural, Oxalá (mito Iorubá ou Nagô)
continua sendo o pai e quase todos os Orixás. Iemanjá (mito igualmente
Iorubá) é a mãe de seus filhos (Nagô) e Nanã (mito Jeje) assume a
figura de mãe dos filhos daomeanos, nunca se questionando a
paternidade de Oxalá sobre estes também, paternidade essa que não é
original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Oxalá
obviamente não existia. Os mitos daomeanos eram mais antigos que os
Nagôs (vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior à
descoberta do fogo). Tentou-se, então, acertar essa cronologia com a
colocação de Nanã e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores
ao encontro de Oxalá e Iemanjá.



CARACTERÍSTICAS:

Cor:
Roxa ou Lilás (Em algumas casas: branco e o azul).

Fio de Contas:
Contas, firmas e miçangas de cristal lilás.

Ervas:
Manjericão Roxo, Colônia, Ipê Roxo, Folha da Quaresma, Erva de
Passarinho, Dama da Noite, Canela de velho, Salsa da Praia, Manacá.
(Em algumas casas: assa peixe, cipreste, erva macaé, dália vermelho
escura, folha de berinjela, folha de limoeiro, manacá, rosa vermelho
escura, tradescância).

Símbolo:
Chuva.

Pontos da Natureza:
Lagos, águas profundas, lama, cemitérios, pântanos.

Flores:
Todas as flores roxas.

Essências:
Lírio, Orquídea, limão, narciso, dália.

Pedras:
Ametista, cacoxenita, tanzanita.

Metal:
Latão ou Níquel.

Saúde:
Dor de cabeça e Problemas Intestino.

Planeta:
Lua e Mercúrio.

Dia da Semana:
Sábado (Em algumas casas: Segunda).

Elemento:
Água.

Chakra:
Frontal e Cervical.

Saudação:
Saluba Nanã.

Bebida:
Champanhe.

Animais:
Cabra, Galinha ou Pata. (Brancas).

Comidas:
Feijão Preto com Purê de Batata doce. Aberum. Mungunzá.

Numero:
13.

Data Comemorativa:
26 de julho.

Sincretismo:
Nossa Senhora Santana.

Incompatibilidades:
Lâminas, multidões..

Qualidades:
Ologbo, Borokun, Biodun, Asainán, Elegbe, Susure

ATRIBUIÇÕES:

     A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de
atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e
preparando-os para uma nova "vida", já mais equilibrada .

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE NANÃ:

     Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça, pode levar em
conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em
excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza,
preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os
outros. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais
pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes
dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do
ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria
existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo
para quem está sofrendo é uma habilidade natural. Nanã, através de
seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando
realizar as vontades e necessidades dos outros.
     Às vezes porém, exige atenção e respeito que julga devido mas não
obtido dos que a cercam. Não consegue entender como as pessoas cometem
certos enganos triviais, como optam por certas saídas que para um
filho de Nanã são evidentemente inadequadas. É o tipo de pessoa que
não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que
nem todos pensem da mesma forma que ela.

     Suas reações bem equilibradas e a pertinência das decisões,
mantém-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.
     Todos esses dados indicam também serem os filhos de Nanã, um
pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejarem a
volta de situações do passado, modos de vida que já se foram. Querem
um mundo previsível, estável ou até voltando para trás: são aqueles
que reclamam das viagens espaciais, dos novos costumes, da nova
moralidade, etc.

     Quanto à dados físicos, são pessoas que envelhecem rapidamente em
alguns casos, aparentando mais idade do que realmente têm, com exceção
as que tenham também Oxum ou Iansã na coroa.

     Os filhos de Nanã são calmos e benevolentes, agindo sempre com
dignidade e gentileza. São pessoas lentas no exercício de seus
afazeres, julgando haver tempo para tudo, como se o dia fosse durar
uma eternidade. Muito afeiçoadas às crianças, educam-nas com ternura e
excesso de mansidão, possuindo tendência a se comportar com a
indulgência das avós. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de
suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça,
com segurança e majestade.

