segunda-feira, 31 de março de 2014 81 comentários

A UMBANDA NA LUTA CONTRA OS ESPIRITOS OBSESSORES

      A Umbanda Na Luta Contra Os Espíritos Obsessores.

    Muito ouve-se dizer sobre "Espíritos Obsessores" dentro de uma
Gira de Umbanda.

    Muitas pessoas veem a Terreiros tentar amenizar "sintomas" da
Obsessão.

    Muitos consulentes veem a Casas Espíritas tentarem entender o que
se passa na sua vida, no seu corpo físico, na sua alma. Pois por
milhares de vezes acontecem coisas totalmente inesperadas, as vezes
falamos coisas desagradáveis a quem amamos, desprezamos uma amizade
verdadeira, não ouvimos um conselho de alguém mais experiente, não
raciocinamos, fazemos coisas que não estão de acordo com nossa moral,
entre várias formas de demonstrarmos que nossos pensamentos estão
tomados por uma força superior, que nossa conduta está sendo
conduzida por uma escuridão, que nosso corpo físico está enfraquecido
e tomado por males que não são detectado pela medicina humana, que
nossa alma se torna cada dia mais fraca e levada a sentimentos
mesquinhos, invejosos, prepotentes, entre outros vários sentimentos
obscuros que nos rodeiam.

    Mas o que são esses Obsessores?

    Como eles chegam até nós?

    Como podemos nos livrar desses Espíritos sem Luz?

    Como a Umbanda trabalha nesse ponto para nos ajudar?

    Abaixo tentaremos responder essas dúvidas num texto um tanto
resumido, pela importância do fato, mas um tanto bem explicativo.


    Na Umbanda não existem médiuns "possuídos" por espíritos, mas sim
a influência de espíritos obsessores simples, fascinados e subjugados.

    A Umbanda, juntamente com seus Orixás, Pretos Velhos, Caboclos,
Ibeijadas, Boiadeiros, Ciganos, Malandros, Exus e Pombo Giras,
trabalham em uma corrente, incansavelmente, para averiguar, retirar,
conduzir, encaminhar e fazer o entendimento de espíritos sem luz, que
veem ao encontro das pessoas apenas com o intuito de perturbar, fazer
adoecer, agregar sentimentos ruins, lançar desavenças entre tantas
coisas desprezíveis que um obsessor pode fazer.

    Ela, a Umbanda, como é uma religião provinda da interligação e
preceitos do Catolicismo, Kardecismo, Africanismo, Pajelança e algumas
coisas do povo Oriental, vem com diversas maneiras e estudos para
reagir sobre os obsessores.

    Vejamos o que Allan Kardec nos fala sobre obsessores:

"Allan Kardec assim orienta: a obsessão é uma influência de um
espírito desencarnado, malévolo, sobre um encarnado que pode ocorrer
também entre encarnado para encarnado e encarnado para desencarnado. A
faculdade mediúnica é para os obsessores apenas um meio de se
manifestarem; na sua falta, tentarão outras maneiras para perturbarem.
Eles conseguem exercer influência sobre certas pessoas e podem se
prender àqueles com que têm forma de pensar semelhante naquele momento
da sua vida."

    Existem médiuns que são perseguidos e passam a agir de maneira
grosseira e até obscena, ficam alheios a qualquer raciocínio; quando
criticados se melindram e fazem teimar com aqueles que não partilham
da sua atenção.

De acordo com os ensinamentos Umbandistas, , devemos repelir o
obsessor da mesma maneira que fechamos nossa casa aos importunos.

    Mesmo as melhores pessoas podem em algum momento ter problemas com
os obsessores, mas não há pior cego do que aquele que não quer ver, e
ninguém pode curar um doente que se obstina em conservar sua doença e
nela se compraz.

    A estudos que afirmam que pessoas obsediadas estão
semi-inconsciente (98%) enquanto que poucos ficam inconscientes (2%)
ou seja, apesar da ação inoportuna existe a consciência do que está
ocorrendo.
Porém, não é proibindo alguém de frequentar um centro de Umbanda que
irá cessar o problema, ao contrário: ele deve entender que é o único
responsável para obter o poder de resistir, o que é evidentemente mais
fácil do que lutar contra sua própria natureza mediúnica.

    Muitas vezes podemos observar consulentes em busca de ajuda em
Terreiros, Tendas, Centros de Umbanda, que chegam com dores sem
motivo, cansaço extremo, sentimentos ruins, com vontade de desistir de
tudo e de todos, e muitas vezes chegando ao extremo que é a intenção
do suicídio.

    Todos esses fatos. muitas das vezes são ligados a obsessores, que
por vezes são apenas "Espíritos Zombeteiros", que tem como finalidade
desestruturar a base central de uma pessoa, para que assim possa fazer
essa pessoa chegar a todos os extremos possíveis, fazendo assim poder
capturar mais uma alma para legião de almas escuras perdidas, que não
tem entendimento, não terá evolução e assim se tornar mais um Espírito
Obsessor a atormentar.

    Como disse acima, para a Umbanda não existem médiuns "possuídos"
por espíritos, mas sim a influência de espíritos obsessores simples,
fascinados e subjugados. Abaixo descrevo e tento explicar cada um
deles:

Obsessores simples:

    O médium sabe que está sob a má influência, pois tudo o que fala
tem a intenção de criar obstáculos a todo tipo de comunicação. Nesta
categoria podemos citar a obsessão física, que consiste nas
manifestações ruidosas e obstinadas de certos espíritos através de
pancadas ou outros ruídos.
Normalmente esse tipo de obsessão, e retirada através de passes de um
Preto Velho ou de um Caboclo, logo após o consulente ter uma breve
conversa com a Entidade. Pode ser indicado também, banhos de
descarrego, defumadores em ambientes, para assim afastar o grupo que
acompanha o obsessor que foi detectado no consulente pela Entidade de
Luz.


Obsessores fascinados:

    Produzem uma ilusão sobre o pensamento do médium que paralisa de
algum modo sua capacidade de julgar seus atos. `um erro acreditar que
esse tipo de obsessão pode atingir somente as pessoas simples; os mais
inteligentes não estão isentos disso. A sua tática é quase sempre
inspirar o médium a se distanciar de todo aquele que possa lhe abrir
os olhos. Assim, evitando a contradição, estão certos de ter sempre a
razão.
Nesse tipo de obsessor, como acima também poderá ser encaminhado a um
Preto Velho ou Caboclo, sendo o mais provável fazer uma sessão de
"desobsessão" que pode levar entre 3 a 7 sessões, até o próprio
consulente entender que a razão que ele considera correta é falha, e
ele está sendo levado a isso pelo domínio de um obsessor.


Obsessores subjugados:

Paralisam a vontade do médium e o faz agir fora da sua normalidade.
Está, numa palavra, sob um verdadeiro jugo. A obsessão corporal muitas
vezes tira do médium a energia necessária para dominá-lo - é preciso a
intervenção de uma segunda pessoa que, agindo com sua superioridade
moral, se impõe aos espíritos.
Nesse caso, o trabalho de um Preto Velho ou Caboclo vem junto com a
força mediúnica de um médium de descarrego, de desobsessão e de
encaminhamento, onde todos trabalham numa corrente única, para que
assim faça a limpeza física, mental e espiritual do consulente
obsediado.
Esses Médiuns, deverão estar preparados e desenvolvidos mediunicamente
e espiritualmente, para que assim, além de desobsediar o consulente,
outras Entidades de Luz, como Exus, Pombo Giras, Boiadeiros, Erês, ou
qual for a necessidade no momento, possam se apresentar para fazer a
busca, fazer o entendimento do espírito obsessor e o encaminhamento
para o local adequado a cada um, sendo esse local para o lado do
aceite ou do não aceite por parte do espírito obsessor. Caso tiver o
entendimento por parte desse espírito, ele irá a planos que o levarão
a luz e a evolução, caso não haja, ele será ´preso em outros planos
espirituais até que entenda que deverá sim buscar a evolução
espiritual para que assim tenha novas chances de buscar sempre a luz e
sair da escuridão que ele mesmo sem entender, é algo que o destruirá
a cada instante, levando a cada vez mais longe da evolução espiritual
e dos braços do Pai Maior.


Como evitar os obsessores?

Você já deve ter conhecido pessoas que só reclamam. Neste caso, a
Umbanda orienta que devemos destruir esse domínio, colocando-se em
guarda com seu anjo, a ponto de a ação do obsessor sucumbir.

    Nossas Entidades de Luz nos ensinam que devemos manter sempre
nossos Anjos de Guarda elevados e iluminados, para que assim nos
tornemos fortes e resistentes ao domínio desses espíritos da
escuridão. Devemos ao menos uma vez por semana, elevar nossos
pensamentos a Deus, clamar a nossos Anjos de Guarda, fazer uma oração
com muita fé, e se puder acender uma vela branca, oferecendo a nosso
Anjo querido, juntamente com um copo de água. Isso sempre vai nos dar
forças a lutar contra esses obsessores, fechando as portas que
deixamos abertas com nossos sentimentos ruins, nossas imperfeições.

