SAUDAÇÃO A OXUM
Nome de um rio em Oxogbô, região da Nigéria, em Ijexá. É ele
considerado a morada mítica da Orixá. Apesar de ser comum a associação
entre rios e Orixás femininos da mitologia africana, Oxum é destacada
como a dona da água doce e, por extensão, de todos os rios. Portanto
seu elemento é a água em discreto movimento nos rios, a água
semiparada das lagoas não pantanosas, pois as predominantemente
lodosas são destinadas à Nanã e, principalmente as cachoeiras são de
Oxum, onde costumam ser-lhe entregues as comidas rituais votivas e
presentes de seus filhos-de-santo.
Oxum domina os rios e as cachoeiras, imagens cristalinas de sua
influência: atrás de uma superfície aparentemente calma podem existir
fortes correntes e cavernas profundas.
Oxum é conhecida por sua delicadeza. As lendas adornam-na com
ricas vestes e objetos de uso pessoal Orixá feminino, onde sua imagem
é quase sempre associada a maternidade, sendo comum ser invocada com a
expressão "Mamãe Oxum". Gosta de usar colares, jóias, tudo relacionado
à vaidade, perfumes, etc.
Filha predileta de Oxalá e Yemanjá. Nos mitos, ela foi casada com
Oxossi, a quem engana, com Xangô, com ogum, de quem sofria maus tratos
e xangô a salva.
Seduz Obaluaiê, que fica perdidamente apaixonado, obtendo dele,
assim, que afaste a peste do reino de Xangô. Mas Oxum é considerada
unanimente como uma das esposas de xangô e rival de Iansã e Obá.
Segunda mulher de Xangô, deusa do ouro (na África seu metal era o
cobre), riqueza e do amor, foi rainha em Oyó, sendo a sua preferida
pela jovialidade e beleza.
À Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a
fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem. A maternidade é sua
grande força, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para
engravidar, é à Oxum que se pede ajuda. Oxum é essencialmente o Orixá
das mulheres, preside a menstruação, a gravidez e o parto.
Desempenha importante função nos ritos de iniciação, que são a
gestação e o nascimento. Orixá da maternidade, ama as crianças,
protege a vida e tem funções de cura.
Oxum mostrou que a menstruação, em vez de constituir motivo de
vergonha e de inferioridade nas mulheres, pelo contrário proclama a
realidade do poder feminino, a possibilidade de gerar filhos.
Fecundidade e fertilidade são por extensão, abundância e fartura
e num sentido mais amplo, a fertilidade irá atuar no campo das idéias,
despertando a criatividade do ser humano, que possibilitará o seu
desenvolvimento. Oxum é o orixá da riqueza - dona do ouro, fruto das
entranhas da terra. É alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente,
mulher-menina que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa e
compassiva, nunca se enfurecendo. Elegante, cheia de jóias, é a rainha
que nada recusa, tudo dá. Tem o título de iyalodê entre os povos
iorubá: aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é
responsável pela boa ordem na feira.
Oxum tem a ela ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se
dirigem as mulheres que querem engravidar, sendo sua a
responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em gestação até o momento
do parto, onde Iemanjá ampara a cabeça da criança e a entrega aos seus
Pais e Mães de cabeça. Oxum continua ainda zelando pelas crianças
recém-nascidas, até que estas aprendam a falar.
É o orixá do amor, Oxum é doçura sedutora. Todos querem obter
seus favores, provar do seu mel, seu encanto e para tanto lhe agradam
oferecendo perfumes e belos artefatos, tudo para satisfazer sua
vaidade. Na mitologia dos orixás ela se apresenta com características
específicas, que a tornam bastante popular nos cultos de origem negra
e também nas manifestações artísticas sobre essa religiosidade. O
orixá da beleza usa toda sua astúcia e charme extraordinário para
conquistar os prazeres da vida e realizar proezas diversas. Amante da
fortuna, do esplendor e do poder, Oxum não mede esforços para alcançar
seus objetivos, ainda que através de atos extremos contra quem está em
seu caminho. Ela lança mão de seu dom sedutor para satisfazer a
ambição de ser a mais rica e a mais reverenciada. Seu maior desejo, no
entanto é ser amada, o que a faz correr grandes riscos, assumindo
tarefas difíceis pelo bem da coletividade. Em suas aventuras, este
orixá é tanto uma brava guerreira, pronta para qualquer confronto,
como a frágil e sensual ninfa amorosa. Determinação, malícia para
ludibriar os inimigos, ternura para com seus queridos, Oxum é,
sobretudo a deusa do amor.
