terça-feira, 29 de abril de 2014 9 comentários

Em Busca da Felicidade, Uma História dos Orixás


Texto enviado pela nossa colaboradora: Gizele Aquino.


    Eu fui consultar um Babalaô, em busca da felicidade.
Ele me disse para ir até a encruzilhada, que lá eu encontraria o Senhor da Alegria.

Fiz minha oferenda, coloquei minha roupa branca e comecei minha
jornada.
Conheci Exú lá na encruzilhada, rodando com suas cabaças a balançar, e dando uma boa gargalhada.
Perguntei se ele sabia onde morava a felicidade, Exú, então, me mandou
seguir a estrada, que lá eu encontraria o Senhor dos Caminhos, que
poderia me ajudar.

Fui seguindo a estrada, na beira da mata.
E no meio dela com sua espada e escudo, apareceu Ogum.

Ele me disse que eu iria encontrar o que eu estava procurando se eu
seguisse pela mata fechada e procurasse por Oxóssi.
Entrei na mata, e já estava quase desistindo de achar Oxóssi, de tanto
que já havia andado.
E então, apareceu um Faisão na minha frente. Era, sem dúvidas, o mais
belo animal que eu já havia visto.

O belo animal, então, se transformou em um grande e forte negro. Era
Oxóssi.

Ele me mandou ir até mais fundo da floresta, procurar por Ossãe. Achei
Ossãe, que me mandou ir procurar Obaluaiê/Omulu e Oiá, no cemitério.

Obaluaiê/Omulu e Oiá me mandaram ir para as montanhas, procurar por
Xangô.
Chegando às montanhas, fui guiado pelo rei de Oyó até os rios, onde,
segundo ele, eu encontraria outros 5 Orixás que podiam me ajudar.

Chegando às águas doces, encontrei Obá no rio, Oxum na cachoeira,
Logun-Edé na beira da lagoa, Oxumarê no céu, e encontrei Ewá no Sol.

Eles me mandaram ir procurar
pela maior e mais velha árvore na floresta. Lá fui eu novamente,
entrar na floresta, dessa vez à procura de Iroko. Me deparei, então,
com a árvore mais frondosa de todas. Iroko me mandou ir para a praia,
procurar por Iemanjá. Ele me disse que, por mais cansado que eu
estivesse, minha jornada estava acabando.

Caminhei e caminhei, até chegar na beira do mar. Junto com as ondas
graciosas e bravas do mar, veio Iemanjá.
A bela moça me mandou ir até o pântano e procurar pela anciã que
vestia roxo.

Fui até o pântano, onde Nanã veio me acolher. Ela me disse para ir até
o reino de Ifé, que ficava depois dos campos brancos de Oxaguiã.

Saí do pântano, e estava passando pelos campos de Oxaguiã, quando ele
surgiu em minha frente. Sua altivez e bravura me assustou, mas ele
disse-me que não havia nada a temer, e que ele me guiaria até o que eu
estava procurando.

Junto com Oxaguiã, fui indo até o reino de Ifé. Chegando ao portão
daquele grande reino, Oxaguiã me mandou ir até os jardins mais belos
do reino, que eu seria guiado por Ibeji até o castelo de Oxalufã. Fui
andando pelas ruas do reino, e o que vi me deixou encantado. Pessoas
vivendo com prosperidade, amor, saúde, harmonia e muita felicidade.

Chegando nos jardins do reino, dois meninos vieram me recepcionar.
Antes que eu pudesse desviar, um pedaço de bolo me atingiu bem no
rosto. Depois de me limpar, os meninos me conduziram até o castelo de
Oxalá.

O velho senhor estava sentado em uma cadeira branca, rodeado por todos
os Orixás pelos quais eu havia passado.

Eu fiquei tão irritado com eles que comecei a gritar:

- Se vocês já estão aqui, por que não me trouxeram direto para cá? Por
que me fizeram andar tanto, me cansar tanto se podiam me trazer aqui
tão rápido?