    Por melhor que seja o caráter de alguém, os motivos da obsessão
variam, mas sua única intenção é o desejo de fazer o mal; como sofrem,
querem fazer os outros sofrerem; sentem prazer em atormentar o médium
e os mais próximos. Esses espíritos agem por ódio e inveja do bem; é
por isso que atormentam todas as pessoas, mesmo sendo as mais
honestas.

Como saber se a pessoa está obsediada?

    As vezes nos deparamos com um amigo, um ente querido, no qual
temos grande apreço e vice-versa, no entanto, por mais amor que temos,
por maior carinho que dedicamos, essa pessoa nos desagrada de uma
maneira gratuita, de uma forma que não tem o costume fazer.

    Será que pode ser um obsessor tomando conta da mente e do espírito
dessa pessoa?

    Com toda certeza sim.

    Portanto devemos observar os seguintes itens abaixo descritos,
para averiguarmos que decisão poderemos tomar, se deveremos tentar a
busca de uma ajuda espiritual para sanar tal fato:

    O que devemos observar em uma pessoa possivelmente obsediada:

- O propósito é o de constrangimento.

Ao tentar argumentar algo sobre o fato com a pessoa obsediada,
possivelmente essa pessoa irá tentar lhe constranger, falando sobre
seu estado mental, falando da sua intenção de ajuda através da
Umbanda, tentando menosprezar seu modo de ver as coisas, para que
assim você desista de investir tempo em busca de uma ajuda espiritual.


- Chocam o bom senso

Normalmente, ao você falar para uma pessoa obsediada, sobre uma
Entidade de Luz, sobre sessões de desobsessão, entre outras formas de
ajuda, a pessoa obsediada vai debater sobre sua sanidade mental,
tentando deixar você com o máximo de insegurança, para que assim seja
desfeita sua intenção e sua fé numa possível ajuda.


- Mudanças na comunicação (escrita, audição ou visual)

Uma pessoa Médium, já com a mediunidade bem aflorada, pode perceber um
obsediado por alguns detalhes que as vezes passa desapercebido a uma
pessoa não desenvolvida mediunicamente. Entre esses detalhes, a
escrita de uma pessoa obsediada se torna um tanto ilegível, se vê
vultos negros ou acizentados em volta dessa pessoa, podem se ouvir
sons de lamentos, falácias sem nexo ou vozes chamando por seu nome.


- Crença na infalibilidade da sua comunicação.

Nesse fato o obsediado acredita, e tenta fazer a todos acreditarem,
que ele não erra, não tem falhas, não  demonstra fraquezas. E pode ser
observado nessa forma, pois a todo instante tenta fazer isso, sendo assim
demonstrado que é superior a quem está tentando trazer ajuda, e sendo
um suposto ser sem falhas, deixar a quem busca ajuda inseguro,
refletindo que a pessoa ajudante sim pode ter falhado ao achar que
teria um suposto obsessor atrapalhando e induzindo a pessoa obsediada.


- Ele se afasta das pessoas que podem lhe fazer advertências úteis

Toda vez que se tenta alertar um suposto obsediado a sua condição, ele
poderá, além de tentar os fatos ditos acima, se distanciar de sua
presença, sempre que possível. Normalmente começará a evitar contatos
com a pessoa ajudante, evitará lugares que possam ter encontros com
essa pessoa, e evitará ao máximo diálogos com ela.


- Age ou fala contra sua vontade

Pode-se observar que pessoas obsediadas fazem coisas que naturalmente
nunca fariam, falam coisas que não falariam. Coisas como que
conduzissem sua moral a declínio, e palavras de baixo calão, mesmo
sendo essa pessoa educadíssima, sem o hábito de se expressar de modo
chulo.


- Ruídos e desordens acontecem ao seu redor.

Como dito acima, pode-se se distinguir um obsediado quando ao seu
redor, uma pessoa preparada e desenvolvida mediunicamente, observa
vultos, ouve ruídos sem nexo ou noção, e principalmente se tem uma
desordem mental ao se aproximar de um obsediado.


Conselhos gerais:

 Existe alguns procedimentos feitos pelas nossas Entidades de Luz,
que nos ajudam a nos livrar de alguns obsessores, como já foi dito
acima. Procedimentos esses como os passes magnéticos dados por Pretos
Velhos e Caboclos, descarregos, desobsessões, banhos, defumadores,
etc.

Mas o que não pode faltar ao médium e a pessoa que está obsediada, é a
fé e a força de vontade suficiente para tomar uma atitude. Não se pode
atribuir à ação direta dos maus espíritos todo dissabor que esteja
acontecendo na sua vida. Muitas vezes, os problemas são a consequência
da negligência ou da imprevidência.
Também sabemos que 35% da população mundial têm experiências místicas
e a medicina aceita estes fenômenos, mas não se pode descartar a
possibilidade de problemas psicológicos ou psiquiátricos, onde tudo
deve ser averiguado.
Portanto todo cuidado é pouco, quando verificamos alguma pessoa que
nos parece obsediada, as vezes pode ser outras coisas.


O que é desobsessão?

    Ao constatar um obsessor em um indivíduo, e ao ser levado a
presença de uma Entidade de Luz, que o ajudará a se livrar desses
obsessores, será feito a desobsessão.

    É natural que essa Entidade peça ao obsediado que ele busque fazer
7 passes, que têm a finalidade de limpar a sua aura e de descarregar o
campo vibratório dos obsessores, tornando a desobsessão mais amena.
Essa espera de 7 semanas se faz necessária, pois afinal estamos
tratando de espíritos extremamente ignorantes, que foram e são seus
algozes nesta vida, tornando-se necessária uma aclimatação deles ao
processo de doutrinação, que começa exatamente com as palavras dessa
Entidade de Luz, demonstrando a esse obsessor que ele tem um caminho
longo a trilhar na busca de paz, luz, entendimento e evolução. E que
ele, o obsessor, não deverá retornar ao caminho da escuridão, e não
mais perturbar os encarnados.

    Contudo, muitas vezes os obsessores são milenares, e guardam com eles um
enorme desejo de vingança. O ódio represado por tanto tempo precisa ser
posto para fora, e eles, os obsessores, geralmente investem toda a sua
fúria sobre a pessoa a quem eles ainda odeiam, podendo ser a pessoa
obsediada, pois esse obsessor pode estar buscando um acerto de contas
milenares com a reencarnação da pessoa obsediada.

    Essa sede de vingança poderá ser demonstrada através de Médiuns de
descarrego, de desobsessão ou de Encaminhamento, expressando através
deles, que darão passagem a toda essa emoção contida a tanto tempo.

    Preste atenção em tudo o que for dito, e entenda que eles estão se
reportando a encarnações anteriores e não à encarnação atual; daí não
se ofenda com as palavras chulas proferidas por eles, pois o desejo de
vingança é imenso. São momentos desagradáveis, porém de extrema
necessidade, pois é através desta catarse que eles terão a
oportunidade de se colocar diante daqueles que eles acham ser seus
algozes. À medida que os obsessores forem entendendo todo o processo
de incorporação, doutrinação e seu estado atual de espírito
desencarnado, o ódio vai passando, ele começa a entender que está em
outro plano, em outra vida, agora desprovido de um corpo de carne.

    Muitas vezes os obsessores ameaçam, xingam, esbravejam, se
contorcem, porém estão contidos no campo vibratório do médium que foi
muito bem desenvolvido, e está permitindo e dando passagem a todo
sofrimento do obsessor, enquanto os Guias espirituais tratam dele, ou
deles. Nos momentos piores ore e mantenha-se calmo, pois o seu campo
vibratório está passando por uma limpeza profunda, e é de nosso
interesse que isso se faça com toda precisão, em benefício seu, dos
obsessores e dos médiuns que estão trabalhando.

    Nossas Entidades de Luz nos alertam como deveremos nos portar
diante um caso de obsessão, e como agir dentro de uma desobsessão.

    Não adianta vir para a desobsessão com raiva, com pressa, ou mesmo
com os nervos à flor da pele; afinal, o dia da libertação de ambos
está mais próximo do que nunca.

    No dia marcado pela Entidade de Luz para o inicio da desobsessão,
o irmão que deseja a ajuda para se livrar desses obsessores também
precisa se preparar. Sabemos que não é fácil para você, que desconhece
grande parte desse processo obsessivo, com raras exceções. Nesse dia,
se prepare com paciência e amor, pois será a grande oportunidade de
resgate cármico. Para que tudo dê certo, observe os seguintes
comportamentos:

Não comer carne;

Não beber bebidas alcoólicas;

Não praticar atos sexuais 24 horas antes;

Manter-se sereno antes e durante a desobsessão;

Procurar compreender o sofrimento do obsessor;

Não se apavorar com as colocações dos obsessores, as vezes eles já o/a
conhecem há muitas encarnações;

Confiar em Deus e ter extrema fé na Entidade de Luz responsável, assim
como nos Médiuns de descarrego, desobsessão e Encaminhamento.

