terça-feira, 30 de agosto de 2016 42 comentários

DESCREVENDO O UMBRAL

                   

    Em muitas vezes ouvimos falar em Umbral, porém muitas dúvidas
sempre teremos sobre esse assunto da espiritualidade.

    O Umbral é um mistério a nós encarnados, porém entendemos que é um
local, seja ilusório ou seja real, que nos assusta em demasia.

    Muitas vezes se fala em Umbral como um local que consiste em
nossos maus pensamentos, nossas más ações, nossas caminhadas errôneas,
em outras vezes se fala como cidades espirituais, assim como as
colônias de tratamento para a evolução espiritual, sendo claro o
Umbral um local um tanto mais assustador.

    Hoje vamos falar desse misterioso local da espiritualidade como
uma cidade envolvida na luz da aprendizagem e da evolução, onde os
espíritos errantes que não tiveram compreensão de seus erros terrenos,
não conseguiram superar seus vícios, não pregaram a paz, o amor e a
caridade em suas vidas de encarnados, moram e buscam o entendimento e
a luz para que futuramente sejam resgatados pelas Entidades de Luz e
os irmãos trabalhadores em prol da salvação dessas almas. A descrição
dessa cidade espiritual será de acordo com a descrição de várias
psicografias feitas por diversos médiuns que tiveram a benção de ter
uma mensagem de espíritos evoluídos, além dos dizeres de Entidades de
Luz que tentam nos ensinar a caridade, o amor para nosso semelhante,
para que possamos melhorar dia após dia, e assim não passarmos um
tempo maior do que o necessário na tão temida cidade espiritual,
chamada Umbral.


                               UMBRAL

    Muitas pessoas denominam esse local como Abismo, Geena, Inferno,
Região Inferior e Zona Purgatorial.

    O Umbral tem seu inicio localizado na crosta terrestre, é a zona
obscura de quantos no mundo encarnado não se resolveram a atravessar
as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no
vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos.

    Várias linhas espirituais falam sobre um lugar de trevas, para
onde criaturas que desencarnam em situação de muita dor, ódio,
suicídio, maledicência, rancor, inveja, entre outros vários motivos,
acabam indo, para resgatar seus erros, e assim tentar evoluir e partir
para uma próxima reencarnação. Ou seja, pagando suas dívidas para que
assim possa seguir o caminho rumo ao Pai Maior.

    Mas o que seria realmente o  Umbral?

    Onde fica?

    São perguntas um tanto formuladas que muitas pessoas se fazem, e
muitos desejam saber e entender o significado.

    Podemos verificar no dicionário Aurélio que o Umbral tem o
seguinte significado: "Soleira da porta, limiar, entrada."

    Portanto trata-se, de uma outra região, de um local diferenciado
do local que se está.

    No espaço esse local é contaminado pelas vibrações viciadas de um
grupo de criaturas que reúne, segundo os seus sentimentos, ansiedades,
ambições, inveja, ódio, etc.
        Pois assim como existem essas percepções negativas no Plano
dos encarnados, essas visíveis, vamos encontrar, também, entre os
desencarnados, nas mesmas condições de sentimentos ruins, formando
verdadeiros aglomerados de seres viciados, ignorantes, e, à medida que
esse número cresce, o ambiente vai se contaminando cada vez mais.
Felizmente, como os vícios e os erros são diferentes, esses grupos
estão separados; para manter essa separação, a fim de que não se
desencadeiem males maiores sobre a Humanidade encarnada.

    As regiões Umbralinas descritas pelas psicografias e pelas falas
das Entidades de Luz, nos mostram que parece ser ali que é a morada de
todas as misérias imagináveis. No Umbral se pode encontrar espíritos
que se transformam em verdadeiros farrapos humanos, pois ali cultivam
entre si a podridão da promiscuidade, o medo e o pavor, a miséria,
a escravidão e exploração feitas pelos mais sagazes e violentos
espíritos que se encontram nessa região tão sombria.

    A imaginação humana por muitas vezes traz imagens de um local de
grandes predominâncias do fogo, na qual é imaginado o "inferno", para
descrever o Umbral, porém apesar de ser um local extremamente
desagradável, o Umbral foi descrito por diversas psicografias da
seguinte maneira, resumidamente dita assim:

    "No Umbral a natureza parece estar sempre carrancuda e revoltada,
pois o dia nunca amanhece totalmente, e a penumbra é uma constante. Às
vezes, violentas tempestades assolam essas regiões, num esforço
supremo de aliviar, limpar acúmulos de miasmas e trevas criados pelo
homem profundamente egoísta.

         Ali se reúnem, numa convivência deprimente, espíritos
invigilantes que, na Terra, não se preocuparam com o crescimento
espiritual, pois, se não fizeram o mal, o bem também não realizaram. E
dessa maneira criaram débitos, porque, quando se pode, deve-se fazer.
E nós podemos refletir a luz, a harmonia, a bondade e a fraternidade
de Deus."