O Orixá amante ataca as concorrentes, para que não roubem sua
cena, pois ela deve ser a única capaz de centralizar as atenções. Na
arte da sedução não pode haver ninguém superior a Oxum. No entanto ela
se entrega por completo quando perdidamente apaixonada afinal o
romantismo é outra marca sua. Da África tribal à sociedade urbana
brasileira, a musa que dança nos terreiros de espelho em punho para
refletir sua beleza estonteante é tão amada quanto à divina mãe que
concede a valiosa fertilidade e se doa por seus filhos. Por todos seus
atributos a belíssima Oxum não poderia ser menos admirada e amada, não
por acaso a cor dela é o reluzente amarelo ouro, pois como a canção
diz: "gente é pra brilhar", mas Oxum é o próprio brilho em orixá.
A face de Oxum é esperada ansiosamente por sua mãe, que para
engravidar leva ebó (oferenda) ao rio. E tal desespero não é o de
Iemanjá ao ver sua filhinha sangrar logo após nascer. Para curá-la a
mãe mobiliza Ogum, que recorre ao curandeiro Ossãe, afinal a primeira
e tão querida filha de Iemanjá não podia morrer. Filha mimada, Oxum é
guardada por Orumilá, que a cria.
Nanã é a matriarca velha, ranzinza, avó que já teve o poder sobre
a família e o perdeu, sentindo-se relegada a um segundo plano. Iemanjá
é a mulher adulta e madura, na sua plenitude. É a mãe das lendas - mas
nelas, seus filhos são sempre adultos. Apesar de não ter a idade de
Oxalá (sendo a segunda esposa do Orixá da criação, e a primeira é a
idosa Nanã), não é jovem. É a que tenta manter o clã unido, a que
arbitra desavenças entre personalidades contrastantes, é a que chora,
pois os filhos adultos já saem debaixo de sua asa e correm os mundos,
afastando-se da unidade familiar básica.
Para Oxum, então, foi reservado o posto da jovem mãe, da mulher
que ainda tem algo de adolescente, coquete, maliciosa, ao mesmo tempo
em que é cheia de paixão e busca objetivamente o prazer. Sua
responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e bebês.Começa
antes, até, na própria fecundação, na gênese do novo ser, mas não no
seu desenvolvimento como adulto. Oxum também tem como um de seus
domínios, a atividade sexual e a sensualidade em si, sendo considerada
pelas lendas uma das figuras físicas mais belas do panteão místico
Iorubano.
Sua busca de prazer implica sexo e também ausência de conflitos
abertos - é dos poucos Orixás Iorubás que absolutamente não gosta da
guerra. Tudo que sai da boca dos filhos da Oxum deve ser levado em
conta, pois eles têm o poder da palavra, ensinando feitiços ou
revelando presságios. Desempenha importante papel no jogo de búzios,
pois à ela quem formula as perguntas que Exú responde.
No Candomblé, quando Oxum dança traz na mão uma espada e um
espelho, revelando-se em sua condição de guerreira da sedução. Ela se
banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias e pulseiras, tudo
isso num movimento lânguido e provocante.
CARACTERÍSTICAS
Cor:
Azul (Em algumas casas: Amarelo).
Fio de Contas:
Cristal ou leitosas azul. (Em algumas casas: Amarelo).
Ervas:
Colônia, Macaçá, Oriri, Santa Luzia, Oripepê, Pingo D'água, Agrião, Dinheiro em Penca, Manjericão Branco, Calêndula,Narciso; Vassourinha, Erva de Santa Luzia, e
Jasmim (Estas últimas três não servem para banhos) (Em algumas casas: Erva Cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica, Trevo Azedo ou grande, Chuva de Ouro, Manjericona,
Erva Sta. Maria).
Símbolo:
Coração ou cachoeira.
Pontos da Natureza:
Cachoeira e rios (calmos).
Flores:
Lírio, rosa amarela..
Essências:
Lírio, rosa.
Pedras:
Topázio (amarelo e azul).
Metal:
Ouro
Saúde:
Órgãos reprodutores (femininos), coração.
Planeta:
Vênus (Lua).
Dia da Semana:
Sábado.
Elemento:
Água.
Chakra:
Umbilical (Frontal).
Saudação:
Aieieu (ou Ora Ieiêô).
Bebida:
Champanhe.
Animais:
Pomba Rola. e Canário.