Fazer as limpezas necessárias e pedidas pelas Entidades de Luz, como
banhos de descarrego, defumações no lar.


    Não se esqueça de mudar de atitude no seu cotidiano, pois se seus
erros não forem sanados, você atrairá novos "companheiros" para sua
jornada.


    Lembre-se os maus sentimentos deixam portas abertas a obsessores.
Portanto se livre da inveja, da maledicência, da prepotência, do ódio,
e de todos sentimentos ruins que podemos facilmente nos livrar,
bastando apenas usar o que Jesus nos ensinou, que é usar o AMOR.


Carlos de Ogum.


quarta-feira, 26 de março de 2014 44 comentários

Poema: Meu Pai Ogum

AUTOR: CARLOS DE OGUM.



    Guerreiro supremo do Humaitá,
a Pai Ogum peço proteção,
me abençoe em nome de Oxalá,
e inimigos não me vencerão.

    Meu caminho se torna de paz,
quando iluminado pelo Cavaleiro de Luz,
sua força e sabedoria nos traz,
o abraço desse Guerreiro de Jesus.

    Sua lança empunhada na mão,
me defende dos grandes inimigos,
levando para longe uma má ação,
sempre protegendo sem deixar-nos feridos.

    Ogum é sabedoria, força e coragem,
poderoso Guerreiro do amor,
ao longe me encanto, como em uma miragem,
cavalgando no jardim sem destruir uma flor.

Ao ouvir seu nome, os inimigos se afastam,
e para longe de mim, se vão,
como cobras assustadas se arrastam,
Pai Ogum me protegendo, com sua lança na mão.

    Grandioso cavaleiro de Oxalá,
as demandas Pai Ogum há de vencer,
cavalgando no divino Humaitá,
a seus filhos proteção vai oferecer.

    Sem espinhos os caminhos ele deixará,
para mim que sou seu filho, caminhar,
uma luz brilhante, pelo céu passará,
iluminando noite escura com a luz de seu luar.

    Saravá meu poderoso Pai Ogum,
guerreiro que luta pela paz,
abençoado pelo nosso Pai Olorum,
com Ogum na Gira, a Umbanda tudo faz.

    Sem medo de mazela,
sem temer o inimigo,
a Pai Ogum ofereço uma vela,
e a ele peço que me livre do perigo.

    Pai Ogum é meu guardião,
com ele não tenho temor,
sei que sempre terei proteção,
Meu Pai me livra de males e de toda dor.

    Observando sempre minha caminhada,
na estrada da vida, Ogum comigo está,
seja manhã, tarde, noite ou madrugada,
intercedendo por mim junto a Pai Oxalá,

    Muitas dívidas com ti terei,
não sei o tanto que terei a agradecer,
a ti uma promessa farei,
nunca deixar o mal me preencher.

    Obrigado Senhor guerreiro da Lua,
por tantos dias de glórias e de luz,
protegido sempre estarei pela espada tua,
Ogum filho de Deus, mensageiro de Jesus.

Uma singela homenagem a meu Pai de Coroa, que tantos caminhos me abre.

Patacori Ogum, Ogum Nhê!!!

Carlos de Ogum




quarta-feira, 19 de março de 2014 47 comentários

A Cobrança Em Dinheiro Por Uma Caridade: Com o Texto de Chico Xavier, Para Entendimento!







    Esse texto não é só para meus irmãos de Umbanda, mas para todos.
Sejam Umbandistas, Kardecistas, Candomblecistas, Católicos,
Evangélicos ou qualquer pessoa de qualquer religião que são usados
pelos falsos líderes religiosos que usam do nome e da graça de Deus
para trocar falsas bençãos por dinheiro ou bens materiais.

     Bençãos essas, dadas por Deus, por Jesus Cristo, pelos Orixás,
pelas Entidades de Luz, benção essas dadas a qualquer pessoa agraciada
pela própria fé, dada com carinho, amor e de uma forma sem cobranças.

    Abaixo anexo uma das milhares psicografias do saudoso irmão Chico
Xavier, demonstrando qual é o destino do médium que usa do seu dom
para o bem próprio. Vale a pena ler e refletir:

                       História de um médium.

              As observações interessantes sobre a doutrina dos
Espíritos sucediam-se umas às outras, quando um amigo nosso, velho
lidador do Espiritismo, no Rio de Janeiro, acentuou, gravemente:

"Em Espiritismo, uma das questões mais sérias é o problema do
médium..."

               "Sob que prisma?"  Indagou um dos circunstantes.

"Quanto ao da necessidade de sua própria edificação para vencer o
meio."

               "Para esclarecer a minha observação continuou o nosso
amigo contar-lhe-ei a história de um companheiro dedicado, que
desencarnou, há poucos anos, sob os efeitos de uma obsessão terrível e
dolorosa."

              Todo o grupo, lembrando os hábitos antigos, como se
ainda estacionássemos num ambiente terrestre, aguçou os ouvidos,
colocando-se à escuta:

               "Azarias Pacheco começou o narrador era um operário
despreocupado e humilde do meu bairro, quando as forças do Alto
chamaram o seu coração ao sacerdócio mediúnico. Moço e inteligente,
trabalhava na administração dos serviços de uma oficina de consertos,
ganhando, honradamente, a remuneração mensal de quatrocentos mil
réis.

              Em vista do seu espírito de compreensão geral da vida, o
Espiritismo e a mediunidade lhe abriram um novo campo de estudos, a
cujas atividades se entregou sob uma fascinação crescente e singular.
              Azarias dedicou-se amorosamente à sua tarefa, e, nas
horas de folga, atendia aos seus deveres mediúnicos com irrepreensível
dedicação. Elevados mentores do Alto forneciam lições proveitosas,
através de suas mãos. Médicos desencarnados atendiam, por ele, a
volumoso receituário.
              E não tardou que o seu nome fosse objeto de geral
admiração.

              Algumas notas de imprensa evidenciaram ainda mais os
seus valores mediúnicos e, em pouco tempo, a sua residência humilde
povoava-se de caçadores de anotações e de mensagens. Muitos deles
diziam se espíritas confessos, outros eram crentes de meia convicção
ou curiosos do campo doutrinário.

              O rapaz, que guardava sob a sua responsabilidade pessoal
numerosas obrigações de família, começou a sacrificar primeiramente
os seus deveres de ordem sentimental, subtraindo à esposa e aos
filhinhos as horas que habitualmente lhes consagrava, na intimidade
doméstica.

              Quase sempre cercado de companheiros, restavam-lhe
apenas as horas dedicadas à conquista de seu pão cotidiano, com vistas
aos que o seguiam carinhosamente pelos caminhos da vida.

              Havia muito tempo perdurava semelhante situação, em face
de sua preciosa resistência espiritual, no cumprimento de seus
deveres.

              Dentro de sua relativa educação mediúnica, Azarias
encontrava facilidade para identificar a palavra de seu guia sábio e
incansável, sempre a lhe advertir quanto à necessidade de oração e de
vigilância.

Acontece, porém, que cada triunfo multiplicava as suas preocupações e
os seus trabalhos.

Os seus admiradores não queriam saber das circunstâncias especiais de
sua vida.

              Grande parte exigia as suas vigílias pela noite a
dentro, em longas narrativas dispensáveis. Outros alegavam os seus
direitos às exclusivas atenções do médium. Alguns acusavam-no de
preferências injustas, manifestando o gracioso egoísmo de sua
amizade expressando o ciúme que lhes ia na alma, em palavras
carinhosas e alegres. Os grupos doutrinários disputavam-no.

              Azarias verificou que a sua existência tomava um rumo
diverso, mas os testemunhos de tantos afetos lhe eram sumamente
agradáveis ao coração.

              Sua fama corria sempre. Cada dia era portador de novas
relações e novos conhecimentos.
              Os centros importantes começaram a reclamar a sua
presença e, de vez em quando, surpreendiam-no as oportunidades das
viagens pelos caminhos de ferro, em face da generosidade dos amigos,
com grandes reuniões de homenagens, no ponto de destino.

              A cada instante, um admirador o assaltava:

               "Azarias, onde trabalha você?..."

               "Numa oficina de consertos."

               "Ó! Ó!... e quanto ganha por mês?"

               "Quatrocentos mil réis."

               "Ó! mas isso é um absurdo... Você não é criatura para
um salário como esse! Isso é uma miséria!..."

Em seguida outros ajuntavam:

               "O Azarias não pode ficar nessa situação. Precisamos
arranjar-lhe coisa melhor no centro da cidade, com uma remuneração à
altura de seus méritos ou, então, poderemos tentar-lhe uma colocação
no serviço público, onde encontrará mais possibilidades de tempo para
dedicar-se à missão..."

O pobre médium, todavia, dentro de sua capacidade de resistência,
respondia:

               "Ora, meus amigos, tudo está bem. Cada qual tem na vida
o que mereceu da Providência Divina e, além de tudo, precisamos
considerar que o Espiritismo tem de ser propagado, antes do mais,
pelos Espíritos e não pelos homens!..."