Exú, de prontidão, me respondeu:

- Ora, e quem disse que sua vida seria fácil? Você acha que, só por sermos Orixás, podemos dar tudo de bandeja para ti?
E Exú soltou uma gargalhada.

- Não fale assim com ele, Bará. Disse a bela Oxum. Ele é apenas um Ser
Humano. Eles todos tem mania de querer que as coisas caiam do céu.
Pobres homens, sempre querendo ser mimados por nós, que temos
condições de ajudá-los.

Com a ajuda de seu Opaxoro, Oxalufã se levantou e me disse:

- Você, meu filho, andou por todo o tipo de lugar. Enfrentou o Sol com
Ewá, a mata com Odé, os mortos com Obaluaiê/Omulu e Oiá, as altas
montanhas com Xangô e a chuva com Nanã. E tudo isso em busca da
felicidade.

Parabéns!Vou lhe mostrar a felicidade que tanto almeja. Aproxime-se, por favor.

Me aproximei daquele velho e franzino senhor, vestido todo de branco.
Assim que me aproximei o suficiente, Oxalufã ergueu seu cajado e
disse:- A felicidade que você tanto quer esteve contigo o tempo todo,
meu filho.- Oxalá apontou seu Opaxoro para o lado esquerdo de meu
peito e disse:- Aqui. Sempre contigo.



    Após esse belo e reflexivo texto, finalizo com algumas frases para
demonstrar que as vezes buscamos tanto a felicidade em coisas que nos
parece surpreendentes, que esquecemos de que podemos ser felizes
apenas com que temos, com que somos, com que fazemos, com quem amamos,
com quem nos ama de verdade e com nossa fé, que por muitas vezes o
simples fato de elevarmos nossa fé a Deus, já nos abre caminhos
maravilhosos e entendimentos magníficos para a tal felicidade.

A estrada da tua felicidade não parte das pessoas e das coisas para
chegar a ti; parte sempre de ti em direção aos outros.

A felicidade depende das qualidades próprias do indivíduo e não do
estado material do meio em que se acha.

A felicidade é algo que buscamos sempre, contudo não devemos usar da
infelicidade de alguém para alcançá-la.

A felicidade não pode estar em nada que esteja fora de você. Busque-a
dentro de você mesmo, pois a felicidade é Deus, e Deus mora dentro de
você

A Umbanda afirma: Só através do Amor conseguimos nos conectar com
Deus e assim encontramos a verdadeira felicidade, .


Carlos de Ogum

domingo, 13 de abril de 2014 78 comentários

Conhecendo os Falangeiros de Ogum

    Muito se ouve falar em "Falangeiros" dentro de nossa linda
religião de Umbanda.
Mas pouco se explica sobre o que é um Falangeiro.

    Sendo assim vamos entrar no mundo dos Falangeiros, e como estamos
no mês de Pai Ogum, nosso Orixá guerreiro e protetor, decidi falar um
pouco sobre os Falangeiros desse Orixá tão conhecido e respeitado
dentro das religiões Afro-Brasileiras.

    Falangeiro é aquela Entidade que está somente abaixo do Orixá, ele
comanda as legiões de Entidades e Espíritos que se afinizam na
vibração do Orixá que os governa.

    Esses Falangeiros são divididos da seguinte maneira:

Ogum Megê, Ogum Beira-Mar, Ogum de Ronda ou Naruê, Ogum Matinata,
Ogum Delei ou Delê, Ogum Iara e Ogum Rompe-Mato.

    Eles vem na seguinte vibração de Ogum com outro Orixá:


Ogum Megê: Trabalha em vibração com Omulú, na linha das Almas.
Ogum Beira-Mar: Trabalha em vibração com Iemanjá.
Ogum de Ronda ou Naruê: Trabalha em vibração com Exú.
Ogum Matinata: Trabalha em vibração com Oxalá.
Ogum Dilei ou Delê: Trabalha em vibração com Xangô.
Ogum Iara: Trabalha em vibração com Oxum.
Ogum Rompe-Mato: Trabalha em vibração com Oxossi.

    Abaixo falaremos um pouco de cada um.