    "A vegetação no Umbral ela é sempre
pouca e não é constituída de muitas espécies. A maioria das árvores são retorcidas, com troncos grossos, e
não muito altas. Em alguns lugares, há vegetação rasteira que lembra ervas e capins da Terra. Servem de
alimentação a muitos espíritos que lá vivem."

    "Os animais, as aves, que também são de poucas espécies, desprovidos de beleza,
mas são úteis ao local."

    "Espíritos diversos estão lá, em condições deploráveis, sujos,
feridos no perispírito, aparentemente parecem zumbis. Esses espíritos
são divididos em núcleos, e esses núcleos podem ser de drogados,
assassinos, estupradores, suicidas, ditadores, enfim de todas as
classes de seres de baixa evolução. Porém no Umbral se encontra
espíritos de pessoas que não conduzem esse tipo de classe, mas estão
lá, por terem vividos como encarnados com sentimentos de orgulho,
inveja, ódio, prepotência, maledicência, ciúme, arrogância,
mesquinharia, ganância, ou qualquer tipo de sentimento vicioso não
controlado enquanto encarnados."

"Umbral não é sinônimo nem de sofrimento nem de felicidade, é um lugar
transitório. É um ambiente criado pelo mau uso da mente humana. Nem
todos acham o Umbral triste e feio, muitos gostam de viver ali. Gostos
diferem-se a uns agrada a limpeza, a outros agrada a sujeira. Uns
preferem a verdade, outros, a ilusão e a mentira. Depois, ninguém está
ali por punição, e sim por vibrar igual ao ambiente. Os que sofrem não
ficam lá para sempre, há o socorro, e esse socorro sempre vem, basta
aceitarmos."

    "O núcleo dos suicidas é de impressionar, eles ficam quase sempre
em vales e são visitados tanto por socorristas como pelos maus, que
vão atormentar mais ainda os que lá vivem. O sofrimento é extremo, a
dor da cobrança por ceifar a própria vida é algo incalculável. O
ambiente nesse local e sujo, úmido, frio, escuro, horrível. Animais
peçonhentos rastejantes estão por todos os lados, gemidos de lamúria
são ouvidos a todo instante. Uma das piores, se não a pior parte do
Umbral."

    "Por todo o Umbral o solo é diversificado, por muitas vezes é
muita lama, por outras vezes é seco e muito escorregadio, tem um odor
fétido, que nos faz ter náuseas. O local pode ser considerado o fim
dos fins."

         "O Umbral segue o ritmo da Terra, se na região dos encarnados
é dia ou noite, se chove ou não, se faz frio ou calor, lá também
acontece o mesmo, claro que a vegetação, o ar, o céu, a fauna, da
vida dos encarnados é muito superior em beleza, pois no Umbral tudo
tem um aspecto de filme de terror."

         "No Umbral, o odor é ruim, cheira a sujeira, lama podre e
mofo. O ar é pesado e sufocante. Nas cavernas, grutas, não há
vegetação e se houver é bem pouca. Se sente o sofrimento no ar, a dor
na vegetação, o medo na escuridão, o desespero em cada parte desse tão
temido local de nome Umbral."

         Certamente, o Umbral não é um lugar agradável. Se a maioria
dos encarnados tivesse ideia do que é viver nele, mesmo que por
determinado tempo, aproveitaria mais o período da encarnação para
aprender, viver no bem e modificar-se interiormente, fazendo-se
merecedor de moradas melhores, ao desencarnar.

    Resumindo, na visão espiritualista o Umbral é um inferno repleto
de agonias, torturas, podridões, sujeiras, maldades, sofrimentos,
medos, promiscuidades, horrores e terrores, e repleto de sentimentos
ruins, assim como a vida encarnada que vivemos. Portanto o Umbral é o
seguimento de nossas ações e de nossos pensamentos e sentimentos após
o desencarne.

    Para que não soframos tanto no Umbral, vamos tentar não fazer
sofrer tanto nossos semelhantes agora como encarnados. Façam o bem,
distribuam amor e paz, caridade e felicidade, esse é o caminho de luz
para nos iluminar após a morte.

    Façam de seu Umbral um lugar melhor.

    Reflitam!

Carlos de Ogum.


sábado, 20 de agosto de 2016 43 comentários

Compreendendo os vícios que nos impedem de evoluir

 


    Você sabe o que é vício?

    Você sabe o que é evolução espiritual?

    Quem acompanha uma casa de Umbanda, seja como filho de Santo, como
consulente ou como assistência, por muitas vezes já ouviram falar que
se deve deixar os vícios de lado para podermos evoluir.

    Quando se ouve isso logo nos vem a mente a bebida alcoólica, o
fumo, os entorpecentes, porém não é só desses vícios que se é referido
na Umbanda, apesar deles fazerem parte de uma grandiosa lista de
vícios.



