Antes de qualquer
coisa vamos deixar claro que não estamos aqui para julgar qualquer tipo de
seita que prega que se devem fazer sacrifícios para obter uma possível vantagem
em algo que se pede, mesmo se esses pedidos forem sem nexo ou sem a mínima
noção e sem nenhuma ligação com a espiritualidade.
Gostaria de frisar
também que estaremos falando de Umbanda e não de outros dogmas, portanto para
ficarmos em entendimento a Umbanda prega sempre a vida, e o matar animais para
supostos sacrifícios não fazem parte da Umbanda.
Portanto vamos
descrever nesse texto o olhar de um umbandista para os umbandistas e se algum
leitor não concordar com o que descrevemos aqui, isso faz parte do livre
arbítrio de cada um, assim como faz parte de meu livre arbítrio não crer ser
umbandista quem discordar que sacrifício de animais não cabe na Umbanda.
Muitas pessoas sem
informação espiritualista dizem com convicção que devemos fazer sacrifícios de
animais em rituais, porque somos carnívoros e assim devemos alimentar as
Entidades com essa suposta energia, para que assim essas Entidades possam nos
auxiliar em algo que desejamos.
Pois bem,
refletimos bem sobre a ignorância desses pensamentos:
1º Estamos
comparando um ser encarnado cheio de defeitos e vícios com uma divindade de
Deus, ou seja, com uma Entidade de Luz.
2º Estamos
tentando mostrar algo que não existe, ou seja, fazer uma Entidade de Luz ser
imperfeita e se energizar com algo orgânico.
3º Com fatos
assim estamos colocando as Entidades de Luz como meros seres encarnados, que
faz trocas buscando a vantagem própria. Se fosse assim não seriam Entidades.
E assim os menos
informados adentram na lenda de terem que fazer oferendas a seus deuses,
enquanto os mais astutos usam desse fato para subtrair bens de uma forma
desonesta e hipócrita.
Certamente muitos
supostos Zeladores de Santo, que se dizem especialistas em Umbanda vão ser
contra tudo que nós do Blog Umbanda Yorimá pregamos sobre oferendas e
sacrifícios, porém quem é da Umbanda, sabe onde ela nasceu, e como nasceu no
Brasil, e para os que insistem em pregar sacrifícios e cobranças de oferendas
vou colocar um pequeno anexo para a reflexão de todos:
"O Caboclo das
Sete Encruzilhadas nunca determinou o sacrifício de aves e animais, quer para
homenagear entidades, quer para fortificar a minha mediunidade... Nunca recebi
um centavo pelas curas praticadas pelos guias. O Caboclo abominava a
retribuição monetária ao trabalho mediúnico. Não há ninguém que possa dizer, no
decorrer destes 66 anos, que retribuiu uma cura (e foram aos milhares) com
dinheiro."
- ZÉLIO DE MORAES.
Obs.: Zélio de
Moraes faleceu no dia 03 de Setembro de 1975, e nunca incentivou qualquer tipo
de oferenda e sacrifício dentro da Religião de Umbanda.
A ganância e a
vaidade de certos Zeladores levam os mesmos a pregarem insanidades em nome da
Umbanda, entre tantas dessas está os sacrifícios, que é totalmente descabido,
sem nenhuma necessidade dentro da religião.
E assim sendo para
continuarmos uma reflexão estou anexando mais um texto falando sobre e na qual
a fonte vem logo abaixo, portanto reflitam para não se deixarem enganar por
supostos Zeladores de pensamentos arcaicos.
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“PERGUNTA: A Umbanda faz
sacrifícios de animais?
RAMATÍS: A Umbanda não
recorre aos sacrifícios de animais para assentamentos vibratórios dos Orixás e
nem realiza ritos de iniciação para fortalecer o tônus mediúnico com sangue.
Não tem nessa prática legítima de outros cultos, um dos seus recursos de oferta
às divindades. A fé é o principal fundamento religioso da Umbanda – assim como
em outras religiões. Suas oferendas se diferenciam das demais por serem isentas
de sacrifícios de animais pelo fato de preconizarem o amor universal e, acima
de tudo, o exercício da caridade como reverência e troca energética junto aos
Orixás e aos seus enviados, os guias espirituais. É incompatível ceifar uma
vida e fazer a caridade, que é a essência do praticar amoroso que norteia a
Umbanda do Espaço.
Toda oferenda deve ser
um mecanismo estimulador do respeito e união religiosa com o Divino, daí com os
espíritos da natureza e dos animais "almas/grupo", que um dia
encarnarão no ciclo hominal, assim como já fostes animal encarnado em outras
épocas.
PERGUNTA: E os dirigentes
de centros que sacrificam em nome da Umbanda?
RAMATÍS: Reconhecemos que
na mistura de ritos existentes, se confundem o ser e o não ser umbandista.