Azarias, contudo, se era médium, não deixava de ser humano.

              Requisitado pelas exigências dos companheiros, já nem
pensava no lar e começava a assinalar na sua ficha de serviços faltas
numerosas.

              A princípio, algumas raras dedicações começaram a
defendê-lo na oficina, considerando que, aos olhos dos chefes, suas
falhas eram sempre mais graves que as dos outros colegas, em virtude
do renome que o cercava; mas, um dia, foi ele chamado ao gabinete de
seu diretor que o despediu nestes termos:

              "Azarias, infelizmente não me é possível conservá-lo
aqui, por mais tempo. Suas faltas no trabalho atingiram o máximo e a
administração central resolveu eliminá-lo do quadro de nossos
companheiros."

              O interpelado saiu com certo desapontamento, mas
lembrou-se das numerosas promessas dos amigos.

              Naquele mesmo dia, buscou providenciar para um nova
colocação, mas, em cada tentativa, encontrava sempre um dos seus
admiradores e conhecidos que obtemperava:

               "Ora Azarias, você precisa ter mais calma!... Lembre-se
de que a sua mediunidade é um patrimônio de nossa doutrina...
Sossega, homem de Deus!... Volte à casa e nós todos saberemos ajudá-lo
neste transe."

              Na mesma data, ficou assentado que os amigos do médium
se cotizariam, entre si, de modo que ele viesse a perceber uma
contribuição mensal de seiscentos mil réis, ficando, desse modo,
habilitado a viver tão somente para a doutrina.

              Azarias, sob a inspiração de seus mentores espirituais,
vacilava ante a medida, mas à frente de sua imaginação estavam os
quadros do desemprego e das imperiosas necessidades da família.

              Embora a sua relutância íntima, aceitou o alvitre.

              Desde então, a sua casa foi o ponto de uma romaria
interminável e sem precedentes. Dia e noite, seus consulentes
estacionavam à porta. O médium buscava atender a todos como lhe era
possível. As suas dificuldades, todavia, eram as mais prementes.

Ao cabo de seis meses, todos os seus amigos haviam esquecido o sistema
das cotas mensais.

              Desorientado e desvalido, Azarias recebeu os primeiros
dez mil réis que uma senhora lhe ofereceu após o receituário. No seu
coração, houve um toque de alarma, mas o seu organismo estava
enfraquecido. A esposa e os filhos estavam repletos de necessidades.

              Era tarde para procurar, novamente, a fonte do trabalho.
Sua residência era objeto de uma perseguição tenaz e implacável. E
ele continuou recebendo.

              Os mais sérios distúrbios psíquicos o assaltaram.
              Penosos desequilíbrios íntimos lhe inquietavam o
coração, mas o médium sentia-se obrigado a aceitar as injunções de
quantos o procuravam levianamente.

              Espíritos enganadores aproveitaram-se de suas vacilações
e encheram-lhe o campo mediúnico de aberrações e descontroles.

              Se as suas ações eram agora remuneradas e se delas
dependia o pão dos seus, Azarias se sentia na obrigação de prometer
alguma coisa, quando os Espíritos não o fizessem. Procurado para a
felicidade no dinheiro, ou êxito nos negócios ou nas atrações do amor
do mundo, o médium prometia sempre as melhores realizações, em troca
dos míseros mil réis da consulta.

              Entregue a esse gênero de especulações, não mais pode
receber o pensamento dos seus protetores espirituais mais dedicados.

              Experimentando toda sorte de sofrimentos e de
humilhações, se chegava a queixar-se, de leve, havia sempre um cliente
que lhe observava:

"Que é isso, "seu" Azarias?... O senhor não é médium? Um médium não
sofre essas coisas!...

Se alegava cansaço, outro objetava, de pronto, ansioso pela satisfação
de seus caprichos:

"E a sua missão, "seu" Azarias?... Não se esqueça da caridade!..."

             E o médium, na sua profunda fadiga espiritual,
concentrava-se, em vão, experimentando uma sensação de angustioso
abandono, por parte dos seus mentores dos planos elevados.

             Os mesmos amigos da véspera piscavam, então, os olhos,
falando, em voz baixa, após as despedidas:

"Você já notou que o Azarias perdeu de todo a mediunidade?..." Dizia
um deles.

              "Ora, isso era esperado redargua-se desde que ele
abandonou o trabalho para viver à custa do Espiritismo, não podíamos
aguardar outra coisa."

              "Além disso exclamava outro do grupo todos os vizinhos
comentam a sua indiferença para com a família, mas, de minha parte
sempre vi no Azarias um grande obsediado."

              "O pobre do Azarias perverteu-se falava ainda um
companheiro mais exaltado e um médium nessas condições é um fracasso
para a própria doutrina..."

              "É por essa razão que o Espiritismo é tão
incompreendido! sentenciava ainda outro. Devemos tudo isso aos maus
médiuns que envergonham os nossos princípios."

             Cada um foi esquecendo o médium, com a sua definição e a
sua falta de caridade. A própria família o abandonou à sua sorte, tão
logo haviam cessado as remunerações.

Escarnecido em seus afetos mais caros, Azarias tornou-se um revoltado.

             Essa circunstância foi a última porta para o livre
ingresso das entidades perversas que se assenhorearam de sua vida.

             O pobre náufrago da mediunidade perambulou na crônica dos
noticiários, rodeado de observações ingratas e de escandalosos
apontamentos, até que um leito de hospital lhe concedeu a bênção da
morte..."

O narrador estava visivelmente emocionado, rememorando as suas antigas
lembranças.

              "Então, quer dizer, meu amigo observou um de nós que a
perseguição da polícia ou a perseguição do padre não são os maiores
inimigos da mediunidade"...

              "De modo algum. Replicou ele, convicto. O Padre e a
política podem até ser os porta dores de grandes bens."

             E, fixando em nós outros o seu olhar percuciente e calmo,
rematou a sua história, sentenciando, gravemente:

"O maior inimigo dos médiuns está dentro de nossos próprios muros!..."

(Recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier.
em 29 de abril de 1939).

    Com esse maravilhoso texto do tão iluminado Francisco Cândido
Xavier, ou simplesmente, Chico Xavier, como ele mesmo gostava de ser
chamado, podemos refletir da seguinte maneira:

    Para os médiuns:

    Nada é tão valioso quanto a honestidade dentro da espiritualidade.

Para os consulentes, assistência ou fiéis:

    Nada vai conseguir melhorar em sua caminhada, na sua vida e nas
suas necessidades, acreditando em falsos Médiuns, Padres, Pastores,
Pais e Mães de Santo que vendem falsas bençãos, vendem falsas
ilusões, vendem sua alma ao demônio para conquistarem bens próprios.

    Você jamais precisará pagar por uma benção de Deus, jamais precisará comprar diversos livros, CDs, DVDs ou qualquer objeto para que Deus possa ouvir suas súplicas, jamais precisará pagar por trabalhos, limpezas espirituais, dízimos, contribuições, campanhas disso ou daquilo para que Deus, Jesus Cristo, Santos, Orixás e todas as Entidades de Luz se interessem pelo seu problema.

    Irmãos, para que tudo isso possa acontecer, basta apenas uma coisa
em sua vida: .

    Não alimentem as cobras, pois quando o alimento se extinguir elas vão atacar vocês de qualquer maneira.

Carlos de Ogum



quarta-feira, 5 de março de 2014 274 comentários

Velas na Umbanda, Suas Cores e Como Utilizar




    Um dos grandes símbolos da Umbanda é a vela.

    Ela fica presente em varias etapas nos trabalhos da Sagrada
Umbanda, por vezes encontramos as velas vibracionais em Gongares, nas
oferendas, pontos riscados, em firmamentos e assentamentos, firmando
anjos de guarda e em quase todos os trabalhos de firmamento.

    Quando um filho de Umbanda acende uma vela, mal sabe que está
abrindo para sua mente uma porta interdimensional, onde sua mente
consciente nem sonha com a força de seus poderes mentais.

    A vela funciona na mente das pessoas como um código mental. Os
estímulos visuais captados pela luz da chama da vela acendem, na
verdade, a fogueira interior de cada um, despertando a lembrança de um
passado muito distante, onde seus ancestrais, sentados ao redor do
fogo,tomavam decisões que mudariam o curso de suas vidas.

    A maioria dos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma
automática, num ritual mecânico, sem nenhuma concentração. É preciso
muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia
emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas,
irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da queima dessa
vela.

    Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo a
chama da vela cheia de calor, ela tem um amplo sentido de vida,
despertando nas pessoas a esperança, a fé e o amor; No ritual da
magia, o mago entra em contato com seu mundo inconsciente, depositário
de suas forças mentais, onde irão ser utilizadas para que alcancem
seus propósitos iniciais. Qualquer pessoa que acender uma vela, com
fé, está nesse momento realizando um ritual mágico e,
consequentemente, está sendo um mago; Se uma pessoa suas forças
mentais com a ajuda da magia das velas, no sentido de ajudar alguém,
irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo
das energias psíquicas, utilizando-as para prejudicar qualquer pessoa,
o retorno será infalível, e as energias de retorno são sempre mais
fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu; As
pessoas que utilizam a força da magia das velas que, na realidade,
despertam as forças interiores de cada um  com propósito maléficos,
não são consideradas magos, mas feiticeiros ou bruxos. Infeliz daquele
que, na ânsia de destruir seus inimigos, acendem velas com formatos de
sapo, de diabo, de caveira, de caixão, etc., assumindo um terrível
compromisso cármico com os senhores do destino. Todos os nossos
pensamentos, palavras e atos estão sendo gravados na memória do
infinito, ninguém fica impune junto à justiça divina. Voltaremos ao
planeta Terra quantas encarnações for preciso para expiar nossas
dívidas com o passado. Por outro lado, feliz daquele que lembra de
acender uma vela com o coração cheio de amor para o anjo da guarda de
seu inimigo, perdoando-o por sua insensatez, pois irá criar ao seu
redor um campo vibratório de harmonia cósmica, elevando suas vibrações
superiores; Ao acender velas para as almas, para o anjo da guarda, os
pretos velhos, caboclos, para a firmeza de pontos, Conga, para um
santo de sua preferência ou como oferenda aos Orixás, é importante que
o umbandista saiba que a vela é muito mais para quem acende do que
para quem está sendo acesa, tendo a mesma conotação do provérbio
popular que diz: A mão de quem dá uma flor, fica mais perfumada do que
a de quem a recebe; A intenção de acender uma vela gera uma energia
mental no cérebro da pessoa. Essa energia é que a entidade espiritual
irá captar em seu campo vibratório. Assim, a quantidade de velas não
influirá no valor do trabalho; a influencia se fará diretamente na
mente da pessoa que está acendendo as velas, no sentido de aumentar ou
não o grau da intenção. Desta forma, é inútil acreditar que podemos
comprar favores de uma entidade negociando com uma maior ou menor
quantidade de velas acesas. Os espíritos captam em primeiro lugar as
vibrações de nossos sentimentos, quer acendamos velas ou não. Daí ser
melhor ouvir uma das máximas de Jesus que diz: Antes de fazer sua
oferenda, procure conciliar-se com seu irmão.

    Não é conveniente, ao encontrar uma vela acesa no portão do
cemitério, nas encruzilhadas, embaixo de uma arvore, ao lado de uma
oferenda, apaga-la por brincadeira ou por outra razão. Devemos
respeitar a fé das pessoas. Quem assim o cometer, deve ter em mente,
que poderá acarretar sérios problemas com esta atitude, de ordem
espiritual. Precisamos respeitar o sentimento de religiosidade das
pessoas, principalmente quando acender uma vela faz parte desse
sentimento. Se acender uma vela a pessoa tiver um forte poder de
magnetização, torna-se mais perigoso apagar a vela. Mas, se ela não
estiver magnetizada, fica a critério de cada um.


    Nos trabalhos de Umbanda existe uma grande preocupação com o uso de
velas virgens, ou que não estejam quebradas.
Isso tem um grande fundamento, pois a vela virgem estava isenta da
magnetização de uma vela usada anteriormente evitando assim um choque
de energias, que geralmente anula o efeito do trabalho.

Especificação de cores das velas.

VELA DA COR BRANCA: OXALÁ.

    Na Umbanda, o uso da vela branca é o mais frequente, devido à sua
representação como símbolo da pureza. A cor branca na Umbanda é a cor
do Orixá Oxalá. Daí a razão do uso de velas brancas na maioria dos
trabalhos e firmamentos dentro da associação da pureza/Oxalá.

VELA DA COR VERMELHA: OGUM.

    O Orixá Ogum, tido como senhor das guerras, tem uma vibração muito
forte. As velas vermelhas, quando acesas dentro de seu ritual, vibram
na mesma frequência, com resultados mais favoráveis. Considerando que
a força da vela está mais na força mental da pessoa, a cor irá
concorrer com o sentido de favorecer sua capacidade de concentração,
devido a conjugação de frequências idênticas. Se houver uma inversão
nas cores das velas, isso poderá ou não alterar o resultado dos
trabalhos pois dependerá em grande parte da força mental da pessoa.

VELA NA COR AZUL: OXUM E IEMANJÁ.

    A cor azul, com sua vibração serena, vibra na mesma frequência da
Orixá Oxum, a senhora das águas doces. A vela de cor azul tanto pode
ser acesa para Oxum como para Iemanjá, que aceita em seu ritual velas
brancas. Por isso alguns Terreiros preferem usar as velas traçadas,
nas cores azul e branca, para Iemanjá.

VELA NA COR AMARELA: IANSÃ.

    Ficou estabelecida que a cor amarela, que deriva da vermelha, é a
cor da Orixá Iansã, também pelo fato de ser uma energia de luta. As
velas acesas para Iansã deverão ser da cor amarela, para continuar em
sua frequência vibratória. A variação de quantidade de velas deve ser
a mesma que se acende para qualquer outro Orixá ou Entidade, de acordo
com os objetivos do trabalho.

VELA NA COR MARROM: XANGÔ.

    Estabeleceu-se a cor marrom para o Orixá Xangô, levando-se em
consideração a neutralidade dessa mesma cor. A energia de Xangô emana
dos minerais, que possuem uma variedade muito grande de cores.
Curiosamente, prevaleceu a cor mais frequente, que a das pedras sobre
a superfície da terra.

VELA NA COR VERDE: OXOSSI.

    A cor verde, por seu equilíbrio vibratório, obtido pela junção das
cores amarela e azul, vibra na frequência do Orixá Oxossi, o senhor
das matas. Assim, uma vela de cor verde, acesa numa mata, que tem a
cor verde, possui uma força vibratória muito forte, facilitando o
trabalho de firmamento.

VELA NA COR LILÁS OU ROXA: NANÃ BUROQUÊ.

A cor roxa vibra na Orixá Nanã Buroquê, por ser ela, a Orixá, que leva
o dom da evolução, sendo assim a cor lilás ou roxa, está ligada ao
mundo místico e significa espiritualidade, magia e mistério. O roxo
transmite a sensação de tristeza e introspecção. Estimula o contacto
com o lado espiritual, proporcionando a purificação do corpo e da
mente, e a libertação de medos e outras inquietações. É a cor da
transformação.
     A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de
atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e
preparando-os para uma nova "vida", já mais equilibrada .

VELA NA COR TRAÇADA AMARELA E PRETA: OMULÚ.

A vela traçada amarela e preta tem uma vibração muito forte no
encaminhamento de Espíritos, por isso ela foi determinada a Omulu, que é
o Orixá que coordena a passagem do mundo físico para o mundo
espiritual. E ele que no desencarne eleva o entendimento das pessoas
para que entendam esse desencarne e evolua.
Omulu é o desdobramento do Orixá Obaluaiê, sendo Obaluaiê o Orixá no
modo jovial e Omulu no modo idoso. Contudo sendo um só Orixá. No caso
de Obaluaiê não devemos oferecer a vela na cor traçada amarela e
preta, e sim na cor branca e preta, por ser a cor branca a cor de
renascimento.

VELA NA COR ROSA OU TRAÇADA ROSA/AZUL: IBEIJI.

    A cor rosa ou TRAÇADA rosa/azul, com sua vibração cheia de vida,
vibra na frequência da energia da falange dos espíritos das crianças,
conhecidas também como Ibejis, Ibeijada ou Erês. Velas traçadas, nas
cores azul e rosa, são acesas também com o mesmo resultado das velas
cor-de-rosa, assim como as azuis.

VELA NA COR TRAÇADA BRANCA/PRETA: PRETO VELHO.

As velas traçadas, nas cores branca e preta, são utilizadas nos
trabalhos de magia dos Pretos Velhos e devem ser usadas sob a
orientação direta dos próprios Pretos Velhos.

VELAS NA COR TRAÇADA BRANCA E VERMELHA: ZÉ PILINTRA E MALANDROS.

As velas traçadas nas cores branca e vermelha, são oferecidas aos
Malandros e malandras, assim como também a Entidade Zé Pilintra.
Elas tem como objetivo de trazer a vibração de dois povos ao ser
acesa, ou seja, a vibração das Almas, que se apresentam ao ser
queimada a cor branca, e a vibração da linha de esquerda, Exus e Pombo
Giras, ao ser queimada a cor vermelha.

    Sendo assim, ao acender uma vela traçada, oferecendo a Senhor José
Pilintra e aos Malandros e Malandras, estamos trabalhando e entregando
nossas intenções tanto a linha da direita como a linha da esquerda.
Portanto é muito importante estar bem concentrado ao acender essa
vela, pois nossos pensamentos poderão nos fazer trazer coisas
merecidas tanto do lado bom como do lado ruim, pois nessa vibração,
para pessoas que não estão preparadas, podem ser enganadas por
Espíritos sem Luz, que tentam se passar por Entidades de Luz da linha
dos Malandros e Malandras. Seu pensamento na hora de oferecer uma vela
traçada branca/vermelha tem que estar firme num ponto extremo.