    Os vícios na verdade podem ser definidos da seguinte forma:

    Vício é o uso costumeiro de toda e qualquer coisa que nos acarrete
prejuízo. É o costume de proceder mal. Vício é uma doença complexa,
que exige muita força de vontade e de fé para se libertar dela.

    Para nos curar dos vícios devemos lutar constantemente contra ele,
enfrentá-lo e vencê-lo.

    O vício quando não vencido, a pessoa que carrega esse mal, se
torna escrava dele, fazendo assim com que nos percamos nos caminhos
que deveremos seguir para que possamos evoluir, ser alguém melhor, e
assim estarmos em contato com Deus.

    Para que nossa caminhada terrena para a vida espiritual, e claro
para a evolução de nosso espírito, fique de uma forma liberta e
aceitável dentro das regras espiritualistas evolutivas, devemos estar
em compreensão que não devemos carregar tais vícios, pois estando eles
conosco nunca seremos verdadeiramente libertos para seguir o caminho
de luz que deveríamos nos entregar.

    Todos os vícios são nocivos para quem os tem, e muitas vezes um ou
dois desses vícios encobrem todas as virtudes que adquirimos no
caminhar de nossa vida terrena.

    Sabemos que são muitos os vícios, e devemos lutar persistentemente
para vencer a todos, pois  se deixarmos em nossa vida um restinho de
qualquer um deles, podemos estar certos que vai nos atrapalhar em
demasia.

    A essa altura muitos de nós podemos estar refletindo, quais os
vícios que tenho, ou que quantidade tenho.

    Para esclarecimento, vou citar alguns abaixo, que certamente
muitas pessoas tem, são os mais conhecidos, e que estão em um grau
intenso dentro da humanidade, e que dentro da linha espiritualista umbandista
atrapalha em muitas ações, fatos, como por exemplo o que já dissemos
acima, a evolução do espírito, mas mesmo dentro de uma Gira, quando
se ocorre certos vícios, podem atrapalhar intensamente os trabalhos,
fazendo assim com que o Terreiro perca a firmeza, dando abertura a
espíritos sem luz, como Kiumbas, Eguns, Zombeteiros, que dominam o
médium vicioso, fazendo-o assim mistificar, e por consequência
atrapalhar uma consulta a uma pessoa que esteja necessitada de auxílio
verdadeiro.

    Os vícios mais conhecidos são:

Agressividade.
Alcoolismo.
Ambição.
Apego material.
Avareza.
Calúnia.
Ciúme.
Cólera.
Entorpecente.
Fumo.
Ganância.
Gula.
Inconformação.
Inveja.
Jogo.
Maledicência.
Mentira.
Ociosidade.
Orgulho.
Pornografia.
Queixa.
Roubo.
Vaidade.



    Temos outros tipos de vícios, porém frisamos esses por serem os
mais conhecidos.


    Dentro da linha umbandista, temos a convicção da reencarnação, e
entendemos que os vícios danificam extremamente o perispírito,
fazendo assim que danifiquemos o que temos de perfeito, e assim sendo
podemos vir em uma próxima reencarnação com alguma deficiência para
que possamos ter o aprendizado sobre o mau hábito, ou seja,
entendermos, espiritualmente falando, que temos que nos livrar dos
vícios.

    E para esclarecimento, só nos livramos de um vício, se provarmos a
nós mesmos que somos capazes, e por nossa livre e grandiosa vontade,
sendo assim devemos lutar contra ele para vencê-lo, e assim seguirmos
o caminho da evolução.

    Devemos compreender que todo e qualquer vício atrapalha
grandiosamente a evolução de um espírito, e maltrata e danifica
extremamente o perispírito, contudo sabendo que as próprias ações
danificam essa caminhada rumo ao objetivo de evolução, temos na
consciência que a reencarnação poderá nos tirar dessa roda gigante,
que seria as más ações, ou seja vícios que carregamos em nossa vida
terrena, eliminando-as para prosseguirmos em paz, aos braços do amado
Deus.



    Lembremos que o Pai Maior é justo e amável, quando desejamos com
fé e perseverança, sempre teremos auxílio para sairmos desses vícios
tão nocivos a nossa evolução, portanto temos que ter em mente, que
dependerá exclusivamente de nosso livre arbítrio.

    Devemos evitar os vícios com compreensão, sabemos que não é nada
fácil abandonar um vício, seja ele qual for. É de extrema necessidade
nos conscientizarmos que temos tal vício, para assim, tentar
combatê-lo.

    Para quem ainda está se perguntando sobre a relação de alguns
vícios mencionados acima, não compreendendo o porque estão nessa
relação, pois quando falamos de vícios as primeiras coisas que nos
vem a mente é fumo, álcool e drogas. E em nossos pensamentos um tanto
atrasados, imaginamos que apenas esses vícios, que apesar de serem
extremamente prejudiciais a nosso corpo físico, além de destruir boa
parte de nosso perispírito, são os únicos ou os principais vícios que
podemos adquirir, mas que na verdade não é bem assim, pois outros
relacionados acima, são tão grandes ou piores vícios a nossa
caminhada, tanto terrena quanto espiritual, falando de evolução e dos
cuidados com a enorme deterioração do perispírito.