     O tipo psicológico dos filhos de NANÃ à introvertido e calmo. Seu
temperamento é severo e austero. Rabugento, é mais temido do que
amado. Pouco feminina, não tem maiores atrativos e à muito afastada da
sexualidade. Por medo de amar e de ser abandonada e sofrer, ela dedica
sua vida ao trabalho, à vocação, à ambição social.

COZINHA RITUALÍSTICA:

Canjica branca:

Canjica branca cozida, leite de coco. Colocar a canjica em tigela de
louça branca, despejando mel por cima, e uvas brancas, se desejar.

Berinjela com inhame:

Berinjela aferventada e cortada verticalmente em 4 partes; Inhames
cozidos em água pura, com casca, e cortados em rodelas.; Arrumados em
um alguidar vidrado, regado com mel.

Sarapatel:

Lava-se miúdos de porco com água e limão. Corta-se em pedaços pequenos
e tempera-se com coentro, louro, pimenta do reino, cravos da índia,
caldo de limão e sal. Cozinha-se tudo no fogo. Quando tudo estiver
macio, junta-se sangue de porco e ferve-se. Sirve-se, acompanhado de
farinha de mandioca torrada ou arroz branco.

Paçoca de amendoim:

Amendoins torrados e moídos misturados com farinha de mandioca crua,
açúcar e uma pitada de sal.

Efó:

Ferve-se 1 maço bem grande de língua de vaca, espinafre ou beterraba.
Depois amassar até virar um purê; Passa-se por uma peneira e espalhe a
massa para evaporar toda a água; Depois de seca, coloca-se numa
panela, junto com azeite de dendê, camarões secos, pimenta do reino,
cebola, alho e sal. Cozinha-se com a panela tampada e em fogo baixo; É
servido com arroz branco.

Aberum:

Milho torrado e pilado.

Obs. Nanã também recebe:Calda de ameixa ou de figo; melancia, uva,
figo, ameixa e melão, tudo depositado à beira de um lago ou mangue.


LENDAS DE NANÃ.

Como Nanã Ajudou na Criação do Homem:

     Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e
modelar o ser humano, o Orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o
homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu.
Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a
tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite,
água e até vinho de palma, e nada. Foi então que Nanã veio em seu
socorro e deu a Oxalá a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava
ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Oxalá criou o homem, o modelou
no barro. Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos Orixá
povoou a Terra. Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo
tem que voltar à terra, voltar à natureza de Nanã. Nanã deu a matéria
no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu.




Nanã é a Senhora dos segredos, dos mistérios, do mundo oculto da magia
e das esferas subterrâneas do Planeta.

Nanã é mãe dos Orixás. Está na terra e na cachoeira e está no mar. Eu
vou pedir à boa Nanã que abençoe os filhos seus.

Nanã Orixá da sabedoria, conselheira e encaminhadora de espíritos.
Saluba a vovó!

Nanã simboliza a maturidade, a ciência e a razão, é uma mãe divina,
atua no trono da evolução. Proteção a todos nós minha Senhora!

Nanã, dainos vossa proteção! Valeinos avó de Aruanda, valeinos com sua
benção, com sua estrela bendita, livrainos das horas aflitas.


    Sua Benção nobre senhora dos Orixás.

Saluba Nanã Buruquê!!!

Carlos de Ogum.








 ORAÇÃO NANÃ BURUQUÊ.

A minha mãe Nanã, eu peço a benção e proteção para todos os passos de
minha vida. A minha mãe Nanã, eu peço que abençoe o meu coração, minha
cabeça, meu espírito e corpo. Que aos poderes dados somente à Senhora
das Senhoras, sejam caridosos e benevolentes, e me escondam de meus
inimigos ocultos e poderosos. Minha querida Mãe e Senhora, tenha
piedade de meu coração. Minha querida Mãe e Senhora, faça com que eu
seja puro de coração para merecer a sua proteção e caridade. À minha
mãe Nanã, eu lhe devoto minha fé e minhas palavras.

Saluba Nanã Buruquê!!








 Oração a Nanã Buruquê.