Comidas:
Omolocum. Ipeté. Quindim (Em algumas casas: banana frita, moqueca de
peixe e pirão feito com a cabeça do peixe)
Número:
5
Data Comemorativa:
8 de dezembro.
Sincretismo:
Nossa Senhora Da Conceição, Nossa Senhora De Aparecida, Nossa Senhora
De Fátima, Nossa Senhora De Lourdes, Nossa Senhora Das Cabeças, Nossa
Senhora De Nazaré.
Incompatibilidades:
abacaxi, barata.
Qualidades:
Apará, Ijimum, Iápondá, Ifé, Abalu, Jumu, Oxogbo, Ajagura, Yeye Oga,
Yeye Petu, Yeye Kare, Yeye Oke, Yeye Oloko, Yeye Merin, Yeye Àyálá,
Yeye Lokun, Yeye Odo
ATRIBUIÇÕES:
Ela estimula a união matrimonial, e favorece a conquista da
riqueza espiritual e a abundância material. Atua na vida dos seres
estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
As CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXUM:
Os filhos de Oxum amam espelhos, jóias caras, ouro, são
impecáveis no trajar e não se exibem publicamente sem primeiro cuidar
da vestimenta, do cabelo e, as mulheres, da pintura.
As pessoas de Oxum são vaidosas, elegantes, sensuais, adoram
perfumes, jóias caras, roupas bonitas, tudo que se relaciona com a
beleza.
Talvez ninguém tenha sido tão feliz para definir a filha de Oxum
como o pesquisador da religião africana, o francês Pierre Verger, que
escreveu: "o arquétipo de Oxum é das mulheres graciosas e elegantes,
com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que
são símbolo do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais
reservadas que as de Iansã. Elas evitam chocar a opinião publica, á
qual dão muita importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora,
escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão
social".
Os filhos de Oxum são mais discretos, pois, assim com apreciam o
destaque social, temem os escândalos ou qualquer coisa que possa
denegrir a imagem de inofensivos, bondosos, que constroem
cautelosamente. A imagem doce, que esconde uma determinação forte e
uma ambição bastante marcante.
Os filhos de Oxum têm tendência para engordar; gostam da vida
social, das festas e dos prazeres em geral. Gostam de chamar a atenção
do sexo oposto.
O sexo é importante para os filhos de Oxum. Eles tendem a ter uma
vida sExual intensa e significativa, mas diferente dos filhos de Iansã
ou Ogum. Representam sempre o tipo que atrai e que é, sempre
perseguido pelo sexo oposto. Aprecia o luxo e o conforto, é vaidoso,
elegante, sensual e gosta de mudanças, podendo ser infiel. Despertam
ciúmes nas mulheres e se envolvem em intrigas.
Na verdade os filhos de Oxum são narcisistas demais para gostarem
muito de alguém que não eles próprios, mas sua facilidade para a
doçura, sensualidade e carinho pode fazer com que pareçam os seres
mais apaixonados e dedicados do mundo. São boas donas de casa e
companheiras.
São muito sensíveis a qualquer emoção, calmos, tranqüilos,
emotivos, normalmente têm uma facilidade muito grande para o choro.
O arquétipo psicológico associado a Oxum se aproxima da imagem
que se tem de um rio, das águas que são seu elemento; aparência da
calma que pode esconder correntes, buracos no fundo, grutas tudo que
não é nem reto nem direto, mas pouco claro em termos de forma, cheio
de meandros.
Faz parte do tipo, uma certa preguiça coquete, uma ironia
persistente, porém discreta e, na aparência, apenas inconseqüente.
Pode vir a ser interesseiro e indeciso, mas seu maior defeito é o
ciúme. Um dos defeitos mais comuns associados à superficialidade de
Oxum é compreensível como manifestação mais profunda: seus filhos
tendem a ser fofoqueiros, mas não pelo mero prazer de falar e contar
os segredos dos outros, mas porque essa é a única maneira de terem
informações em troca.
É muito desconfiado e possuidor de grande intuição que muitas
vezes é posta à serviço da astúcia, conseguindo tudo que quer com
imaginação e intriga. Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente
um obstáculo a enfrentá-lo de frente. Sua atitude lembra o movimento
do rio, quando a água contorna uma pedra muito grande que está em seu
leito, em vez de chocar-se violentamente contra ela, por isso mesmo,
são muito persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente
delineados, chegando mesmo a ser incrivelmente teimosos e obstinados.
Entretanto, ás vezes, parecem esquecer um objetivo que antes era
tão importante, não se importando mais com o mesmo. Na realidade,
estará agindo por outros caminhos, utilizando outras estratégias.