    Resumidamente, apenas para esclarecer e para que todos nós
possamos refletir sobre tais vícios, vamos mostrar onde esses agridem
com maior proporção as partes equivalentes ao perispírito, sendo que
nessa demonstração levaremos em conta que o corpo físico é uma cópia
idêntica ao nosso perispírito, portanto vamos indicar essa
deterioração como se estivéssemos observando a matéria, o corpo
físico.

Agressividade: Deteriora o cérebro, sistema cardíaco e o sistema
nervoso, podendo deixar a pessoa que tem esse vício vir a ter
problemas nessas partes em uma reencarnação futura.

Alcoolismo: Ataca principalmente o cérebro, sistema nervoso, órgãos
como fígado e coração, podendo ainda trazer danos gravíssimos aos
olhos, trazendo a cegueira em uma encarnação próxima.

Ambição: Podem trazer males respiratórios em uma próxima encarnação,
por lesar em demasia todo o sistema respiratório, além de problemas
mentais.

Apego material: Da mesma forma que a ambição, esse vício lesiona o
sistema respiratório e o cérebro, podendo também trazer extremas dores
estomacais, levando a gastrite.

Avareza:  A avareza tem ligação deteriorativa diretamente com os
neurônios, fazendo assim que possamos ter males cerebrais incuráveis.

Calúnia: Esse vício tem o poder de deteriorar as cordas vocais,
fazendo assim em uma próxima reencarnação a pessoa caluniadora vir a
ser muda. Podem deteriorar também partes da laringe e faringe, além de
fazer com que aumente os batimentos cardíacos, de uma tal forma levando
a pessoa a ter uma taquicardia extrema.

Ciúme: Vício que parece não ter tanta importância, muitos dizem que é
tempero do amor, porém esse vício leva a termos graves lesões
cardíacas, cerebrais, renais e pulmonares. Temos que ter extremo
cuidado com esse sentimento que parece inofensivo, pois ele toma conta
da maioria da humanidade.

Cólera: Assim como a agressividade: Deteriora o cérebro, sistema
cardíaco e o sistema nervoso, podendo deixar a pessoa que tem esse
vício vir a ter problemas nessas partes em uma reencarnação futura.

Entorpecentes: Deteriora todos os sistemas e órgãos do corpo humano,
em especial o cérebro.

Fumo: Ataca todos os órgãos do corpo, podendo fazer crescer a
quantidade de células doentes (câncer), em encarnações futuras poderá
vir com todo sistema respiratório lesionado.

Ganância: Assim como a avareza: A ganância tem ligação deteriorativa
diretamente com os neurônios, fazendo assim que possamos ter males
cerebrais incuráveis.

Gula: A Gula é um vício bastante difícil de ser combatido, mas devemos
lutar extremamente contra ela, pois ataca todo o sistema circulatório,
cardíaco, lesiona órgãos como pâncreas, fígado e rins. Em uma próxima
reencarnação podemos retornar com várias doenças nessas partes por
termos nosso perispírito danificado nesses órgãos.

Inconformação: Vício de achar que tudo está sempre ruim, que todos
estão contra você. Nos traz depressões crônicas, lesiona o cérebro de
uma tal maneira que em uma próxima reencarnação o inconformado poderá
retornar com paralisia cerebral grave.

Inveja: Vício que lesiona o sistema imunológico, cardíaco e
circulatório.

Jogo: Lesiona várias partes do cérebro.

Maledicência: Deteriora a faringe e laringe, podendo também atacar o
sistema cardíaco.

Mentira: Vício comum entre os seres humanos, que traz males a todo
sistema nervoso.

Ociosidade: Traz lesões aos membros inferiores e superiores, ao
sistema cardíaco, e a todo sistema neurológico.

Orgulho: Lesiona o cérebro, e órgãos como o coração, pulmão, rim e
fígado.

Pornografia: Ataca todo sistema imunológico, sistema nervoso, além de
deteriorar o cérebro e poder deixar partes da genitália com lesões
irrecuperáveis.

Queixa: Assim como a inconformação, nos traz depressões crônicas,
lesiona o cérebro de uma tal maneira que em uma próxima reencarnação o
inconformado poderá retornar com paralisia cerebral grave.

Roubo: Ataca todo sistema nervoso, podendo trazer também lesões
graves nos membros superiores.

Vaidade: Traz diversos defeitos físicos por todo corpo em uma
próxima reencarnação.



    Dentre vários vícios, vamos apenas destacar esses como exemplo,
porém devemos ficar sempre atentos a não nos deixarmos ser levados a
sermos conduzidos por eles, para que não percamos nossa evolução
espiritual, e não soframos em uma próxima reencarnação nenhum tipo de
mal por não termos conseguido nos livrar desses diabólicos vícios.