Saluba, Senhora dos Pântanos. Rainha das profundezas, mãe de tudo que
é ancestral. Nós, que carinhosamente a chamamos de vovó, pedimos sua
bênção e proteção. Eu venho particularmente pedir-lhe (faça o pedido).
Que a Senhora dê a mim o que for do meu merecimento. Acima de tudo
Proteja-me! Dê-me a consciência de que eu sou a continuação de tudo o
que já existe, de que eu tenho a força dos meus ancestrais e por isso
vencerei. Não deixe mãe e avó, que o mal e as pragas cheguem até mim.
Pelo seu Santo nome, Senhora de Santana, que assim seja!




Oração a Nanã Buruquê.

Que a sabedoria de Nanã nos dê outra perspectiva de vida, mostrando
que cada nova existência que temos, seja aqui na terra ou em outros
mundos, gera a bagagem que nos dá meios para atingir a evolução, e não
uma forma de punição sem fim como julgam os insensatos. Saluba, Nanã!





sexta-feira, 12 de julho de 2013

Conceito e Tipos de Mediunidades

Mediunidade - Conceito :

    Lamartine Palhano Jr. em seu "Dicionário de Filosofia Espírita",
conceitua mediunidade como sendo uma faculdade inerente ao homem que
permite a ele a percepção, em um grau qualquer, da influência dos
Espíritos. Não constitui privilégio exclusivo de uma ou outra pessoa,
pois, sendo uma possibilidade orgânica, depende de um organismo mais
ou menos sensitivo.

Mediunismo :

    Alexander Aksakof, em 1.890, empregou o termo mediunismo para
designar o uso das faculdades mediúnicas. A prática do mediunismo não
significa que haja prática de Espiritismo propriamente dito, visto que
a mediunidade não é propriedade do Espiritismo.

Médium :

    (Do latim: médium = meio; intermediário; medianeiro). Pessoa que
pode servir de intermediário entre os Espíritos e os homens; aquele
que em um grau qualquer sente a influência dos Espíritos de modo
ostensivo. Como já foi mencionado, todo aquele que sente, num grau
qualquer, a influência dos Espíritos, é, por esse fato, médium. Essa
faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, privilégio
exclusivo, donde se segue que poucos são os que não possuem um
rudimento dessa faculdade. Pode-se, pois, dizer que todos são, mais ou
menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em
que a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por
efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma
organização mais ou menos sensitiva.

Os Tipos de Mediunidade

A mediunidade é um compromisso que o espírito assume ao reencarnar, de
exercer um trabalho constante em favor da idéia da imortalidade da
alma, o exercício da caridade ao próximo, e incluindo o dever de
melhorar a sua própria graduação espiritual. Este intercâmbio
exerce-se de diversas maneiras, pois há vários tipos de mediunidade e
de médiuns. Tratando-se de médiuns, existem os médiuns naturais e
médiuns de prova.

MÉDIUNS NATURAIS: são espíritos que já atingiram um alto grau moral, e
ao encarnarem ligam-se naturalmente ao Astral Superior, pela
sensibilidade adquirida através do próprio aprimoramento espiritual.
São espíritos abençoados com o dom da intuição pura, como por
exemplo, Antúlio, Rama, Chrisna, Buda, Jesus, etc.

MÉDIUNS DE PROVA: são os que recebem a faculdade mediúnica como
empréstimo, proporcionando-lhes a oportunidade de resgate de suas
dividas cármicas. Através de processos ainda desconhecidos por nós, os
técnicos do astral hipersensibilizam o perispírito daqueles que ainda
precisam encarnar com a obrigação de trabalhar mediunicamente,
acelerando determinados centros energéticos vitais do seu perispírito,
despertando-lhe provisoriamente a sensibilidade psíquica para maior
percepção dos fenômenos mediúnicos enquanto encarnados. Entre médiuns
de prova, temos médiuns conscientes, semi inconsciente e
inconscientes.


Fases da Comunicação Mediúnica.

O conjunto fenomênico envolve algumas fases, dentre muitos fatos
acessórios que influenciam no resultado final: a Consumação da
Comunicação.

São elas:

Atração, Aproximação e Envolvimento

ATRAÇÃO - quando o desejo coloca o comunicante e o médium em condições
harmônicas. Quando isto ocorre, o comunicante é atraído,não importando
onde se encontre, para a linha de força ( frequência) correspondente,
existente no campo de possibilidades Mento-Magnéticas do Médium.

