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De palavras doces e serenas,
essa criança devemos amar,
de gestos de caridades extremas,
filha divina do fundo do mar.
Seus olhos pequenos de brilho cintilante,
que a nós foi enviada por Oxalá,
demonstrando seu amor grandioso e constante,
filha tão bela de nossa Mãe Iemanjá.
Nos abençoa e protege eternamente,
e conosco sempre essa luz vai estar,
seja na alegria ou tristeza ardente,
rogo sempre a linda menina, Mariazinha Sereia do
Mar.
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Mariazinha Sereia do Mar é uma linda e doce Entidade de Luz que trabalha na linha de Umbanda trazendo a todos nós,
conforto, amor, paz e caridade extrema.
Ela é da
Falange das Ibeijadas e dos Encantados, das crianças e das Sereias de Umbanda,
e vem pela linha da doce e bela Orixá Iemanjá.
A
história dessa menina de luz começou no final do século XIX, na região Nordeste
do nosso Brasil, onde ela teve seu nascimento em sua última encarnação terrena,
antes de ter a benção de se tornar uma Entidade de Luz.
Nascida
em uma choupana as margens de uma linda praia onde havia um pequeno vilarejo de
pescadores, filha de uma bondosa mulher benzedeira da região, e um pescador que
sobrevivia e alimentava sua família com os peixes que eram pescados do imenso
mar de Iemanjá. E nesse cenário nasceu à linda menina que levou o nome de Maria
das Graças, Maria para seguir a tradição do nome da mãe e da avó, e das Graças,
pela graça que recebiam por terem como tirar seus sustento do imenso e místico
Oceano.
Maria das
Graças tinha 4 irmãos, sendo três meninos e uma menina, e ela sendo agora a
caçula, sempre foi acariciada por toda a família, fazendo assim dela a
princesinha da choupana.
Desde que
nascera era vista como um pequeno ser de luz pelos
familiares e pelos moradores da região, e assim ela
foi crescendo no meio do povoado.
Com seus três anos de idade, a menina
surpreendeu a todos, pois em uma tarde de intenso calor, como era de costume,
os moradores se juntavam para troca de alimentos, uns traziam hortaliças,
outros traziam pães, outros traziam cereais, e a maioria traziam peixes para serem
trocados uns com os outros, fazendo assim que todos se alimentassem bem.
Dentre
essas pessoas havia uma mulher que se encontrava só, e extremamente abatida.
Disse à comunidade que seu esposo não poderia trazer nada para as trocas, pois
ele se encontrava muito adoentado, e ela naquele momento necessitava de
alimentos, porém nada teria para fazer a troca.
A menina
Maria das Graças ouvindo isso saiu ao encontro dessa mulher, levando algumas
hortaliças, cereais e peixes que o seu pai teria já conseguido nas trocas.
Diante dela, com seu sorriso infantil lhe entregou os alimentos, e lhe disse
que ela deveria esperar um pouco que ela já voltava. Nisso a menina saiu de
perto das pessoas, e foi em direção à praia. Todos muito curiosos com a atitude
de Maria foram a acompanhando ela com olhares.
A menina
parou diante da margem dessa praia, e em um gesto de amor e caridade abriu os
seus pequenos braços para o mar, e como o abraçando foi fechando seus bracinhos,
caiu de joelhos e começou a clamar, como as pessoas estavam distantes não fora
ouvido suas preces, mas diante de todos, uma linda luz azulada apareceu, e foi
encobrindo a menina, que se abaixou e pegou algo que fora trazido pelas ondas até
as suas mãos.
Em um
gesto de agradecimento ela colocou as mãos apóstolas, abriu um largo sorriso e
jogou um beijo, fazendo assim atiçar ainda mais a curiosidade de todos.
Ela
retornou correndo para junto das pessoas do vilarejo, enquanto a luz azulada ia
se diluindo, e ao chegar diante de todos foi até a senhora que lhe aguardava.
Diante dela ela disse:
"Leve essas algas a seu esposo, peça
ele para comê-las dessa maneira por três dias seguidos, ou seja, cruas, e com a
salinação das águas marinhas, e assim ele vai melhorar."
A mulher
ficou extremamente agradecida, e partiu com os alimentos e as algas, e ao
chegar a sua choupana, observou uma piora considerável na saúde do esposo,
mesmo grandiosamente debilitado ela o fez digerir uma parte das algas, porém já
sem esperanças.
Em frente
à pequena choupana os moradores do vilarejo se acumulavam fazendo suas orações
pelo restabelecimento do homem, e a pequena Maria das Graças foi até a beira da
esteira onde estava o corpo inerte dele, e lá disse a mulher:
"Não fique triste, mãezinha Iemanjá
disse que ele vai melhorar, só não pode deixar de dar a ele as algas para
comer."