    Frisamos também que não necessariamente uma pessoa que tenha algum
mal desses descritos acima tiveram alguns desses vícios na encarnação
passada, pois são vários os motivos que podem levar a um mal. Cada
caso é um caso, as causas podem ser diferentes para o mesmo efeito.
Lembre-se, somos o que construímos no passado e Seremos no futuro o
que Construirmos no presente.

    Reflitam e lutem contra esses erros, que podem nos fazer sofrer
por uma encarnação inteira.

Paz e vitórias sobre nossos vícios.


Carlos de Ogum

domingo, 14 de agosto de 2016 41 comentários

Feliz dia dos Pais, Pai Carlos de Ogum


******************************************************************
Ôh salve a pemba, também salve a toalha
Ôh salve a pemba, também salve a toalha

Salve a Coroa de Babalaô de Orixá
Salve a Coroa de Babalaô de Orixá
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Pai Carlos de Ogum, espero de coração que um dia eu possa retribuir todo o carinho e proteção que recebo de você. Família pra mim não tem nada haver com sangue, e sim com quem se doa pra ver sua felicidade. 
A melhor pessoa que já conheci; o melhor amigo que alguém pode ter. Me protege e sei que tá sempre pronto para estender a mão e me ajudar quando eu cair.
Meus primeiros passos começaram tarde, aos 18 anos, e você que me ensinou a caminhar. 
Obrigada pelos puxões de orelha e pelas broncas bem dadas quando faço "anices". Obrigada pelo apoio e por me mostrar que eu posso ir muito além do que eu imaginava. Obrigada por ser o Pai e Padrinho de Santo que não está presente só dentro do terreiro, mas também fora dele. Obrigada por me ajudar tanto e me proteger tanto e mostrar que a caridade vai muito além do que fazer pra ter. É ajudar sem pedir nada em troca, é não desistir de fazer uma alma crescer na luz.

Feliz dia dos Pais, Meu Amado Pai de Santo!
Meu Melhor Amigo!
Meu Maior Exemplo!





quarta-feira, 10 de agosto de 2016 60 comentários

Atabaque, Instrumento Sagrado da Umbanda

           

    Dentro de nossas Giras de Umbanda, muitas coisas nos chamam
atenção, o ritual, a caridade, o amor, o clima de luz e paz, os
cantos, as Entidades de Luz, enfim, tantas belezas, tantas coisas
maravilhosas e divinas, que até parece que estamos viajando para a
linda cidade espiritual de Aruanda. Porém, dentre tantas coisas
lindas, vamos destacar uma que é algo sem igual, algo que nos
encanta, nos faz vibrar, nos domina: O Atabaque, instrumento sagrado
de nossa amada religião.

    O Atabaque é um instrumento musical Sagrado na Umbanda, utilizado
nos trabalhos espirituais para produzir vibrações energéticas, que são
direcionadas pelo guia chefe, para determinados trabalhos realizados
no terreiro.

    Normalmente todos os Terreiros de Umbanda tem a apresentação do
Atabaque, que com seu toque, sua cadência, sua força e luz espiritual,
auxilia extremamente a concentração, vibração e incorporação dos
médiuns, que estão preparados, ou seja, desenvolvidos mediunicamente e
espiritualmente para esse trabalho, cedendo sua Coroa, seu corpo, sua
voz, para as amadas Entidades de Luz, e assim auxiliar a quem busca
um caminho para chegar aos braços do Pai Maior dentro da religião
umbandista.

Os Atabaques são tambores altos e estreitos, afunilados de um só
couro, usados para atrair as diferentes vibrações quando tocados. Os
Atabaques são usados para manter o ambiente sob uma vibração homogênea
e fazer com que todos os médiuns permaneçam em atenção mediúnica.

    Os Atabaques são um dos principais pontos de atração de vibrações
de um terreiro. A energia dos Orixás e das Entidades de Luz chamados é
captada pelos assentamentos e direcionada para o Zelador onde é
concentrada e depois lançada para os Atabaques onde é modulada e
distribuída para os médiuns da corrente.

    Os Atabaques vieram pelas mãos dos negros africanos, que foram
escravizados e trazidos para o Brasil, ele é usado em quase todos
rituais afro-brasileiro, porém é bem comum na Umbanda e no Candomblé,
mas também poderemos encontrar esse sagrado instrumento em outras
nações, influenciado pelas tradições africanas de uso tradicional na
musica ritualista religiosa, utilizados para a convocação de Entidades
de Luz e Orixás.

    Anteriormente ao Atabaque, se deu início um instrumento antigo
conhecido como "macumba", utilizado para as percussões musicais, e
esse instrumento era formado por uma casca de árvore e duas varetas de
bambu, que eram batidos sobre a casca, um tanto parecido com o
reco-reco de origem africana.