Como se dá a ATRAÇÃO?

Nos Universos existe uma poderosa força o PENSAMENTO. Ele é a força
maravilhosa responsável por tudo quanto existe. Tal o ser pensante,
tal a obra. Entretanto, para que o pensamento como força geratriz de
algum cometimento possa ser acionado, é necessário o uso da alavanca
do DESEJO, que é representado pela AÇÃO. O pensamento sem o desejo da
Ação, se transforma apenas em sonho. Dito isto, completemos: a atração
se dá, quando o pensamento é acionado pelo desejo da comunicação de
ambos os participantes do fenômeno, médium e espírito.

APROXIMAÇÃO - com a presença do comunicante nas proximidades do campo
de possibilidades do médium, onde suas primeiras emoções já se fazem
sentir, de maneira pouco perceptível, mas reais.

ENVOLVIMENTO - é quando completa-se o fenômeno. As linhas energéticas
harmônicas do comunicante e do campo de possibilidades do médium se
encontram, proporcionando a evidência do fenômeno de forma
indiscutível, assumindo o comunicante o comando relativo das ações
variando de influência mental ao domínio total do físico e quase total
da mente, guardando o médium, entretanto, o domínio das últimas
decisões.

Para melhor entendimento classificaremos a Mediunidade Em graus de
conhecimento, a saber:

Mediunidade Positiva.

Sinônimo de faculdade espiritual.

O médium controla seus sentidos, a mente, a consciência, dominando
tudo através da razão e do sentimento. Através dela, reconhece seus
Guias Espirituais, e Mentores de Alto Nível, seu Mestre de Luz, o
verdadeiro instrutor da sua alma, O médium, é um canal consciente, não
se prestando a manipulações.

Mediunidade Negativa.

Determinados tipos de Mediunidade são originários de problemas nos
Centros de força (Chacras) que estão espalhados pelo corpo e funcionam
como filtros, que protegem a entrada dessas energias. Algumas células
sensitivas do cérebro, ou grupo de células, os neurotransmissores
recebem e transmitem as energias que percorrem por nossa rede nervosa.
São ultrassensíveis, captando energias que vão muito além daquelas que
a ciência lhes atribui. Quando há uma sobrecarga de energias
negativas, tanto astral emocional, quanto mental, podem surgir
inversões dentro dos neurônios, neste caso, há uma predisposição
natural ao desordenamento dessa mediunidade podendo apresentar-se como
falsa mediunidade ou mediunidade negativa, visto que capta mais forças
negativas do que positivas. Normalmente é inconsciente. Sua frequência
vibratória é muito baixa e o médium, está sujeito a perder o controle
para Entidades Espirituais de nível inferior, fazendo-se passar por
Espíritos de Luz, enganando e influenciando o consciente individual e
coletivo. O médium, não está em condições de distinguir a verdade da
mentira, o que vem de fora ou o que vem da alma. Como não há
discernimento, julga esses atos provenientes de um ser superior.

Mediunidade Consciente:

Alguns médiuns ao assumirem suas faculdades espirituais, ou sua
mediunidade, elevam sua sensibilidade e podem, temporariamente, passar
por processos inconscientes devido ao seu desenvolvimento ou preparo
espiritual. Gradualmente essa mediunidade vai se estabilizando até
tornar-se positiva, ativa e consciente. Quando um médium trabalha, com
seus verdadeiros Guias Espirituais, percebe a sua evolução. Tem um
controle melhor da parte emocional, psíquica e mental, assim como o
aumento da sua sensitividade.
Os médiuns CONSCIENTE são aqueles que, apesar da incorporação, guardam
total percepção de tudo que se passa ao seu redor, de tudo que sua
entidade está fazendo. O espírito e o perispírito afastam-se da
matéria, dando a oportunidade da entidade comunicante ligar-se a ela,
mas permanecem ao seu lado. Daí terem consciência de tudo o que está
se passando. Ter mediunidade consciente traz ao médium muita
responsabilidade, pois o médium precisa conhecer bastante a doutrina,
para não atrapalhar manifestação e serviço da entidade com seu mental.
Os médiuns SEMI CONSCIENTE são os que têm momentos de lucidez, de
lembranças, e momentos que sua mente se apaga, eles não se lembram de
nada que aconteceu.