Na
madrugada seguinte o homem que antes estava totalmente inerte, abriu os olhos,
e chamando pela esposa pediu-lhe água, pois estava muito sedento.
Ela
irradiante de felicidade deu-lhe a água, um forte abraço, e mais um pouco da
alga que Maria das Graças lhe dera.
Já pelo
final da manhã do mesmo dia, o homem já estava muito mais fortificado, sem a
febre extrema, já conversando com a esposa, e agradecido à menina Maria, e a
linda senhora Iemanjá.
Passaram
os três dias e o homem já estava totalmente restabelecido, já se encontrava muito
disposto a voltar sua rotina de trabalho no mar como pescador.
E assim a
doce e serena Maria das Graças ficou muito mais conhecida, ela era vista como a
menina que curava pessoas através das algas marinhas, cedidas pela linda
Iemanjá.
Depois
desse primeiro fato, Maria auxiliou na cura de centenas de pessoas, do próprio
vilarejo e de outras regiões distantes dali.
E o tempo
foi passando, e quando Maria das Graças estava com seus seis anos ela teve uma
visão com a Mãe Iemanjá, e nessa visão um diálogo no qual ela deveria se preparar,
pois seu tempo terreno estava se findando, porém antes ela teria uma perda para
ter um futuro ganho.
Ela
guardou aquela informação apenas para ela, para não deixar seus familiares
preocupados.
Naquela
região tinha um dia muito esperado, no qual festejavam a fartura de alimentos
que o mar lhes abençoavam, e chegou o dia da festa, e todos participavam,
enfeitando o vilarejo, fazendo vários pratos com referencias ligadas ao mar,
tinha muitas danças, músicas, felicidade, agradecimentos, e no final do dia uma
procissão no qual todos os barcos de pesca participavam. E naquele ano esse dia
seria exatamente no dia do aniversário de sete anos de Maria das Graças, fazendo
assim com que a festa fosse muito mais especial.
Nessa
procissão tinha uma tradição, um pesqueiro, escolhido pelo povo, deveria ir à
frente, e deveria chegar a uma ilhota próxima, e esse pesqueiro hastearia uma
bandeira que foi confeccionada pelas esposas dos pescadores nessa ilhota.
Diante da tradição local era uma extraordinária honraria ao pescador que fosse
a frente para cumprir essa missão.
No
festejo daquele ano foi escolhido o pesqueiro do pai de Maria das Graças, e ele
deveria sair por volta de uma hora antes da procissão, aquilo para ele foi uma
honra extrema, e assim sendo festejou muito com a notícia, a sua felicidade era
tanta que ele desejou dividir com sua esposa e seus filhos, principalmente a
caçula, que estaria fazendo seus sete anos naquele dia, e os convidou a fazer esse
trajeto com ele.
Todos estavam extremamente felizes, porém
Maria das Graças estava sem seu costumeiro sorriso infantil e lindo, parecia um
tanto preocupada, talvez triste, e volte e meia de seus olhinhos brotavam lágrimas
cintilantes.
Chegou o
momento de partida da embarcação, o mar estava em calmaria, pessoas dançavam e
cantavam músicas com referências da festa.
Nesse
momento Maria que já estava preparada para entrar na embarcação, observa
distante o homem no qual auxiliou a primeira vez seu restabelecimento físico
com o poder das algas de Mãe Iemanjá. Ela saiu em seu encontro, o abraçou
juntamente com sua esposa, e fez-lhes um pedido. E assim ela disse:
"A festa não pode acabar aqui, sigam
com a tradição, porém a cada dia em que os pescadores se encontrarem, façam uma
oração por mim e pela minha Mãezinha Iemanjá. Só assim poderei cumprir minha
verdadeira missão."
Dizendo
isso ela deu um sorriso tímido e partiu, enquanto o casal, sem muito entender
se entregaram as lágrimas.
A
embarcação da família de Maria das Graças partiu, seu pai com um grande sorriso
ergue a bandeira que fora confeccionada para aquele momento. A mãe e os irmãos
mais velhos de Maria acenavam em um grande teor de felicidade para o povo que
ficava para trás, gritos, cantorias, felicidade extrema, porém a menina Maria
apenas dava um leve aceno com sua mãozinha, sem muita empolgação.
Nada
poderia dar errado, o mar em calmaria, ventos fracos, Sol brilhante, e já
estavam no meio do percurso, quando sem mais ou menos o mar fica mais agitado,
e diante dos familiares de Maria das Graças uma enorme onda nasce indo em
direção da embarcação, engolindo-a completamente e fazendo que ela
desaparecesse no mar como um passe de mágica.