    Após o instrumento "macumba", nasceu o Atabaque pelas mãos dos
africanos, e esse é feito em madeira, e os aros de ferro que sustentam
o couro, que são esticados de uma forma na qual fique com um som limpo
e agradável.

O responsável pelos Atabaques é normalmente uma pessoa escolhida no
terreiro que conheça os ritmos aplicados para cada linha dentro da
Umbanda.

    Os Atabaques devem ser tratados com o máximo de respeito e nenhuma
pessoa desautorizada deverá tocá-los, o que poderia colocar em risco o
equilíbrio da gira e a faixa mediúnica dos médiuns da corrente.

    Quando fora de uso, os atabaques, devem ser cobertos com   pano
próprio, de cor branco, e só podem ser retirados pelos responsáveis de
cada instrumento, ou por pessoa autorizada pelo Ogã Mestre, ou pelo
Zelador de Santo da casa.

É bem   importante observar que o toque (volume) dos atabaques nunca deve
exceder as   vozes da corrente. Quando o atabaque excede a corrente se
desorganiza e o médium   perde a concentração, atrapalhando assim a
desenvoltura na incorporação ou nos trabalhos.

    Na Umbanda temos três tipos de Atabaques, que são utilizados
para dar a cadência dos toques e assim fazer com que a vibração
mediúnica dos filhos da casa se condensem com a vibração das Entidades
de luz e dos Orixás, para que a incorporação seja extremamente segura,
fazendo assim o trabalho perfeito em prol da caridade.

    Esses Atabaques são conhecidos como: Rum, Rumpi e Lê.

Rum: Significa grande ou maior.
Rumpi: Significa médio ou mediano.
Lê: Significa pequeno ou menor.

    Abaixo falaremos a diferença de cada um deles.

    Antes vamos frisar duas formações básicas na colocação dos
Atabaques e de seus atabaqueiros, para que possamos entender a
colocação desses instrumentos dentro dos Terreiros, ou lugares
apropriados para a realizações das Giras, locais como as matas, as
cachoeiras, as praias, etc.

    A primeira formação é conhecida como "Formação Horizontal", e a
segunda é conhecida como "Formação Ponta de Flecha ou em "V".

FORMAÇÃO HORIZONTAL: Essa é a formação mais utilizada, talvez por
ocupar menos espaço dentro dos Terreiros. Ela se compõe de normalmente
três Atabaques, distribuídos dentro do modo e regras do Terreiro.
Podemos também ver em algumas casas de Umbanda três ou mais linhas
horizontais de Atabaques e atabaqueiros, ou seja, uma linha de
Atabaque Rum, com três instrumentos, uma de Atabaque Rumpi, com três
instrumentos da mesma forma, e uma de Atabaque Lê, também com três
instrumentos, sendo enfileirados, conforme o espaço do Terreiro e a
determinação do Ogã Mestre ou do Zelador da casa.

FORMAÇÃO PONTA DE FLECHA OU EM "V": Essa formação é mais utilizada em
Terreiros mais espaçosos ou em Giras fora do Terreiro, como nas
praias ou cachoeiras por exemplo. Essa formação é feita por uma
colocação de um Atabaque Mestre no inicio da ponta, e vem se abrindo
em "V" com abertura em diagonal externa, sendo os Atabaques colocados
em uma distância compatível com o tamanho do local destinado aos
instrumentos. Ela tem por obrigatoriedade se iniciar com um Atabaque
Rum na ponta, podendo a partir do segundo grupo seguir dois desses
Atabaques, ou dois Atabaques Rumpi, seguindo a abertura da formação
conforme a quantidade de instrumentos que tenha na casa, e se fechando
com dois Atabaques Lê. Toda a formação deverá ser determinada pelo Ogã
Mestre ou pelo Zelador de Santo.

    Agora falaremos sobre os Atabaques.

RUM: Esse Atabaque é o maior de todos, normalmente tem 1,20 M (um
metro e vinte centímetros) de altura, fora a base. Ele que registra o
som mais grave. É através dele que as energias chegam no Terreiro, é
dele que vem a cadência mestra, ou seja, é dele que deve vir o maior
patamar de vibrações espirituais para os trabalhos mediúnicos, chamado
também de "Puxador". Normalmente esse Atabaque fica do lado direito,
de quem esteja olhando de frente para os atabaqueiros, isso em uma
colocação horizontal, porém em uma formação Ponta de Flecha, o
Atabaque Rum fica no inicio da formação (apenas um, sem pares),
podendo estar também a partir daí de dois em dois, dependendo da
quantidade de Atabaques Rum, existentes no Terreiro, sempre
verificando a distância compatível com o tamanho do local destinado
aos instrumentos.

