Venho notando uma grande preocupação entre
vários pais que entram em contato conosco com o assunto: "Acho que meu filho é Médium."
São várias dúvidas, questões e até receios
desses pais, que buscam explicações para os fatos ocorridos de seus filhos,
fatos como visões de vultos, pressentimentos, indagações, conversas com o
invisível, enfim, vários fatos que demonstram a mediunidade das crianças e
adolescentes.
Antes de qualquer coisa gostaria de frisar
que todos nós somos médiuns, uns com mais sensibilidade outros com menos, porém
todos são. Portanto não há nada de anormal nisso, pois na realidade esse fato é
um dos preceitos para que estejamos nesse plano ainda material. Frisando novamente
que algumas pessoas possuem uma sensibilidade mediúnica muito mais aflorada que
as outras tem assim a condição de percepção muito maior que outras pessoas, e
essa percepção pode ser como presenças energéticas, o clima vibracional de
vários ambientes, percebe também a energia, sendo alta ou baixa, de outras
pessoas, percepção de vultos, imagens, aromas inexistentes no ambiente,
antecipação de acontecimentos determinados, sonhos que revelam algo, ouvir
vozes do além, enfim, diversas situações que o médium poderá acessar.
Devemos entender e mostrar aos pais que nos
buscam que há diversas maneiras de demonstração dessa sensibilidade mediúnica,
muitas pessoas tem a mediunidade de cura, e com apenas um toque, com uma prece,
ou mesmo com a própria presença em um ambiente onde esteja um adoentado, auxilia
essa pessoa fazendo sentir uma melhora grandiosa, em outras formas as crianças
podem prever acontecimentos futuros, podem descrever passagens do passado que
não fizeram parte daquela encarnação, enfim, vários tipos de demonstrações. E
isso é algo que devemos aceitar normalmente, buscando entender cada fato.
Até é compreensível os pais ficarem um
tanto nervosos, assustados, sem saber o que fazer em casos assim, porém sempre
é recomendado aos pais nunca renegar os fatos, não buscarem desmentir as
crianças com sensibilidade mediúnica elevada, pois podem essas crianças se
sentirem acusadas de serem mentirosas e desenvolverem outros problemas, tipo um
distúrbio de personalidade ou psicológico.
Também não é recomendado aos pais
acreditarem que esse fato mediúnico seja algo exclusivo, fazendo assim uma
valorização excessiva do fenômeno, e assim sendo criar certa vaidade, tanto no
filho quanto aos pais, e certamente atrapalhando todo o processo espiritual.
Os pais também não devem demonstrar medo,
ou passar esse medo as crianças, pois assim só as deixarão inseguras, receosas
e nervosas. Buscar sempre o entendimento que não devemos temer os espíritos ou
as Entidades de Luz, e passar esse entendimento aos nossos filhos.
Um dos grandes erros dos pais de filhos de
sensibilidade mediúnica elevada é a criação de grandes expectativas, pois isso
além de grande erro é uma imprudência, pois é sempre recomendado aos pais
agirem de uma forma muito natural, sempre deve parar para ouvir o filho quando
ele desejar falar espontaneamente sobre o assunto. Devem os pais jamais criticar,
ridicularizar a criança, e também jamais se demonstrar assustados, nervosos,
inquietos ou vaidosos e orgulhosos diante dos fatos mediúnicos que acontecem
com o filho.
Infelizmente muitas crianças e adolescentes
são taxados de deprimidos, ansiosos, hiperativos, e são "tratados" e
até dopados pelos pais por não entenderem o que se passa com seus filhos, e
esses pais buscam o auxilio de médicos que não tem esclarecimento algum sobre
os fatos mediúnicos ocorridos, sendo levados a errarem grandiosamente o diagnóstico
feito a essas crianças e adolescentes.
Se seu filho é considerado diferente por
você, se as questões mediúnicas o assustam, se você ainda não entende os fatos
espirituais, e só consegue vê-lo como uma criança diferente das demais, creio
que deverá entender o seguinte, diferenças sempre existiram em nosso planeta, e
graças a essas diferenças é que estamos evoluindo e seguindo rumo ao progresso
espiritual.
Ter um filho com sensibilidade mediúnica
elevada em nossa casa, não significa que a família seja especial, não devemos
dar forças para a vaidade, não devemos dar forças para os medos, e não devemos
dar forças à falta de informação.
Quando fatos assim acontecem, a família em
si deverá observar seus hábitos, seus conceitos, suas ações, suas atitudes,
como dialogam entre si, como são como pais, como convivem, ou seja, rever a si
próprios, modificando os maus hábitos, e os erros como seres humanos,
eliminando os vícios que nos acercam.
Indagado pelos pais de um menino de 13
anos, sobre o que fazer quando essa sensibilidade mediúnica elevada vem na
forma não de visões, audições, ou pressentimentos, mas sim na forma mais
receosa dos pais, a forma de incorporação de fato.