Oxum é assim: bateu, levou. Não tolera o que considera injusto e adora
uma pirraça. Da beleza à destreza, da fragilidade à força, com toque
feminino de bondade
COZINHA RITUALÍSTICA
Omolocum
Feijão fradinho cozido, passado no azeite de dendê com salsa
picada e camarão seco também picado ou ralado. Coloca-se em tigela de
louça branca, acrescentando de ovos cozidos por cima.
Com canjica branca.
Canjica branca cozida em água pura sem sal e feijão fradinho
cozido em água pura sem sal. Coloca-se, numa tigela de louça branca,
uma camada de canjica, uma camada de feijão fradinho e, por cima, 3
ovos cozidos cortados em rodelas.
LENDAS DE OXUM
Como Oxum Conseguiu Participar Das Reuniões Dos Orixás Masculinos.
Logo que todos os Orixás chegaram à terra, organizavam reuniões
das quais mulheres não podiam participar. Oxum, revoltada por não
poder participar das reuniões e das deliberações, resolve mostrar seu
poder e sua importância tornando estéreis todas as mulheres, secando
as fontes, tornando assim a terra improdutiva. Olorum foi procurado
pelos Orixás que lhe explicaram que tudo ia mal na terra, apesar de
tudo que faziam e deliberavam nas reuniões. Olorum perguntou a eles se
Oxum participava das reuniões, foi quando os Orixás lhe disseram que
não. Explicou-lhes então, que sem a presença de Oxum e do seu poder
sobre a fecundidade, nada iria dar certo. Os Orixás convidaram Oxum
para participar de seus trabalhos e reuniões, e depois de muita
insistência, Oxum resolve aceitar. Imediatamente as mulheres
tornaram-se fecundas e todos os empreendimentos e projetos obtiveram
resultados positivos. Oxum é chamada Iyalodê (Iyáláòde), título
conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre as mulheres
da cidade.
Como Oxum Criou O Candomblé.
Foi de Oxum a delicada missão dada por Olorum de religar o orum
(o céu) ao aiê (a terra) quando da separação destes pela displicência
dos homens. Tamanho foi o aborrecimento dos orixás em não poder mais
conviver com os humanos que Oxum veio ao aiê (a terra) prepará-los
para receber os deuses em seus corpos. Juntou as mulheres, banhou-as
com ervas, raspou e adornou suas cabeças com pena de Ecodidé (um
pássaro sagrado), enfeitou seus colos com fios de contas coloridas,
seus pulsos com idés (pulseiras), enfim as fez belas e prontas para
receberem os orixás. E eles vieram. Dançaram e dançaram ao som dos
atabaques e xequerês. Para alegria dos orixás e dos humanos estava
inventado o Candomblé.
Oxum É Destemida Diante Das Dificuldades Enfrentadas Pelos Seus
1. Ela usa sua sensualidade para salvar sua comunidade da morte. Dança
com seus lenços e o mel, seduzindo Ogum até que ele volte a produzir
os instrumentos para a agricultura. Assim a cidade fica livre da fome
e miséria.
2. Oxum enfrenta o perigo quando Olorum, Deus supremo, ofendido pela
rebeldia dos orixás, prende a chuva no orum (Céu), deixando que a seca
e a fome se abatam sobre o aiê (a Terra). Transformada em pavão, Oxum
voa até o deus maior levando um ebó, para suplicar ajuda. No caminho
ela não hesita em repartir os ingredientes da oferenda com o velho
Oxalufã e as crianças que encontra. Mesmo tornando-se abutre pelo
calor do sol, que lhe queima, enegrecendo as penas, ela alcança a casa
de Olorum. E consegue seu objetivo pela comoção de Olorum.
3. Oxalá tem seu cajado jogado ao mar e a perna ferida por Iansã. Oxum
vem para ajudar o velho, curando-o e recuperando seu pertence. Ela é
adorada por Oxalá.
4. Com grande compaixão, Oxum intercede junto a Olorum para que ele
ressuscite Obaluaiê, em troca do doce mel da bela orixá.
5. E ela garante a vida alheia também ao acolher a princesa Ala,
grávida, jogada ao rio por seu pai. Oxum cuida da recém-nascida, a
querida Oiá.
A Riqueza De Oxum.