Mediunidade Inconsciente:

O pensamento é dominado por forças externas. As mensagens e os
ensinamentos que vem de seres que servem a Divina Luz, não deixam
margem às dúvidas, eles sempre serão direcionados pelo amor,
sabedoria, fraternidade, paz, justiça, e buscam ajudar a todos a
caminhar para a Luz, e a se tornar verdadeiramente livres.
Os médiuns INCONSCIENTE são os portadores de mediunidade de maior
resgate, e por isto tem que dar mais de si. Então as entidades atuam
com maior intensidade.

Mistificação

Mistificadores existem em toda a parte, dentro da ciência, da
religião, da política, da economia e no espiritismo também. Temos tido
muitos exemplos, pois não é pelo fato de estarem desencarnados que
lhes conferimos credibilidade e confiabilidade ou grau evolutivo, sem
comprovação. Do outro lado da vida, muitos, pouco evoluídos, continuam
a mistificar e enganar pessoas de boa vontade, que só querem servir e
ajudar aos seus semelhantes. A mediunidade pode se tornar um grande
problema se não for tratada adequadamente e com consciência, se não
houver um embasamento seguro com métodos corretos para o médium saber
o que se passa realmente em sua mente e como se proteger dos “Campos
de Força Negativos”. Os estudiosos, desenvolvedores do conhecimento
sobre esta matéria, já classificaram mais de cem (100) tipos de
mediunidade. Dentro deste universo, vamos exemplificar as mais
conhecidas.

Quanto a mediunidade , há várias maneiras de o médium efetuar o
intercâmbio com o Astral. Há então a mediunidade INTUITIVA,
INCORPORAÇÃO, VIDÊNCIA, AUDIÇÃO, PSICOGRAFIA, DESDOBRAMENTO,TRANSPORTE, EFEITOS FÍSICOS, PSICOMETRIA
E CURA

.Mediunidade Intuitiva:

Considerada a mais comum. Existe em um grande número de pessoas.
médiuns, desenvolvidos ou não. Determinados impulsos vibratórios em
sua consciência coordenam e compreendem as mensagens recebidas, para
transmiti-las a terceiros. Médiuns intuitivos são aqueles que captam
os pensamentos dos espíritos.[intuição] Como os outros médiuns, os
intuitivos também servem aos espíritos para suas comunicações.
Prestam-se muito para a direção das sessões espíritas e para a
doutrinação dos espíritos sofredores, porque instantaneamente sabem
quais os pontos a tocar para o esclarecimento deles. Entretanto, dado
a facilidade com que chegam a perceber os pensamentos dos espíritos,
as pessoas dotadas da mediunidade intuitiva precisam ser calmas e
muito ponderadas. Calmas, para não agirem precipitadamente, ao sabor
de qualquer idéia que lhes aflore ao cérebro. Ponderadas, para
analisarem muito bem as intuições que recebem.
Ela é a mediunidade através da qual o médium ouve, sente ou recebe o
pensamento dos desencarnados, mas o faz de modo consciente. O espírito
desencarnado age diretamente no cérebro perispiritual do médium
intuitivo, que depois transmite as idéias do seu comunicante ao mundo
material, servindo-se de seu vocabulário próprio. O médium é então um
receptor telepático das entidades.

Mediunidade de Incorporação:

Quando uma entidade espiritual elevada aproxima-se voluntária ou
involuntariamente para manifestar a sua ação de irradiação de sua Luz
Divina, ao médium, voluntariamente. Compulsória Quando a entidade
espiritual vem cumprir sua missão, independentemente do chamado do
médium.
Na mediunidade de incorporação inconsciente e semi inconsciente, o
perispírito do médium afastam-se da matéria, deixando-a sob o comando
total do desencarnado comunicante. Já o consciente, o espírito do
médium posta-se ao lado da sua matéria, para dar o comando da mesma ao
espírito comunicante. Não é porque seu espírito está ao lado ele
conserva a consciência de tudo que se passa, que ele não está
incorporado. Embora o espírito do médium abandone temporariamente a
matéria, fica a ele ligado pelo cordão fluídico. No inicio de
desenvolvimento de incorporação,a entidade não toma a matéria mais sim
irradia seus fluidos a ela, aumentando gradativamente a sua atuação,
até que a matéria do médium acostuma-se com seus fluidos, dando-se
então a incorporação total.