Observai a essência da Luz Divina - fazer a caridade - e sabereis separar o
joio do trigo. Tal estado de coisa reflete a imaturidade e despreparo de alguns
dirigentes que se iludem pela pressão de ter que oferecer o trabalho
"forte". As exigências de quem paga a consulta e o trabalho
espiritual e quer resultados "para ontem" acabam impondo um
imediatismo que os conduz a adaptarem ritos de outros cultos aos seus
terreiros. Na verdade há uma enorme profusão de rituais que naturalmente é
confusa, refletindo o estado da consciência coletiva e o sistema de troca com o
além estabelecido que viceja: o toma lá da cá. Toda vez que um médium aplica um
rito em nome do Divino e sacrifica um animal, interfere num ciclo cósmico da
natureza universal, causando um desequilíbrio, desde que interrompe
artificialmente o "quantum" de vida que o espírito ainda teria que
ocupar no vaso carnal, direito sagrado concedido pelo Pai. Pela Lei de Causa e
Efeito, quanto maior seu entendimento da evolução espiritual - que
inexoravelmente é diferente da compreensão do sacerdote tribal de antigamente
-, ambição pelo ganho financeiro, vaidade e promoção pessoal, tanto maior será
o seu carma a ser saldado, mesmo que isto aparentemente não seja percebido no
momento presente. Dia chegará que tais medianeiros terão que prestar contas aos
verdadeiros e genuínos "zeladores" dos sítios sagrados da natureza que
"materializam" os Orixás aos homens e oportunizam os ciclos cósmicos
da vida espiritual - as reencarnações sucessivas das almas/grupo dos animais em
vosso orbe. Lembrai-vos que quanto maior a inteligência tanto maior pode ser a
ambição no exercício do sacerdócio religioso. Aos que muito sabem e ambicionam,
muito será cobrado pelos Orixás.
PERGUNTA: E os que
justificam o sacrifício animal como "inofensivo" dizendo que não
causa nenhum carma negativo?
RAMATÍS: O carma coletivo
que rege os movimentos ascensionais não se prende as crenças humanas e trata-se
de lei universal. Vós que sois homens e caminham à angelitude tal qual os
animais rumam à humanização gostaríeis de ter vossa garganta cortada e sangue
vertido até a última gota entre ladainhas, campânulas e mantras que culminam
num ápice com transe de possessão? Assim fazem com os animais que rumam para se
humanizar. Mesmo que os irmãos menores do orbe sejam somente instintos,
regem-nos uma Inteligência Superior que os leva a inexorável individualização,
direito cósmico sagrado que os conduz ao encarnarem num corpo hominal. Quanto
maior a consciência menor a ignorância das verdades cósmicas e mais amplos os
débitos ou créditos na contabilidade sideral de cada cidadão. A finalidade
superior das almas grupos e dos animais é não serem escravizados e cruelmente despedaçados
pelos crentes religiosos que acabam bloqueando-lhes o direito sagrado de
aquisição dos princípios rudimentares de inteligência pela convivência pacífica
e amorosa com os humanos, experiência propiciatório para que paulatinamente
formem os veículos corpo astral e mental para oportunamente virem a estagiar no
ciclo encarnatório humanóide. Reflitam os que matam os animais em nome dos Santos
se gostaríeis que os Anjos para se tornarem arcanjos viessem vos cortar em
pedaços e "chupar" vosso sangue para se saciarem nos "páramos
celestiais."
* Este texto faz parte dos livros "Diário Mediúnico" e "Mediunidade
e Sacerdócio” Editora do Conhecimento.
Fonte: Triângulo
da Fraternidade
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Muitas pessoas vão
tentar impor a colocação de que nos alimentamos de carne de animais, porém
infelizmente em nosso mundo de precária evolução espiritual, a carne ainda
alimenta a carne. Só que existe uma enorme diferença entre sacrificar um animal
para usá-lo como alimento (o que já é errado) e usá-lo para saciar a sede por
tônus vital por parte de espíritos sem luz como Kiumbas por exemplo.
É algo totalmente
sem nexo alguém matar um animal em meio às matas ou nas encruzilhadas ou ainda
pior, nas tronqueiras, como indicam certos Zeladores ou que são feitos em
alguns rituais de seitas, e ali deixar suas carcaças apodrecendo, isso é
extremamente bestial. Se um templo sacrifica animais, ESSE TEMPLO NÃO É DE UMBANDA, não importando o
que aleguem seus dirigentes. E nunca podemos esquecer a velha frase pregada
pelas Entidades de Luz:
"Se se mata
animal não é Umbanda".
Finalizando
gostaria de expressar que em nossa casa não é aceito nenhum tipo de sacrifício,
os filhos de nosso terreiro estão cientes do que é certo e do que é errado,
sabemos que muitos dirigentes de terreiro se utilizam desses rituais para firmamento
ou festas, e isso é livre arbítrio de cada um, só friso que dentro da lei da
Umbanda isso não é pregado e não é aceito. E quando é feito não podemos considerar
que seja Umbanda, pois quando esses sacrifícios se tomam forma de ritual, com
cânticos, supostos médiuns paramentados, com ansiedade nos olhos a espera do
sacrificador, isso se torna na verdade uma matança, um verdadeiro espetáculo de
horror que não há nenhuma necessidade de ser colocado juntamente ao nome da divina
Umbanda.
E por motivos
assim, por essas pregações sem nexo ou sem noção de certos dirigentes e
Zeladores que o santo nome da Umbanda se transforma em "munição" para atacar a religião por
líderes de outros dogmas, que já de uma forma mau caráter dizem que até
sacrifícios humanos são feitos dentro da Umbanda, coisa que sabemos que não
existe e nunca existiu.
Vamos resguardar a
nossa religião, vamos parar com esses rituais que nada tem a ver com Umbanda,
vamos deixar de sermos gananciosos, vaidosos, mistificadores, vamos ser umbandistas,
apenas umbandistas, a religião que prega o amor, a caridade, a paz e a vida
acima de tudo.
Salve a
nossa amada Umbanda!
Carlos de Ogum