VELA NA COR TRAÇADA VERMELHA E PRETA: POMBO GIRA E EXU.

As velas traçadas, nas cores vermelha e preta, são utilizadas para as
Pombo Giras e os Exús. Devem ser acesas com muita cautela e de
preferência por quem conhece os segredos da mironga. Elas só devem ser
acesas com determinação de uma Entidade, e por pessoas que estiverem
preparadas. Quando uma Entidade determina algum trabalho com as velas
das cores pretas ou traçadas vermelhas e pretas, é provável e
considerável que essa Entidade já imantou a pessoa na qual irá acender
a vela.
A vela vermelha e preta, quando está queimando a cor vermelha, tem o
sentido de luta; quando esta queimando a cor preta significa vitória
sobre o objetivo proposto inicialmente.

VELAS DE CERA: TRABALHOS DE ALTAS COMPLEXIDADES, BATISMO E CIGANOS.

Para os trabalhos de alta COMPLEXIDADE , recomenda-se o uso de velas de cera,
por sua constância e pela força de sua chama. É a vela ideal para as
cerimônias de batismo das crianças, onde elas serão amenizadas do carma
de seus inimigos de vidas passadas.
Também pode ser usadas no oferecimento a povo Cigano, assim como a
vela de mel.


LISTA DE VELAS E A QUEM PODE SE OFERECER.

Anjo da Guarda: Branca.
Oxalá: Branca.
Ogum: Vermelha.
Xangô: Marrom.
Obaluaiê/Omulú: Traçada Branca e Preta / Traçada Amarela e Preta.
Oxóssi: Verde.
Iansã: Amarela.
Iemanjá: Azul claro ou Branca.
Nanã: Lilás (Roxa).
Oxum: Azul.
Ibeijada, Erês (Criança): Rosa, Azul ou Traçada Azul e Rosa.
Malandros:  Branca ou traçada branca e vermelha.
Ciganos: Vela de Cera, ou de Mel ou Colorida na cor do arco-íris.
Boiadeiro: Branca ou Amarela.
Caboclo de Ogum: Vermelha ou Verde.
Caboclo de Oxóssi: Verde.
Caboclo de Xangô: Marrom ou Verde.
Caboclas: Verde, Branca ou Traçadas Branca e Verde.
Exú e Pombo Gira: Preta, Vermelha ou Traçada Preta e Vermelha.
Pretas-Velhas: Traçada Branca e Preta, ou roxa.
Pretos-Velhos: Traçada Branca e Preta ou Branca.

    Nunca se esqueça de que as velas, são extensão da vontade e dos
pensamentos daquele que a acende, portanto, primeiramente limpe seus
pensamentos e eleve sua vontade no bem. e nas causas justas para que
assim tenha um bom resultado em seus pedidos e oferecimentos ao
acender uma vela.

A vela ilumina primeiro quem a acende. Isso nos mostra que aquele que faz o bem para os outros será o primeiro a ser iluminado.



Carlos de Ogum



terça-feira, 11 de fevereiro de 2014 70 comentários

SALVE OS BOIADEIROS





 SALVE OS BOIADEIROS.

       São espíritos de pessoas, que em vida trabalharam com o gado,
em fazendas por todo o Brasil, estas entidades trabalham da mesma
forma que os Caboclos nas sessões de Umbanda.

     Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a
vida simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem e
passando, como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a
força de vontade, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e
farta.

Nos seus trabalhos usam de velas, pontos riscados e rezas fortes para
todos os fins.

     O Caboclo Boiadeiro traz o seu sangue quente do sertão, e o
cheiro de carne queimada pelo sol das grandes caminhadas sempre
tocando seu berrante para guiar o seu gado. Normalmente, eles fazem
duas festas por ano, uma no inicio e outra no meio do ano. Eles são
logo reconhecidos pela forma diferente de dançar, tem uma coreografia
intricada de passos rápidos e ágeis, que mais parece um dançarino
mímico, lidando bravamente com os bois.

Seu dia é quinta feira, gosta de bebida forte como por exemplo cachaça
com mel de abelha, que eles chamam de meladinha, mas também bebem
vinho. Fumam cigarro, cigarro de palha e charutos. Seu prato preferido
é carne de boi com feijão tropeiro, feito com feijão de corda ou
feijão cavalo. Boiadeiro também gosta muito de abóbora com farofa de
torresmo. Em oferendas é sempre bom colocar um pedaço de fumo de rolo
e cigarro de palha.

No Terreiro os Boiadeiros vêm "descendo em seus aparelhos" como
estivessem laçando seu gado, dançando, bradando, enfim, criando seu
ambiente de trabalho e vibração.

     Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e
descarregando os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência.Os
fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo as portas para a entrada
dos outros guias e tornando-se grandes protetores, assim como os Exus.

     Quando o médium é mulher, frequentemente, a entidade pede para
que seja colocado um pano de cor, bem apertado, cobrindo o formato os
seios. Estes panos acabam, por vezes, como um identificador da
entidade, e até da sua linha mais forte de atuação, pela sua cor ou
composição de cores.

Alguns usam chapéus de boiadeiro, laços, jalecos de couro, calças de
bombachas, e tem alguns, que até tocam berrantes em seus trabalhos.


                     Nomes de alguns boiadeiros:

Boiadeiro da Jurema, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio, Carreiro,
Boiadeiro do Ingá, Boiadeiro Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João
Boiadeiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro,
Boiadeiro do Chapadão, Boiadeiro Cigano, etc.

Sua saudação: "Getruá Boiadeiro", "Xetro Marrumbaxêtro", "Xetruê" ou
"Xetruá".


       Os Boiadeiros são entidades que representam a natureza
desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, "o
caboclo sertanejo". São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões,
Tocadores de Viola. O mestiço Brasileiro, filho de branco com índio,
índio com negro e assim vai.

Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo
brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé. Ao
amanhecer o dia, o Boiadeiro arrumava seu cavalo e levava seu gado
para o pasto, somente voltava com o cair da tarde, trazendo o gado de
volta para o curral.

Nas caminhadas tocava seu berrante e sua viola cantando sempre uma
modinha para sua amada, que ficava na janela do sobrado, pois os
grandes donos das fazendas não permitiam a mistura de empregados com a
patroa.

     É tal e qual se poderia presenciar do homem rude do campo.
Durante o dia debaixo do calor intenso do sol ele segue, tocando a
boiada, marcando seu gados e território. À noite ao voltar para casa,
o churrasco com os amigos e a família, um bom papo, ponteado por um
gole de aguardente e um bom palheiro, e nas festas muita alegria, nas
danças e comemorações.

     Sofreram preconceitos, como os "sem raça", sem definição de sua
origem. Ganhando a terra do sertão com seu trabalho e luta, mas
respeitando a natureza e aprendendo, um pouco com o índio: suas ervas,
plantas e curas; e um pouco do negro: seus Orixás, mirongas e
feitiços; e um pouco do branco: sua religião (posteriormente misturada
com a do índio e a do negro) e sua língua, entre outras coisas.

     Dá mesma maneira que os Pretos-Velhos representam a humildade, os
Boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a
determinação que existe no homem do campo e a sua necessidade de
conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas
com uma força e fé muito grande.

     O caboclo boiadeiro está ligado com a imagem do peão boiadeiro -
habilidoso, valente e de muita força física. Vem sempre gritando e
agitando os braços como se possuísse na mão, um laço para laçar um
novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas
pastagens.

Enquanto os "caboclos índios" são quase sempre sisudos e de poucas
palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e
conversadores.

     Os Boiadeiros vêm dentro da linha de Oxossi. Mas também são
regidos por Iansã, tendo recebido da mesma a autoridade de conduzir os
eguns da mesma forma que conduziam sua boiada quando encarnados.
Levam cada boi (espírito) para seu destino, e trazem os bois que se
desgarram (obsessores, quiumbas, etc.) de volta ao caminho do resto da
boiada (o caminho do bem).



SOBRE NOSSOS CABOCLOS BOIADEIROS

     Os Caboclos são entidades fortes, viris. Alguns têm algumas
dificuldades de se expressar em nossa língua, sendo normalmente
auxiliados pelos cambonos. São sérios, mas gostam de festas e fartura.
Gostam de música, cantam toadas que falam em seus bois e suas andanças
por essas terras de meu Deus. Os Boiadeiros também são conhecidos como
"Encantados",pois segundo algumas lendas, eles não teriam morrido para
se espiritualizarem, mas sim se encantados e transformados em
entidades especiais.
     Os Boiadeiros também apresentam bastante diversidade de
manifestações. Boiadeiro menino, Boiadeiro da Campina, Boiadeiro Bugre
e muitos outros tipos de Boiadeiros, sendo que alguns até trabalham
muito próximos aos Exus.