Do mesmo
jeito que a grandiosa onda veio ela se foi, porém apenas vestígios do pesqueiro
que foram visto após a chegada da procissão no local.
Não se
via sobreviventes, nem corpos, apenas pedaços de madeira do casco do pesqueiro.
E dias e dias foram feitos buscas, porém nada se encontrava referente aos
familiares de Maria das Graças.
Um ano se
passou depois do fato, e como prometido a Maria, os festejos não se findaram, e
então chegou mais uma festa, não tão animada como as anteriores, faltava algo,
e ao invés de músicas e dança, a festa tinha orações e muitas lágrimas.
No
entardecer, todos se juntaram as margens da praia e fizeram orações, e foi
então que uma das pessoas presentes observou uma enorme luz azulada, e dessa
luz brota uma imagem linda, nessa imagem uma bela mulher de cabelos longos e ao
seu lado a doce Maria das Graças, que agradeceu as orações, e rogou a todos
muita fé, pois o que aconteceu deveria ter acontecido, e só assim ela teria a
benção de ser escolhida por Deus a ser uma Entidade de Luz, mesmo que todos os
fatos a deixasse extremamente um pouco entristecida.
Ela disse
que hoje mora no mar, tem a beleza das Sereias, e suas palavras mesmo triste
são para levar a caridade e o amor a quem necessita.
E assim a
menina Maria das Graças se transformou em uma bela Entidade de Luz, e hoje
trabalha nos terreiros de Umbanda na linha das Ibeijadas, e também na linha dos
Encantados sendo uma Sereia de Iemanjá.
Quando
ela não está em seu trabalho nas casas de Umbanda e nem em Aruanda, ela fica
sentadinha em uma grande pedra rochosa perto do local onde a embarcação de seu
pai terreno sofreu o acidente, cantando canções para alegrar os espíritos de
seus pais e de seus irmãos, fazendo assim que eles se sintam acolhidos pelas
benção de Iemanjá, a nossa Rainha do Mar.
Maria das
Graças tem uma linda missão espiritual, e assim sendo foi dado a ela a junção
das Ibeijadas e dos Encantados, fazendo com que a pequena Maria das Graças se
transformasse em uma dedicada e extremamente respeitada Entidade que leva em
sua Coroa a irradiação dessas duas linhas, fazendo assim ser conhecida no mundo
espiritual como a Erê Mariazinha Sereia do Mar.
Oni
Ibeijada!
Salve as
Sereias!
Oni Mariazinha Sereia do Mar!
Carlos de Ogum
39 comentários:
Uma linda história de uma linda Entidade de Luz.
Abençoada seja, Mariazinha Sereia do Mar!
Salve sua doçura e todo seu amor.
Oni Ibeijada 💙
Linda história 👏👏🥰🥰🥰
Linda a história paizinho, amei demais, estou emocionada com tanta doçura e caridade dessa lindinha. Beijinhos da Clarinha.
Salve Mariazinha!! Oni Ibeijada, salve as Sereias!!♥️❤️♥️❤️ Só tenho agradecer tanta proteção, linda demais!! Priscila
Linda historia dessa linda menina. Amei
Adorei saravá
Parabéns pela linda historia.
Que linda historia. Salve Mariazinha.
linda linda linda historia da menina Mariazinha. Oni.
Uma benção poder ler algo lindo assim. Axé
Sarav[a as crianças
Lindo demais. Salve
Amigo Carlos essa história emociona muito, obrigado
Uma florzinha linda saravá
Adorei a historia da Mariazinha, eu sou apaixonada por ela.
Mariazinha já me auxiliou em um momento muito critico de minha vida,
agradeço por postar a historia dela.
Salve a linda Mariazinha Sereia do Mar.
Adorei, é de emocionar demais.
Adorável menina do mar, filha da minha santa Iemanjá.
Saravá e oni Ibeijada.
Muita luz nessa historia. Obrigada.
De arrepiar e de emocionar. Amei.
Lindo demais. Obrigada pelo lindo texto.
De arrepiar e de emocionar. Amei.
Muito linda pai, obrigada por compartilhar.
Minha linda Mariazinha, amo ela demais.
Só lindeza, adorei.
Salve a sereinha do mar.
Sem palavras, adorei.
Sensacional, achei linda essa historia.
Que minha Mãe Iemanjá guarde essa menininha sempre.
Nota mil para essa linda historia.
Chorei muito, mas adorei.
Que a luz de Mariazinha nos ilumine todos os dias. Amém.
Lindo demais. Axé
Adorei demais
Salve a linda Erê Mariazinha
Salve Mariazinha
😭😭😭😭😭😭🙏🙏🧜♀️🧜♀️🧜♀️🧜♀️
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