Com suas jóias, espelhos e roupas finas, Oxum satisfaz seu gosto
pelo luxo. Ambiciosa, ela é capaz de geniais estratagemas para
conseguir êxito na vida. Vai à frente da casa de Oxalá e lá começa a
fazer escândalo, caluniando-o aos berros, até receber dele a fortuna
desejada para então se calar. E assim Oxum torna-se "senhora de tanta
riqueza como nenhuma outra Yabá (Orixá feminino) jamais o fora".
Os Amores De Oxum.
Oxum luta para conquistar o amor de Xangô e quando o consegue é
capaz de gastar toda sua riqueza para manter seu amado.
Ela livra seu querido Oxossi do perigo e entrega-lhe riqueza e
poder para que se torne Alaketu, o rei da cidade de Ketu.
Oxum provoca disputa acirrada entre dois irmãos por seu amor:
Xangô e Ogum, ambos guerreiros famosos e poderosos, o tipo preferido
por ela. Xangô é seu marido, mas independente disso, se um dos dois
irmãos não a trata bem, o outro se sente no direito de intervir e
conquistá-la. Afinal Oxum quer ser amada e todos sabem que ela deve
ser tratada como uma rainha, ou seja, com roupas finas, jóias e boa
comida, tudo a seu gosto. A beleza é o maior trunfo do orixá do amor.
Como esposa de Xangô, ao lado de Obá e Oiá, Oxum é a preferida e está
sempre atenta para manter-se a mais amada.
Como Oxum Conseguiu O Segredo Do Jogo De Búzios.
Oxum queria saber o segredo do jogo de búzios que pertencia a Exú
e este não queria lhe revelar. Oxum foi procurá-lo. Ao chegar perto do
reino de Exú, este desconfiado perguntou-lhe o que queria por ali, que
ela deveria embora e que ele não a ensinaria nada. Ela então o desafia
a descobrir o que tem entre os dedos. Exú se abaixa para ver melhor e
ela sopra sobre seus olhos um pó mágico que ao cair nos olhos de Exú o
cega e arde muito. Exú gritava de dor e dizia; - Eu não enxergo nada,
cadê meus búzios? Oxum fingindo preocupação, respondia: - Búzios?
Quantos são eles? - Dezesseis, respondeu Exú, esfregando os olhos. -
Ah! Achei um, é grande! - É Okanran, me dê ele. - Achei outro, é
menorzinho! - É Eta-Ogundá, passa pra cá...
E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de
búzios, Ifá o Orixá da adivinhação, pela coragem e inteligência da
Oxum, resolveu-lhe dar também o poder do jogo e dividí-lo com Exú.
Conta-nos outra lenda, que para aprender os segredos e mistérios da
arte da adivinhação, Oxum, foi procurar Exú. Exú, muito matreiro,
falou à Oxum que lhe ensinaria os segredos da adivinhação, mas para
tanto, ficaria Oxum sobre os domínios de Exú durante sete anos,
passando, lavando e arrumando a casa do mesmo, em troca ele a
ensinaria.
E, assim foi feito, durante sete anos Oxum foi aprendendo a arte
da adivinhação que Exú lhe ensinará e conseqüentemente, cumprindo seu
acordo de ajudar nos afazeres domésticos na casa de Exú. Findando os
sete anos, Oxum e Exú, tinham se apegado bastante pela convivência em
comum, e Oxum resolveu ficar em companhia desse Orixá. Em um belo dia,
Xangô que passava pelas propriedades de Exú, avistou aquela linda
donzela que penteava seus lindos cabelos a margem de um rio e de
pronto agrado, foi declarar sua grande admiração para com Oxum. Foi-se
a tal ponto que Xangô, viu-se completamente apaixonado por aquela
linda mulher, e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em
seu lindo castelo na cidade de Oyó. Oxum rejeitou o convite, pois lhe
fazia muito bem a companhia de Exú. Xangô então irritado e
contrariado, seqüestrou Oxum e levou-a em sua companhia,
aprisionando-a na masmorra de seu castelo. Exú, logo de imediato
sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar, por todas as
regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de
convivência. Chegando nas terras de Xangô, Exú foi surpreendido por um
canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do Rei de
Oyó, da mais alta torre. Lá estava Oxum, triste e a chorar por sua
prisão e permanência na cidade do Rei. Exú, esperto e matreiro,
procurou a ajuda de Orumilá, que de pronto agrado lhe cedeu uma poção
de transformação para Oxum desvencilhar-se dos domínios de Xangô. Exú,
através da magia pode fazer chegar as mãos de sua companheira a tal
poção. Oxum tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma
linda pomba dourada, que voou e pode então retornar em companhia de
Exú para sua morada.
Saravá a Linda Mamãe Oxum.