     Suas cantigas normalmente são muito alegres, tocadas num ritmo
gostoso e vibrante. São grandes trabalhadores, e defendem a todos das
influências negativas com muita garra e força espiritual. Possuem
enorme poder espiritual e grande autoridade sobre os espíritos menos
evoluídos, sendo tais espíritos subjugados por eles com muita
facilidade.

     Sabem que a prática da caridade os levará a evolução, trabalham
incorporados na Umbanda, Quimbanda e Candomblé. Fazem parte da linha
de caboclos, mais na verdade são bem diferentes em suas funções.
Formam uma linha mais recente de espíritos, pois já viveram mais com a
modernidade do que os caboclos, que foram povos primitivos.

Esses espíritos já conviveram em sua ultima encarnação com a invenção
da roda, do ferro, das armas de fogo e com a prática da magia na
terra.

     Saber que boiadeiros conheceram e utilizaram essas invenções nos
ajuda muito para diferenciarmos dos caboclos. São rudes nas suas
incorporações, com gestos velozes e pouco harmoniosos. Sua maior
finalidade não é a consulta como os Pretos-velhos, nem os passes e
muito menos as receitas de remédios como os caboclos, e sim o
"dispersar de energia" aderida a corpos, paredes e objetos. É de
extrema importância essa função pois enquanto os outros guias podem se
preocupar com o teor das consultas e dos passes, existe essa linha
"sempre" atenta a qualquer alteração de energia local (entrada de
espíritos).
     Quando bradam alto e rápido, com tom de ordem, estão na verdade
ordenando a espíritos que entraram no local a se retirar, assim
"limpam" o ambiente para que a prática da caridade continue sem
alterações. Esses espíritos atendem aos boiadeiros pela demonstração
de coragem que os mesmos lhes passam e são levados por eles para
locais próprios de doutrina.

     Em grande parte, o trabalho dos Boiadeiros e no descarrego e no
preparo dos médiuns. Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo a
portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes
protetores, como os Exus.

     Outra grande função de um boiadeiro é manter a disciplina das
pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da casa ou
consulentes. Costumam proteger demais seus médiuns nas situações
perigosas. São verdadeiros conselheiros e castigam quem prejudica um
médium que ele goste. "Gostar" para um boiadeiro, é ver no seu médium
coragem, lealdade e honestidade, aí sim é considerado por ele "filho".
Pois ser filho de boiadeiro não é só tê-lo na coroa.

Trabalham também para Orixás, mais mesmo assim, não mudam sua
finalidade de trabalho e são muito parecidos na sua forma de
incorporar e falar, ou seja, um boiadeiro que trabalhe para Ogum é
praticamente igual a um que trabalhe para Xangô, apenas cumprem ordens
de Orixás diferentes, não absorvendo no entanto as características
deles.

     Dentro dessa linha a diversidade encontra-se na idade dos
boiadeiros. Existem boiadeiros mais velhos, outros mais novos, e
costumam dizer que pertencem a locais diferentes, como regiões, por
exemplo: Nordeste, Sul, Centro-Oeste, etc...


Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo
brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.

    Saravá esse povo forte e guerreiro, salve os Boiadeiros!

Xetro Marrumbaxêtro Boiadeiros!!!

Carlos de Ogum.







domingo, 2 de fevereiro de 2014 38 comentários

Saudação a Mãe Iemanjá




     Deusa da nação de Egbé, nação esta Iorubá onde existe o rio
Yemojá (Yemanjá). No Brasil, rainha das águas e mares. Orixá muito
respeitada e cultuada é tida como mãe de quase todos os Orixás
Iorubanos, enquanto a maternidade dos Orixás Daomeanos é atribuída a
Nanã. Por isso à ela também pertence a fecundidade. É protetora dos
pescadores e jangadeiros.

     Comparada com as outras divindades do panteão africano, Yemanjá é
uma figura extremamente simples. Ela é uma das figuras mais conhecidas
nos cultos brasileiros, com o nome sempre bem divulgado pela imprensa,
pois suas festas anuais sempre movimentam um grande número de
iniciados e simpatizantes, tanto da Umbanda como do Candomblé.

     Pelo sincretismo, porém, muita água rolou. Os jesuítas
portugueses, tentando forçar a aculturação dos africanos e a
aceitação, por parte deles, dos rituais e mitos católicos, procuraram
fazer casamentos entre santos cristãos e Orixás africanos, buscando
pontos em comum nos mitos.

     Para Yemanjá foi reservado o lugar de Nossa Senhora, sendo,
então, artificialmente mais importante que as outras divindades
femininas, o que foi assimilado em parte por muitos ramos da Umbanda.

     Mesmo assim, não se nega o fato de sua popularidade ser imensa,
não só por tudo isso, mas pelo caráter, de tolerância, aceitação e
carinho. É uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas
provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que
os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes; e o
mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas
dos devotos.

     São extremamente concorridas suas festas. É tradicional no Rio de
Janeiro, em Santos (litoral de São Paulo) e nas praias de Porto Alegre
a oferta ao mar de presentes a este Orixá, atirados à morada da deusa,
tanto na data específica de suas festas, como na passagem do ano. São
comuns no reveillon as tendas de Umbanda na praia, onde acontecem
rituais e iniciados incorporam caboclos e pretos-velhos, atendendo a
qualquer pessoa que se interesse.

Apesar dos preceitos tradicionais relacionarem tanto Oxum como Yemanjá
à função da maternidade, pode estabelecer-se uma boa distinção entre
esse conceitos.

As duas Orixás não rivalizam (Yemanjá praticamente não rivaliza com
ninguém, enquanto Oxum é famosa por suas pendências amorosas que a
colocaram contra Iansã e Obá). Cada uma domina a maternidade num
momento diferente.

      A majestade dos mares, senhora dos oceanos, sereia sagrada,
Yemanjá é a rainha das águas salgadas, regente absoluta dos lares,
protetora da família. Chamada também de Deusa das Pérolas, é aquela
que apara a cabeça dos bebês no momento de nascimento.

     Numa Casa de Santo, Yemanjá atua dando sentido ao grupo, à
comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato
familiar; criando raízes e dependência; proporcionando sentimento de
irmão para irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam;
proporcionando também o sentimento de pai para filho ou de mãe para
filho e vice-versa, nos casos de relacionamento dos Babalorixás (Pais
no Santo) ou Ialorixás (Mães no Santo) com os Filhos no Santo. A
necessidade de saber se aquele que amamos estão bem, a dor pela
preocupação, é uma regência de Yemanjá, que não vai deixar morrer
dentro de nós o sentido de amor ao próximo, principalmente em se
tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente ou amigo muito
querido. É a preocupação e o desejo de ver aquele que amamos a salvo,
sem problemas, é a manutenção da harmonia do lar.

     É ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres
aquáticos e provendo o alimento vindo do seu reino. É ela quem
controla as marés, é a praia em ressaca, é a onda do mar, é o
maremoto. Protege a vida marinha. Junta-se ao orixá Oxalá
complementando-o como o Princípio Gerador Feminino.



CARACTERÍSTICAS

Cor:
Cristal. (Em algumas casas: Branco, azul claro. também verde claro e
rosa claro)

Fio de Contas:
Azul leitoso (Umbanda).
Contas e Missangas de cristal. Firmas cristal.

Ervas:
Colônia, Pata de Vaca, Embaúba, Abebê, Jarrinha, Golfo, Rama de Leite
(Em algumas casas: aguapé, lágrima de nossa, araçá da praia, flor de
laranjeira, guabiroba, jasmim, jasmim de cabo, jequitibá rosa, malva
branca, marianinha - trapoeraba azul, musgo marinho, nenúfar, rosa
branca, folha de leite)

Símbolo:
Lua minguante, ondas, peixes.

Pontos da Natureza:
Mar.

Flores:
Rosas brancas, palmas brancas, angélicas, orquídeas, crisântemos
brancos.

Essências:
Jasmim, Rosa Branca, Orquídea, Crisântemo.

Pedras:
Pérola, Água Marinha, Lápis-Lazúli, Calcedônia, Turquesa.

Metal:
Prata.

Saúde:
Psiquismo, Sistema Nervoso.

Planeta:
Lua.

Dia da Semana:
Sábado.

Elemento:
Água

Chakra:
Frontal

Saudação:
Odôiyá, Odô Fiaba

Bebida:
Água Mineral ou Champanhe

Animais:
Peixes, Cabra Branca, Pata ou Galinha branca.

Comidas:
Peixe, Camarão, Canjica, Arroz, Manjar; Mamão.

Numero:
4

Data Comemorativa:
15 de agosto (Em algumas casas: 2 de fevereiro, em 8 de dezembro)

Sincretismo:
Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos
Navegantes

Incompatibilidades:
Poeira, Sapo

Qualidades:
Iemowo, Iamassê, Iewa, Olossa, Ogunté assabá, Assessu, Sobá, Tuman,
Ataramogba, Masemale, Awoió, Kayala, Marabô, Inaiê, Aynu, Susure,
Iyaku, Acurá, Maialeuó, Conlá.