Mediunidade Voluntária:

Quando a Entidade vem cumprir sua missão atendendo ao chamado do Médium.

Mediunidade de Cura Pelas Mãos (Magnetismo):

Quando, por uma sensibilidade psíquica, ocorre uma evasão ou retração
fluídica pelas mãos ou ponta dos dedos. É como um magnetismo
possibilitando os mais variados tipos de cura pela imposição das mãos
sobre um determinado corpo, para equilibrar suas energias, vitalizá-las
ou para cura de partes materiais ou espirituais, doentias.
Na mediunidade de cura, o médium é um espírito com pesados débitos
a resgatar, e por isso tem que dar muito de si, de sua matéria, para
beneficio do próximo. Este desgaste é relativo, e não significa que
encurta a vida do médium. Pode também proceder as curas pela simples
imposição das mãos, que através de passes, incorporando ou não. Neste
caso, o médium não será necessariamente inconsciente.

Mediunidade de Comunicação:

São os diversos graus de irradiação entre o Plano Astral Superior e o
plano material. O médium se comunica telepaticamente recebendo,
transmitindo e repassando mensagens.

Clarividência: é a visão mediúnica, quando se vê o mundo astral.

Vidência: visão mediúnica com imagens que se formam mentalmente
e que tem algum contexto com a realidade ou o mundo astral.
A vidência é o tipo de mediunidade que permite ver as entidades, as
irradiações.
Nela se permite ao médium ver o mundo astral, através dos olhos
perispirituais. É por isso que dizem que os cegos podem ver os
espíritos, pois não dependem da visão material dos olhos para fazê-lo.
O médium, sem auxilio dos cinco sentidos ou do raciocínio, percebe
coisas e fatos que se desenrolam em torno de si, no mundo astral. O
médium pode nascer vidente, e então a sua vidência será chamada de
astralina direta, ou então, através do desenvolvimento mediúnico e
aprimoramento espiritual, torna-se um médium de vidência mental
indireta. Tanto uma como a outra, dependem da maior ou menor
sensibilidade psíquica da criatura, mas sua segurança, exatidão e
proveito, subordinam-se a graduação espiritual do ser.

O médium pode ver as entidades de quatro maneiras diferentes:

Vidência 1. Projeção , o médium vê apenas um facho de luz, uma
coloração que depende da vibração atuante. Não vê forma humana, nem
identifica a entidade.

Vidência 2. Parcial , o médium percebe uma forma humana ao lado de
quem está trabalhando espiritualmente, mas ainda não dá uma perfeita
identificação. Vê somente o contorno, a forma.

Vidência 3. Acavalamento , o médium vê a entidade por cima dos ombros
de outro médium. Já percebe se é masculina ou feminina, se é caboclo
ou preto-velho ou outro falangeiro qualquer, se os cabelos são longos
ou curtos, etc. Muitos médiuns que tiveram esse tipo de vidência
afirmam, por desconhecimento, que as entidades vistas possuíam mais de
dois metros de altura, não percebendo que a entidade, vista acima dos
ombros de outro médium, produziu uma falsa impressão de altura.

Vidência 4. Encamisamento , o médium vê a entidade toda, perfeita.
Isso acontece na incorporação integral, quando a entidade toma conta
do corpo de um outro médium.

Mediunidade de Audiência:

Clariaudiência: audição mediúnica, dom de ouvir a voz dos espíritos.

Há duas espécies de médiuns audientes:
1. Os que ouvem a voz dos espíritos, como se estivessem ouvindo a voz
de uma pessoa.
2. Os que ouvem a voz dos espíritos dentro de si mesmos.

No primeiro caso, os espíritos impressionam os nervos auditivos do
médium.
Isto se deve ao aumento da escala auditiva, normalmente o ouvido
humano percebe vibrações de 16 a 20.000 ciclos por segundo. No médium
audiente, esta percepção vai de 80 a 180.000 ciclos por segundo.