                              OGUM MEGÊ




Ogum Megê nos ritos de Umbanda é muito invocado para resolver casos de
feitiçaria e outros trabalhos mais pesados, principalmente os que
envolvem a Calunga Pequena, ou cemitério.

    Ogum Megê anda geralmente nas encruzilhadas, e estradas que dão
acesso ao campo santo, e sua força se une com a de Omulú, o grande
guardião das almas e de sua morada.

    Poderoso guerreiro, sempre está atento para o que se passa dentro
dos cemitérios, sendo importante que; antes de fazermos qualquer
passagem neste local, pedimos licença a ele, e pedimos sua proteção
contra Espíritos perdidos que se encontram ali.

    Ogum Megê, assim como os demais Oguns, é um protetor fiel, e
sempre que por ele chamamos, encontramos pronto atendimento às nossas
súplicas.

    Com sua força e luz, este Ogum ronda os cemitérios, e nada podemos
fazer sem sua devida autorização.

    Era comum os umbandistas mais antigos, levarem para ele, cerveja,
velas, ou outro tipo de oferenda para que ele autorizasse aos exús
daquele lugar, que viessem atender a um chamado sempre que deles
precisassem. Hoje em dia, com novos conhecimentos, entendemos que
muitas dessas coisas não se fazem necessário, pois Ogum Megê é
sublime, caridoso e nos ajuda diante de nossa fé, apenas desejando
respeito e que não usemos o seu nome para levar ódio e maledicências
a terceiros.

    Ogum Megê Usa as cores vermelha e branca, assim como a grande
maioria dos Oguns de Umbanda, fuma cigarro ou charuto e quando
incorporado, bebe de forma moderada a cerveja branca.

    Só frisando que o fumo e a cerveja, fazem parte do ritual de
limpeza de ambientes e médiuns, não é para satisfazer vontades, pois
um Orixá não tem essa necessidade.

    Ao invocarmos algum exú de cemitério para nos ajudar em alguma
situação, o Sr. Ogum Megê, vem imediatamente até as proximidades do
portão e busca saber a que lugar vai aquele exú, também desejando
saber o que vai fazer. E se ele não for devidamente informado, pode
impedir que aquele exú venha trabalhar, e essa é a causa de alguns
trabalhos de cemitério não renderem resultados satisfatórios.

    Ogum Megê Dentro da quimbanda, assim como os demais Oguns, se
encarrega de supervisionar os trabalhos que são realizados, e se por
ventura algo de muito errado for feito, ele imediatamente comunicará
às esferas superiores e se dará assim, o início da cobrança daquele
ato, primeiramente para o exú e posteriormente para a pessoa que
solicitou o trabalho.

    Saravá Ogum Megê!!!


                           OGUM BEIRA-MAR





    Entre todas as qualidades de Ogum, Ogum Beira-Mar, talvez seja o
mais conhecido entre eles, pois muitos trabalham com as Entidades de
Luz dessa falange.

Um dos principais motivos é que todos filhos de Ogum tem uma ligação
direta e muito especial com Iemanjá.

    A entidade que faz a ligação entre Ogum e Iemanjá, é Seu
Beira-Mar.

    Essa entidade toma conta das praias, onde há a arrebentação das
ondas, é ele que encaminha os pedidos feitas a mãe Iemanjá, pois como
nas lendas dizem, "Ogum mora no mar", portanto é lá que seu Ogum
Beira-Mar trabalha.

    Quando estão em terra as Entidades desta linha são sempre eretas,
com uma postura um tanto chamativas, de peito inflado. Podendo dentro
do Candomblé, seja que algum use capas encarnadas, e preferem
armaduras prateadas, diferente de outras entidades que usam dourado.

    Sua cor vibratória é o Vermelho, mas aceitam muito bem o azul
claro, pois é sua cor de atuação.

    Ogum Beira-Mar, comanda muitas falanges como por exemplo: Ogum 7
Ondas, Ogum 7 Mares, Ogum Marinho entre outros.