Antes de tudo gostaria de esclarecer que
essa forma mediúnica é muito, mas muito rara em crianças abaixo dos 16 anos, e
acima dessa idade ela não vem por acaso, mas sim com um trabalho de
desenvolvimento mediúnico dentro de um terreiro de Umbanda, feito por pessoas responsáveis,
diante da autorização do Mentor dessa casa e das Entidades de luz envolvidas no
trabalho sobre a Coroa desse adolescente.
Porém pode acontecer incorporações em
crianças abaixo dessa idade, e mesmo sem o devido desenvolvimento mediúnico da
forma tradicional, ou seja, essa criança já vem sendo desenvolvida por uma
Entidade de Luz Mentora desde o nascimento pelo seu grau elevado de
mediunidade.
Em casos raros assim, a criança pode, além
das visões, das audições, sonhos, pressentimentos, adivinhações; ter a
incorporação, e essas incorporações são com as Entidades Mentoras da Coroa
dessa criança, normalmente um Preto Velho ou um Erê, podendo também até ser um Caboclo.
E se acontecer esse fato, o que os pais devem fazer?
Como agir em casos assim?
Bem, eu vou descrever abaixo um caso real
no qual ocorreu a muitos anos atrás, e como protagonista temos um menino de 9
anos de idade, e juntamente a visão de sua mãe, uma mulher que buscava entender
e compreender os fatos, e de seu pai, um homem descrente dos fatos espirituais.
E assim todos os pais de filhos com mediunidade sensível podem tirar suas
próprias conclusões.
"O ano era 1977, AC era um menino comum,
estudava, brincava, tinha amigos, sonhos. Sua família também era uma família
comum, pais trabalhavam, tinha uma irmã mais velha que ele, e viviam bem apesar
de serem pobres.
Por AC ficar boa parte do dia sozinho, começou a perceber a visita de
antigos amigos que ele tinha contato desde a primeira infância. Amigos esses da
vida espiritual.
Falava sobre esses amigos a sua mãe, falava-lhe também sobre seus sonhos,
sonhos esses detalhados por ele e que tinham muita relevância diante de fatos
acontecidos posteriormente, e observados pela sua mãe.
Sua mãe sempre ficava intrigada, tudo aquilo não poderia ser só
coincidência, tinha muitas coisas que o menino descrevia, e logo em seguida
aconteciam.
A mãe de AC tentou conversar com o marido, porém esse descrente das coisas
espirituais, dizia-lhe para não dar atenção aquilo, pois tudo era imaginação do
garoto, e dela própria.
E chegou o mês de setembro daquele ano de 1977. Na residência da família
estavam AC e sua mãe conversando sobre assuntos do dia a dia, quando o menino
se calou, empalideceu, olhava fixamente para os olhos da mãe, que estranhou a
atitude do filho.
Ela o chamou pelo nome, ele nada respondia, e ela percebeu que ali não
era seu menino.
A mulher fez uma oração, clamou a Deus por sabedoria, e calmamente perguntou
ao filho:
"Quem
é você?"
O menino sorriu, com um olhar sereno, sentado sobre as próprias pernas,
ergueu as mãos ao encontro das mãos da mãe e as segurou suavemente.
Os relatos da mãe foi que se sentiu em paz, uma serenidade tomou conta
de sua mente, e uma calma extraordinária penetrou em sua alma.
E da boca do menino saiu uma voz doce, de tom baixo, com muita sabedoria
dizendo:
"Minha filha, não sou seu
menino, sou uma Entidade de Luz da linha das Almas, estou aqui apenas para
mostrar a luz mediúnica de seu filho."
Ao dizer isso a mulher sorriu, se emocionou, e agradeceu a oportunidade
que lhe foi dada.
A partir dai os dois tiveram uma longa conversa, e nessa conversa foi
dito detalhes de acontecimentos passados, presentes e futuros da família,
fazendo assim que a mulher cresse ainda muito mais em todos os fatos mediúnicos
de seu filho.
Ela contou todos os acontecimentos ao marido descrente, e ele continuou
afirmando que não passava de imaginação de ambos, e nunca deu a atenção devida
aos fatos.
O tempo passou, e mesmo o pai não crendo na força mediúnica do filho, o
menino buscou compreensão sobre sua vida espiritual. Buscou entender suas
visões, seus pressentimentos, o que ouvia, e com quem falava espiritualmente.
Compreendeu os trabalhos de caridade, as Entidades de Luz de sua Coroa, e tudo
relacionado com a mediunidade e espiritualidade.
E após anos e anos desse fato de sua primeira incorporação, hoje o menino
já um homem maduro, trabalha em prol da caridade espiritualista umbandista, trazendo
a terra Entidades maravilhosas e divinas que buscam trazer a paz, a caridade, o
amor, a luz de Deus, e tudo relacionado à espiritualidade."
E assim terminamos esse post com uma
pergunta.
Será que alguns pais não estão findando o caminho da caridade, do amor,
da paz e da luz de Deus quando não se busca compreender os filhos com
sensibilidade mediúnica elevada, pelo simples fato de não querer abrir os olhos
para esse dom maravilhoso de suas crianças?
Reflitam!
Carlos
de Ogum