    O Atabaque Rum sempre deverá ser tocado pelo Ogã chefe, ou Ogã
Mestre, e só poderá ser tocado por outro atabaqueiro caso tenha
permissão do Ogã chefe, fora isso, caso tenha uma Gira na qual o Ogã
chefe ou mestre não possa estar presente, esse Atabaque deverá ficar
em silêncio, coberto com seu pano branco.

    A função desse Atabaque é dar os primeiros toques nos pontos,
repicar e conduzir os trabalhos impulsionando energias, isso justifica
tamanha importância e respeito por se tratar do Atabaque do Ogã
Mestre.

RUMPI: Esse Atabaque é de tamanho médio, varia entre 80 CM à 1 M
(oitenta centímetros à um metro) de altura, fora a base. Tem o som
entre o grave e o agudo. É o Atabaque que faz a proteção, e é ele que
tem a responsabilidade de fazer a maioria de dobras, ou seja, repiques
diferenciados, com uma entonação bem forte.

    Esse Atabaque é o que fica no meio, caso a formação for em
horizontal no local onde está reservado para os médiuns atabaqueiros e
curimbeiros. Já em uma formação em ponta de flecha, ele pode ficar
após a colocação do puxador, ou seja, do Atabaque RUM, que vai
depender de cada casa, podendo o Atabaque Rumpi estar na segunda ou terceira fila em
linha diagonal aberta, frisando que deve estar sempre em pares para
essa formação.

    O Rumpi poderá ser tocado por qualquer outro filho considerado um
atabaqueiro, e autorizado pelo o Ogã chefe. A função do Rumpi é dar
somente o ritmo do toque e manter a harmonia, tendo sua importância
particular, pois ele é responsável por sustentar a energia básica
trabalhada pelo toque.

LÊ: Esse é o caçula dos Atabaques, de tamanho menor, ele pode medir
entre 45 à 60 CM (quarenta e cinco à sessenta centímetros) de altura,
fora a base. Seu som registra o tom agudo, e ele que faz a ligação
entre o som dos Atabaques e o som do canto.

    Esse instrumento é utilizado pelos aprendizes atabaqueiros e
curimbeiros, e devemos respeitá-lo da mesma forma do que os outros
Atabaques.

    Normalmente ele fica do lado esquerdo de quem olha de frente a
colocação dos Atabaques, isso em uma formação horizontal, e em uma
formação Ponta de Flecha ele ficará logo após a colocação dos
Atabaques Rumpi, e tem a finalidade de fechar a formação, sempre
claro vindo em pares, assim como toda a formação, com exceção do
Atabaque Mestre, que se inicia apenas um, na formação Ponta de Flecha.

    O Atabaque Lê, deve seguir sempre os toques do Rumpi. Pode ocorrer
de que o guia chefe indique futuros Ogãs e atabaqueiros, e o Ogã chefe
tem o direito de compartilhar ou não desta indicação. Caso seja
compartilhada, cabe a ele designar o Atabaque que será tocado pelo
iniciante.


    O trio de atabaques (no caso da formação horizontal), ou conjunto
de Atabaques (no caso da formação Ponta de Flecha) executa, ao longo da
gira, uma série de toques que devem estar de acordo com os Orixás ou
Linhas chamadas que vão sendo evocados em cada momento do trabalho,
para que assim desde a abertura até o fechamento de uma Gira, toda a
irradiação seja harmônica entre as vibrações mediúnicas e os toques
vibratórios.

Como percebemos os Atabaques e a Curimba são de suma importância para
o bom andamento de uma Gira. A Curimba é o nome que damos para o grupo
responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um terreiro de
Umbanda. São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de
percussão), assim como conhecem cantos para as muitas "partes" de todo
o ritual umbandista. Esses pontos cantados, junto dos toques de
atabaque, são de suma importância no decorrer da gira e por isso devem
ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós.

    A Curimba também é de suma importância para a manutenção da ordem
nos trabalhos espirituais, com os seus pontos de "chamada" das linhas,
subida, firmeza, saudação, enfim, para todo andamento da Gira.

    Só para esclarecimento, muitas pessoas dizem que são os Atabaques
juntamente com seus atabaqueiros, que chamam as Entidades de Luz, isso
claro é uma inverdade, pois todas as Entidades já se encontram no
espaço físico e espiritual de um Terreiro, bem antes mesmo do começo
dos trabalhos. Os Atabaques são responsáveis pela concentração dos
médiuns, e também como uma sustentadora da manifestação dos Guias.

    O que realmente invoca os guias e os Orixás são os nossos
pensamentos e sentimentos positivos vibrados em vossas direções.
Muitas vezes ao cantar expressamos esse sentimentos, mas é o amor aos
Orixás a verdadeira invocação de Umbanda.

    Portanto não é verídico a pregação de alguns supostos Ogãs, que
dizem que são eles que trazem e levam determinada Entidade de Luz, a
seu bel prazer. Porém essa prepotência não pode ser aceita em nenhum
Terreiro. O Ogã pode sim auxiliar extremamente com seu toque no
Atabaque, mas dentro da determinação dos Zeladores e das Entidades.