No segundo, o perispírito do médium recebe o pensamento dos espíritos
e o médium o sente como se fosse uma voz interior.
 Um médium audiente pode ouvir a voz dos espíritos, das duas maneiras
ou apenas de uma. Conversa com os espíritos e transmite o que eles
querem dizer aos encarnados.

Mediunidade de Transporte:

 É a capacidade de visitar espiritualmente outros lugares, enquanto o
corpo físico permanece repousando tranquilamente; o espírito se
desliga do corpo e vai para o espaço. Esse transporte pode ser
voluntário ou involuntário.

 No transporte voluntário, o médium se predispõe a realizá-lo. Ele se
concentra e se projeta espiritualmente a outros lugares, tomando
conhecimento do que vê e do que ouve.  O transporte involuntário
ocorre durante o sono. Todos nós nos desligamos do corpo físico
durante o sono e entramos em contato com pessoas e lugares dos quais
não nos recordamos ao acordar. Às vezes,  recebemos nesses transportes
soluções para os nossos problemas que, mais tarde, nos parecerão
idéias próprias. A respeito, diz um ditado popular: "Para a solução de
um grande problema, nada melhor que uma boa noite de sono".

Desdobramento:

Desdobramento é um transporte em que o espírito do médium fica visível
à outra pessoa. O corpo físico fica repousando, o espírito do médium
se transporta a outro ambiente e, nesse ambiente, torna-se visível.
Sonambúlico : Médiuns de Desdobramento: são capazes de se afastarem de
seu corpo físico e desenvolverem atividades espirituais
Neste caso, o perispírito do médium se afasta do corpo físico, podendo
efetuar viagens. O desdobramento pode ser involuntário (quando se
efetua espontaneamente sem a vontade do médium), voluntário (quando o
médium prepara-se, concentra-se para efetuá-lo segundo sua vontade) e
provocado (quando há interferência de uma pessoa, ou de uma corrente
de pessoas para efetuá-lo, por exemplo, a hipnose). Durante o
desdobramento, o médium guarda lembrança variável, mais ou menos
acentuada desta viagem astral, pois ele se conserva consciente o tempo
todo.


Mediunidade Psicográfica:

Tipo de mediunidade muito comum, podendo ser Intuitiva, Semimecânica
ou Mecânica. É a capacidade de receber comunicações pela escrita.
O espírito coloca-se atrás ou do lado do médium, e através da ligação
de seus fios fluídicos ao perispírito do médium, ele adquire o comando
dos movimentos dos braços, antebraços, mãos e dedos dos médiuns, que
passa então a obedecer o comando do espírito comunicante, na
transmissão de mensagens e pinturas.

Psicografia Intuitiva, o médium recebe as mensagens na mente e as
passa para o papel. É pura intuição.

Psicografia Semimecânica, o médium, à medida que vai escrevendo, vai
também tomando conhecimento do que escreve. O espírito atua,
simultaneamente, na mente e na mão do médium.

Psicografia Mecânica, o espírito atua somente na mão do médium, que
escreve sem tomar conhecimento da mensagem recebida.

Quando, ao invés de escrever, o espírito utiliza a mão do médium para
pintar, esse tipo de mediunidade é chamado de psicopictografia. No
Brasil, entre os diversos médiuns que se destacam nessa área em
particular, citam-se os nomes de Luiz Antonio Gasparetto, José
Medrado, Marilusa Moreira Vasconcelos e Florencio Anton, entre outros.


Mediunidade de Efeitos Físicos:

É uma característica que permite ao Médium liberar energias
ectoplasmáticas para exercer uma ação sobre a matéria (movimento) e
promover sua consequente manifestação (apagar ou acender luzes),
podendo se caracterizar de forma consciente ou inconsciente, chamada
de Telecinesia. Esses médiuns são particularmente aptos a produzir
fenômenos materiais, como os movimentos de corpos inertes ou ruídos,
materialização de Espíritos, etc. Foram muito comuns no passado e
tinham a finalidade de chamar a atenção para os fenômenos espíritas,
mas hoje, são cada vez menos frequentes.
Nesta mediunidade , o médium é doador potencial de ectoplasma, como já
foi dito, que manipulados pelas entidades resultam em materializações,
ruídos, levitações, etc. Este ectoplasma é também utilizado nas
operações espirituais. Apenas com a presença do doador de ectoplasma,
muitas vezes sem nem ele saber que é médium, processam-se os fenômenos
ou os benefícios nas operações.