ATRIBUIÇÕES

     Essa força da natureza também tem papel muito importante em
nossas vidas, pois é ela que rege nossos lares, nossas casas. É ela
que dá o sentido da família às pessoas que vivem debaixo de um mesmo
teto. Ela é a geradora do sentimento de amor ao seu ente querido, que
vai dar sentido e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos
tornando-os coesos. Rege as uniões, os aniversários, as festas de
casamento, todas as comemorações familiares. É o sentido da união por
laços consanguíneos ou não.



AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE YEMANJÁ:

     Pelo fato de Yemanjá ser a Criação, sua filha normalmente tem um
tipo muito maternal. Aquela que transmite a todos a bondade,
confiança, grande conselheira. É mãe. Sempre tem os braços abertos
para acolher junto de si todos aqueles que a procuram. A porta de sua
casa sempre está aberta para todos, e gosta de tutelar pessoas. Tipo a
grande mãe. Aquela mulher amorosa que sempre junta os filhos dos
outros com os seus. O homem filho de Yemanjá carrega o mesmo
temperamento: é o protetor. Cuida de seus tutelados com muito amor.
Geralmente é calmo e tranqüilo, exceto quando sente-se ameaçado na
perda de seus filhos, isto porque não divide isto com ninguém. É
sempre discreto e de muito bom gosto. Veste-se com muito capricho. É
franco e não admite a mentira. Normalmente fica zangado quando
ofendido e o que tem como ajuntó o orixá Ogum, torna-se muito
agressivo e radical. Diferente é quando o ajuntó é Oxóssi, aí sim, é
pessoa calma, tranqüila, e sempre reage com muita tolerância. O maior
defeito do filho de Yemanjá é o ciúme. É extremamente ciumento com
tudo que é seu, principalmente das coisas que estão sob sua guarda.
Gostam de viver num ambiente confortável e, mesmo quando pobres,
pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com
as demais da comunidade de que fazem parte. Apreciam o luxo, as jóias
caras e os tecidos vistosos e bons perfumes. Entretanto, não possuem a
mesma vaidade coquete de Oxum, sempre apresentando uma idade maior,
mais responsáveis e decididos do que os filhos da Oxum. A força e a
determinação fazem parte de suas características básicas, assim como o
sentido de amizade, sempre cercada de algum formalismo. Apesar do
gosto pelo luxo, não são pessoas ambiciosas nem obcecadas pela própria
carreira, detendo-se mais no dia a dia, sem grandes planos para
atividades a longo prazo. Pela importância que dá a retidão e à
hierarquia, Yemanjá não tolera mentira e a traição. Assim sendo, seus
filhos demoram a confiar em alguém, e quando finalmente passam a
aceitar uma pessoa no seu verdadeiro círculo de amigos, deixam de ter
restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros
como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas
falhas humanas. Não esquecem uma ofensa ou traição, sendo raramente
esta mágoa esquecida. Um filho de Yemanjá pode tornar-se rancoroso,
remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais.
Fisicamente, existe uma tendência para a formação de uma figura cheia
de corpo, um olhar calmo, dotada de irresistível fascínio (o canto da
sereia). Enquanto os filhos de Oxum são diplomatas e sinuosos, os de
Yemanjá se mostram mais diretos. São capazes de fazer chantagens
emocionais, mas nunca diabólicas. A força e a determinação fazem parte
de seus caracteres básicos, assim como o sentido da amizade e do
companheirismo.
     São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da
tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou
associar-se cedo. Não apreciam as viagens, detestam os hotéis,
preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os
quase ritos que fazem do cotidiano.
     Todos esses dados nos apresentam uma figura um pouco rígida,
refratária a mudanças, apreciadora do cotidiano. Ao mesmo tempo,
indicam alguém doce, carinhoso, sentimentalmente envolvente e com
grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos
outros. Mas nem tudo são qualidades em Yemanjá, como em nenhum Orixá.
Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a
tentar concertar a vida dos que o cercam - o destino de todos estariam
sob sua responsabilidade. Gostam de testar as pessoas.


COZINHA RITUALÍSTICA.

Canjica branca:

Canjica branca cozida, leite de coco. Colocar a canjica em tigela de
louça branca, despejando mel por cima, e uvas brancas, se desejar.

Canjica Cozida:

Refogada com azeite doce, cebola e camarão seco.

Manjar do Céu:

Leite, maizena, leite de coco, açúcar

Sagu com leite de coco:

Colocar o sagu de molho em água pura de modo a inchar, depois de
inchado, retirar a água e levar ao fogo com leite de coco, de modo a
fazer um mingau bem grosso, colocar em tigela de louça branca.


LENDAS DE YEMANJÁ

     Yemanjá teve muitos problemas com os filhos. Ossain, o mago, saiu
de casa muito jovem e foi viver na mata virgem estudando as plantas.
Contra os conselhos da mãe, Oxossi bebeu uma poção dada por Ossain e,
enfeitiçado, foi viver com ele no mato. Passado o efeito da poção, ele
voltou para casa mas Yemanjá, irritada, expulsou-o. Então ogum a
censurou por tratar mal o irmão. Desesperada por estar em conflito com
os três filhos, Yemanjá chorou tanto que se derreteu e formou um rio
que correu para o mar.

     Yemanjá foi casada com Okere. Como o marido a maltratava, ela
resolveu fugir para a casa do pai Olokum. Okere mandou um exército
atrás dela mas, quando estava sendo alcançada, Yemanjá se transformou
num rio para correr mais depressa. Mais adiante, Okere a alcançou e
pediu que voltasse; como Yemanjá não atendeu, ele se transformou numa
montanha, barrando sua passagem. Então Yemanjá pediu ajuda a Xangô; o
orixá do fogo juntou muitas nuvens e, com um raio, provocou uma grande
chuva, que encheu o rio; com outro raio, partiu a montanha em duas e
Yemanjá pôde correr para o mar.

Mãe linda sereia do mar, a ti entrego meu caminho, não me deixe ficar sozinho. Saravá Mãe Iemanjá.

Iemanjá senhora mãe venha nos salvar das tormentosas ondas e furacões de nossas vidas seja o nosso porto seguro ó grande mãe !!! Odoiá

Odôiyá Linda Mãe Iemanjá. Odô Fiaba!!!


Carlos de Ogum





Oração PODEROSA IEMANJÁ

Iemanjá, Enfermeira dos que sofrem, consoladora dos aflitos, conselheira
dos angustiados. Mãe de todos. Agradeço-te tantas graças que nos
concedes. Quero ser merecedor da tua aura luminosa. E rendo-te minha
homenagem, rainha das águas. Que distribui caridade e amor, entre todos
os seus filhos. Eu te agradeço Mãe Iemanjá, por me atender nas horas que
recorro a Teus poderes divinos... Graças te dou Iemanjá. Pelas tuas
radiações milagrosas agradeço, agradeço principalmente por tua proteção
constante. Que tua áurea bendita continue protegendo e vibrando bondade.
Dai-nos a tua proteção pura e conforto da alma. Suplico nesta oração
porque creio em teu poder imenso.

Assim seja. Minha mãe querida Iemanjá!

Oração a Iemanjá. (Quando uma filha vai cortar o cabelo)

A ti entrego minha coroa e minhas madeixas, para que tu Mãe Poderosa
me torne digna de ser sua filha, a ti prometo cuidar do corpo e da
alma, e que tu Mãe Iemanjá me proteja das maledicências e das invejas
de pessoas que nada tem a acrescentar em minha evolução.

    A ti entrego minha fé e meu amor, e de ti peço a sua grande
proteção.

Odôiyá Linda Mãe Iemanjá. Odô Fiaba!!!


Assim Seja!!!




terça-feira, 28 de janeiro de 2014 81 comentários

Um Companheiro de Nome Zé



    A noite caiu sobre a estrada sem fim,
fazendo dela um caminho de escuridão,
e ao andar por ela uma voz perguntou para mim,
precisa de um amigo que lhe acompanhe e te dê a mão?

    Ao ouvir essa voz vindo da estrada escura,
percebi uma imagem de luz.
Sem temer acreditei numa alma pura,
que foi mandada ali pelo Senhor Jesus.

    Mesmo assim apressei meus passos,
tentando me livrar da estrada de trevas,
a luz me acompanhou com grandes abraços,
e eu perguntei: Senhor quem nesse momento que me levas?

    No meio de uma linda claridade,
um belo sorriso vi nascer,
senti ali a proteção de verdade,
sabendo que obstáculos ia vencer

    Esse sorriso se transformou em uma linda gargalhada,
fazendo a estrada se iluminar com forte luz,
dessa luz veio uma voz inesperada,
dizendo sou Zé Pilintra venho aqui em nome de Jesus.

    Ao entender quem era minha proteção,
a passos lentos pus-me a caminhar,
e a esse grande amigo sempre faço uma oração,
Senhor José Pilintra companheiro de todo meu andar.

    Saravá Seu Zé meu companheiro de jornada!

Autor: Carlos de Ogum



 
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