    No caso de Ogum 7 ondas, que é o responsável em entregar as
oferendas a Iemanjá, ele vem logo após a Ogum Beira-Mar, ou seja, se
oferta algo a Iemanjá, Ogum autoriza a Ogum Beira-mar a receber, e
Ogum Beira-Mar faz a entrega a Ogum 7 Ondas para que esse entregue aos
braços da linda Iemanjá. Caso Ogum não autorize, seus pedidos e sua
oferenda não vão chegar a Iemanjá, e por esse motivo alguns pedidos
feitos a ela não são realizados.

Saravá Ogum Beira-Mar!!!


                     OGUM DE RONDA OU OGUM NARUÊ




    Ogum de Ronda ou Ogum Naruê, chama um tanto a atenção dentro dos
Terreiros de Umbanda por estar ligado com os Exús, portanto Ogum de
Ronda ou Naruê tem dois lados, sendo um lado Ogum e outro lado Exú.

    Isso quer dizer que Ogum de Ronda ou Naruê, trabalha em dois polos
energéticos, ou seja, tanto do lado positivo quanto do negativo.

    Ogum de Ronda ou Naruê, vem quase da mesma vibração de Ogum Megê,
trabalha também nas Calungas Pequenas (cemitérios), e guarda com
firmeza as entradas de Centros e Terreiros Umbandistas.

    E normal na entrada de um Terreiro de Umbanda notarmos a imagem de
Ogum de Ronda dividindo os espaços entre as assistências e consulentes
do espaço cedido aos Médiuns trabalhadores, pois, enquantos os Exus
tomam conta das tronqueiras, Ogum de Ronda protege a entrada do cômodo
onde está havendo as incorporações, desobsessões, descarregos e
atendimentos.

    Também é natural se acompanhar no momento da defumação dos
Terreiros e de Médiuns, assim como todo o ambiente, o pedido dos
responsáveis pela Gira, o acompanhamento de Ogum de Ronda nessa hora.

Saravá Ogum de Ronda ou Ogum Naruê!!!


                            OGUM MATINATA





Ogum Matinata vibra, originalmente na linha de Ogum sem cruzamentos, é
a linha puro do Orixá Guerreiro.

    Ele é defensor dos campos onde são feitas as oferendas para Oxalá,
bem comuns em colinas floridas e montes.

    Ogum Matinata raramente é observado em um trabalho de incorporação
mediúnica, pois são pouquíssimos Médiuns que o tem como guia, pelo
fato de ser uma incorporação um tanto complicada, sendo um Médium com
Ogum Matinata na coroa, esse Médium tem que estar extremamente
desenvolvido para tal.

    As cores de Ogum Matinata são branco e vermelho, predominando mais
o branco.

    Suas oferendas devem ser sempre entregues em campos com muitas
flores. Além de guardar as oferendas de Oxalá, vibra diretamente
com o mesmo.

Saravá Ogum Matinata!!!


                OGUM DE LEI, OGUM DELÊ OU OGUM DILEI




    Esse Orixá é intermediador de Ogum e Xangô, ele chama-se Ogum de
Lei, alguns chamam de Ogum Delê e outros de Ogum Dilei, depende da
região onde se encontra os Terreiros.

    Todo material pesquisado sobre Ogum De Lei, não dá a grandeza
desse Orixá, pois é um tanto escasso, talvez pelo fato de que seja, um
tanto raro de ser visto em rituais de Umbanda.

    Ogum De Lei são os aplicadores da lei de Xangô, pode-se chamar até
de executores das leis divinas.

    Ogum de Lei, no Candomblé, usa armadura dourada e capa encarnada,
e por ser intermediador de Xangô, usa uma balança nas mãos, sempre com
uma mão sobre a espada, em sinal de execução.

    Sua cores cabalísticas são branco, vermelho e amarelo.

    Sua área de atuação é a entrada das pedreiras, pois nas pedras o
intermediário de Ogum para Xangô é, o "Ogum Guarda das Pedreiras". Mas
como disse essas entidades são dificeis de se ver em terra.