Materialização de pessoas ou objetos acontece com médiuns que tem o
dom de doar muito ectoplasma o mesmo vai recobrindo o corpo
perispiritual até que se veja nitidamente sua presença no mundo físico
material (ficou muito conhecida através do médium Peixotinho, de Macaé
– RJ, que as realizou na década de 50; Chico Xavier também realizou
algumas sessões com seu grupo e outras junto com o próprio
Peixotinho.). Existe ainda a materialização por transporte de objetos,
um pouco diferente de plasmar, quando o médium tem o dom de
desmaterializar algo em algum local físico e materializar em outro
local. Muito conhecida através do médium Adelarzil (faz
materializações no algodão).

Xenoglossia:

É o ato de falar em outras línguas.

    Essa forma de mediunidade é um tanto mal usada por pessoas que
tentam enganar seus consulentes ou fiéis, pois dentro de religiões que
se utilizam deste dom, a regra sempre é que quando se envia alguma
mensagem, e se é dita em línguas diferenciadas, tem que se dar a
tradução por obrigação.

Psicofonia:

Psicofonia (do grego psyké, alma e phoné, som, voz), de acordo com a
Doutrina Espírita, é o fenômeno mediúnico no qual um espírito se
comunica através da voz de um médium. A Doutrina Espírita identifica
duas classe principais de psicofonia: [Psicofonia]   - a  consciente
- quando o médium afirma ter percebido mentalmente ou escutado uma
fala proveniente de um espírito que desejava se comunicar, tendo-a
reproduzido com o seu aparelho fonador; e   - a  inconsciente  ou
sonambúlica  - quando o médium afirma não saber o que disse, fazendo
entender, neste caso, que o espírito comunicante ter-se-ia utilizado
diretamente de seu aparelho fonador, por estar ele, médium,
inconsciente. Como se verifica em toda classificação espírita, esta
deve ser entendida como didática, sabendo-se haver uma diversidade de
nuances entre uma e outra classe.

Psicometria:

    Através dela, certos médiuns pelo contato de algum objeto, relatam
minuciosamente não só a origem e a historia desse objeto, como também
de seus possuidores. O psicometra desarticula, de maneira acelerada e
automática, a visão e audição perispiritual, acompanhando o mapa de
ações que lhe é traçado no espaço e tempo pelas entidades, obtendo
assim, as informações e impressões que procura.

Absorção:

    A mediunidade de absorção é aquela em que o médium puxa ou pega
para si alguns males de outras pessoas ou ambientes carregados com
sentimentos ruins, como inveja, maledicência, rancor, ódio, etc.
Podendo-se também ser obsessores, espíritos sem luz, no qual esses
males podem trazer complicações para um médium sem desenvolvimento
mediúnico e espiritual.


Mediunidade é a faculdade que dota o homem de sensibilidade permitindo
a percepção e interação com o mundo espiritual.

Mediunidade é coisa séria. Uns a tomam como benção, outros como
maldição. Não importa. Deus nos dá a oportunidade de evolução.

Mediunidade é darma em ação, resgatando carmas antigos e fazendo novas
flores desabrocharem na atmosfera física e espiritual do mundo.

Mediunidade é escutar com o coração, tudo aquilo que não é dito; é por
vezes falar, sem palavras; é amar.

Mediunidade é oportunidade de evoluir acima de tudo, trabalho de
assistência e auto conhecimento íntimo e espiritual.

Mediunidade não é brincadeira, . É um exercício que deve ser levado a
sério, independente de local, idade ou situação financeira.

Médiuns são seres humanos como outros, mas desempenhando seus
trabalhos com mais responsabilidade, amor e fé em Deus, nos Guias e
Orixás.

Carlos de Ogum

Gostaria de fazer um agradecimento especial a amiga Talita Sousa pela
sua ajuda na elaboração desse texto. Obrigado de coração.