Aieieu Oxum.
Carlos de Oxum
Oração a Oxum
Orá Aieieu Oxum!
Salve dourada Senhora da pele de ouro, Benditas são suas águas.
e essas mesmas águas lavam meu ser,
e me livram do mal.
Oxum,
Divina Rainha, bela Orixá,
Venha a mim caminhando na lua cheia.
Traga Mãe, em suas mãos,
Os lírios do amor e da paz.
Torne-me doce, sedutora, suave, como és.
Mamãe Oxum, me proteja, Orixá.
Que o amor seja constante em minha vida.
Que eu possa amar a tudo que existe.
Me proteja contra as mandingas e feitiçarias.
Dê a mim o néctar da sua doçura.
e que eu consiga (faça o pedido).
Mãe de ouro,
da beleza e do amor,
Senhora do mais puro Axé,
Valha-me hoje e sempre.
Que assim Seja.
Saravá doce Mãe Oxum.
Aieieu Oxum
Lindo texto!!! Saudações Mãe Oxum... Aieieu...
ResponderExcluirAIEIEU mãe Oxum, sua luz e proteção! <3 Priscila
ResponderExcluirBom dia a todos axé e mta luz para nós filhos de Umbanda!!
ResponderExcluirAcabei de ler esse texto incrível e ainda estou de boca aberta se eu tinha alguma dúvida agora tenho certeza que sou de Oxum também rs.
Estou descrita nesse texto minhas qualidades e defeitos.
Sempre tive dúvida porque não sou vaidosa como as outras filhas de Oxum que conheço talvez porque tenho Ogum também muito próximo mas realmente tenho todas essas características!!
Um salve para essa Yabá mãe de todos nós Aieieu Mamãe Oxum
Parabéns pelo belo texto. Saravá Oxum.
ResponderExcluirJorge Cury
Parabéns Pai Carlos, amo Mamãe Oxum.
ResponderExcluirCristina Almeida
Sensacional texto, parabens pelo ensinamento. Aieieu Mamãe Oxum.
ResponderExcluirPedro Costa
Um belo e magnífico texto de nosso amigo Carlos. Saravá Oxum
ResponderExcluirCris Rocha
Amei, saravá minha mãezinha.
ResponderExcluirTatiana Morim
Como digo sempre: Amo seu blog. Sou fã incondicional.
ResponderExcluirLindo post de minha doce Oxum, aieieu minha mãe.
Eliane de Oxum
Saravá os filhos de Oxum.
ResponderExcluirAna Clara Costa
Aieieu minha doce Oxum. Saravá a todos.
ResponderExcluirMiguel Angelo
Obrigado por mais um post sensacional e informativo. Amo esses textos sobres os Orixás.
ResponderExcluirSoraya de Iemanjá
Lindo lindo lindo texto. Salve minha linda e amada Oxum.
ResponderExcluirRosana Clara
Parabéns por nos presentear com esse post, Saravá.
ResponderExcluirRosenéia Bastos
Minha mãe de coroa junto com meu pai Xangô, me faz essa pessoa feliz.
ResponderExcluirAmei o texto paizinho.
Catarina de Xangô
Magnifico post sobre a linda e sensual Oxum. Axé.
ResponderExcluirAdão
Aieieu Mamãe Oxum. Que suas águas sagradas nos banhem e nos purifiquem.
ResponderExcluirAieieu mamãe Oxum. Beth
ResponderExcluirque texto mais completo e detalhado. não sabia de muito da história.
ResponderExcluirAieieu Mamãe Oxum. Salve minha mãe de cabeça. Linda como as águas da cachoeira. Saravá. Beth.
ResponderExcluirAieieu Mãe Oxum. Linda senhora das cachoeiras. Proteção.
ResponderExcluirAieieu Oxum. Saravá minha mãe. Salve a cachoeira. Jasmim
ResponderExcluirAieieu Oxum. Salve santa Orixá.
ResponderExcluirSalve a linda mãe das cachoeiras e rios. Obrigado Oxum por estar em minha vida.
ResponderExcluirSalve minha Mãe Oxum em seu dia. Aieieu Oxum. Proteção a essa sua filha. Saravá Mãe linda das cachoeiras.
ResponderExcluirAieieu Oxum. Mae linda e maravilhosa.
ResponderExcluirTão belo texto... Um presente pra Mamãe Oxum! Ora Aieieu Oxum!
ResponderExcluirSARAVA MAMAE OXUM..
ResponderExcluirLINDA MÃE.
ResponderExcluir