    Quando o Orixá Ogum manifesta-se na defesa do reino de Xangô,
encontramos o desdobramento chamado de Ogum de Lei, ou seja,
combinação vibratória do Orixá Ogum com o Orixá Xangô. Em nível de
necessidade nossa de terra (ou terreiro) é quando Ogum atua na
execução de justiça. É o Ogum da ponderação, ou seja, conquista/defesa
através da ponderação, da estratégia, da justiça e da sabedoria.

Saravá Ogum De Lei!!!


                              OGUM IARA




Ogum Iara, que também se pode ser escrito Ogum Yara, é uma falange do Orixá Ogum, bem
conhecido, ele trabalha em vibração com a Orixá Oxum, e também é dito
que seu trabalho vibra junto com Ibeiji, intermediando as crianças da
Umbanda.

    Ogum Iara que além de sua natureza aguerrida ainda carrega o amor
característico de nossa mãe Oxum, e também a doçura das crianças, que
vibram juntamente com Ibeiji, tem como característica a proteção de
modo especial a seus filhos, a sublime demonstração de ensinamentos
além de nos dar caminhos rumo a vitória. Sendo ele um pai austero,
forte e amoroso, assim nos ensina a caminhar nessas estradas, ora
iluminadas e planas, ora escuras e cheias de obstáculos.

    Dentro da Umbanda, Ogum Iara, é muito respeitado, e em um de seus
pontos cantados que diz assim:

"Ogum Iara, quando era menino, em seu cavalo branco ele foi guerrear, ele
guerreou, lá na sua banda e na nossa banda ele venceu demanda."

    Podemos observar nessa entoação, toda a bravura desse guerreiro,
sua forma destemida de encarar as demandas, sejam elas no plano
espiritual ou material.

A cor vibratória de Ogum Iara é o azul escuro. Ele trabalha nas
cachoeiras e em alguns jardins, tem como função de ser o receptor das
oferendas entregues a Oxum e também a Ibeiji.

Saravá Ogum Iara!!!

                           OGUM ROMPE-MATO




    Senhor Ogum Rompe-Mato é Senhor e comandante dos Caboclos de Ogum,
Seu Rompe-Mato também é famoso. suas falanges baixam em muitos
terreiros.

    A maioria dos falangeiros de Ogum, se comportam de forma retida,
costumam ficar parados num local, como se fosse um guarda de um
palácio, mas as Entidades de Luz da falange de Seu Rompe-Mato é
diferente, quase todos dançam e rodam o terreiro inteiro, alguns até
bradam. Talvez pela afinidade com a linha dos caboclos.

    Ele é intermediário entre o Orixá Ogum e Oxossi, por isso também
usa como cor vibratório além do branco e vermelho, o verde das matas.

    Seu campo de atuação é a entrada das matas, onde Oxossi governa.
Ogum Rompe-Mato guarda essa entrada, ele está sempre na entrada de uma
trilha, guardando os espíritos que lá moram.

    Não devemos confundir o Ogum Rompe-Mato com o Caboclo Rompe-Mato,
um é o intermediador de Ogum e Oxossi, já o Caboclo, é uma Entidade de
Luz que trabalha na linha de Ogum, e faz sua entrega pra Oxossi, um é
falangeiro, outro é um Guia.

    Todos os pedidos e  oferendas a Pai Oxossi, entregues nas entradas das matas e
florestas, passam por Seu Ogum Rompe-Mato, que autoriza ao Caboclo
Rompe-Mato a levá-las ao próprio Oxossi, para ai sim serem atendidos
os pedidos, e como os outros falangeiros de Ogum, se esse pedido não
tiver cabimento dentro da lei Umbandista, Seu Ogum Rompe-Mato não
autoriza e esse pedido sem nexo nunca vai ser realizado.

Saravá Ogum Rompe-Mato!!!

    Esses são os falangeiros desse maravilhoso e protetor Orixá
guerreiro, e esse é um texto resumido, pois a beleza desses Orixás é
tão grandiosa que realmente não daria para expressar em tão poucas
linhas.

Patacori Ogum!!!

Carlos de Ogum

 
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