    O Atabaque antigamente era visto como um instrumento de
feiticeiros, pelo fato de que foram os negros escravizados que os
trouxeram para nosso país. Primeiramente os Atabaques surgiram na
região Nordeste, provavelmente na Bahia, e nessa região os
Atabaques sempre foram alvo da polícia baiana, pois estava
terminantemente proibido de serem tocados durante o Estado Novo. E
assim para serem tocados somente seria feito na clandestinidade. Esse
fato foi terminado apenas quando em certa ocasião, em uma viagem ao
Rio de Janeiro, Mãe Aninha, fundadora do Ilê Axé do Opô Afonjá , em
São Gonçalo do Retiro, usou de sua influência e conseguiu uma
audiência com o presidente Getúlio Vargas . Ela só queria cultuar a
religião dos seus antepassados e Getúlio não teria como resistir ao
pedido legítimo de uma criatura tão doce. O encontro de Aninha com o
presidente do Brasil resultaria no Decreto 1.202, que permitiu o uso
dos atabaques nos terreiros. O acontecimento é considerado um passo
importante para a liberação definitiva do controle policial sobre os
candomblés, o que só ocorreu em 1976, no governo de Roberto Santos.
Na ocasião, a notícia foi recebida com entusiasmo pelo povo de santo
da Bahia, em plena festa da "Lavagem do Bonfim ."

    E assim temos até hoje essa maravilhosa vibração provinda da
energia dos amados Ogãs, da força mediúnica dos médiuns e do Sagrado
som do toque dos Atabaques, sendo eles para Umbanda, Candomblé, ou
qualquer outra religião afro-brasileira existente.

    Para entendimento e esclarecimento, vamos descrever o porque o
Atabaque tem toda essa ligação espiritual e divina com as religiões
afro-brasileiras, frisando que isso tem muito a ver com a sua
confecção, e claro com o material empregado nessa confecção, conforme
descrevemos abaixo.

    O Atabaque é composto por 3 elementos naturais, que são: A
madeira, o ferro e o couro.

    A madeira, que é regida por Xangô, tem a função de equilibrar a
vibração do som e sustentar o cumprimento da justiça divina durante os
trabalhos.

    O ferro, que é regido por Ogum, tem a função de fortalecer o
trabalho realizado no Atabaque, dando garra e força ao Ogã e demais
atabaqueiros, para enfrentar as dificuldades que ocorrerem durante os
trabalhos, e energeticamente garantir a ordem.

    O couro, que é regido por Exú, tem a função de atrair parte das
energias condensadas trabalhadas dentro do Gongá, auxiliando na
limpeza das mesmas, e quando o Ogã toca o couro do Atabaque, a
vibração produzida pelo toque, quebra a contra parte etérea destas
energias, dissolvendo-as no astral.

    Sendo assim, o Atabaque é responsável, juntamente com as
Entidades, pela manipulação de três energias básicas, que são:
sustentação, ordem e movimento.

    Vamos agora resumidamente demonstrar as ações do som do Atabaque
dentro de uma Gira de Umbanda, ou seja, como acontece toda essa
vibração, e claro mostrar a importância do sagrado instrumento.

    Para que seja produzida a energia necessária dentro de uma Gira, é
provocado, pelos atabaqueiros, um atrito no couro do Atabaque, e com
isso atingimos níveis de calor e vibrações sonoras que vão diretas
para os campos celulares dos médiuns. Os médiuns se eletrizam ao som
dos atabaques. Portanto sem os Atabaques essa eletrização é muito
menor. E pelo campo magnético do atabaqueiro que absorveu as energias
que vieram do Zelador, são projetadas as vibrações dos nossos
assentamentos para os demais médiuns. Assim a corrente magnética se
espalha pelo recinto de trabalho.

    O atabaqueiro, ao tocar, aguça sua captação de energias, recebe de
um Guia uma certa carga de vibrações que se infiltra nos seus planos
material e espiritual iniciando, depois, um ciclo que terá término em
suas mãos. Com a produção de energia calorífica, através do toque no
couro, o atabaqueiro fará a mistura com as vibrações das entidades e
as vibrações naturais dos médiuns, a sua energia e a do Guia irão
circular na corrente mediúnica começando dos médiuns mais preparados e
passando para os iniciantes. Essa energia, quando enfraquecida, volta
para as mãos do atabaqueiro, onde será fortificada e voltará a fazer o
ciclo na corrente.

    Percebe-se que tanto a presença física dos atabaques quanto a dos
atabaqueiros é de suma importância para a atração e distribuição das
energias dentro da gira.

    Quando não temos a possibilidade de termos em uma Gira o Atabaque,
ou o atabaqueiro, algumas pessoas pregam que poderia ser utilizados
aparelhos eletrônicos para que assim se tenha o som e os toques do
Atabaque, porém isso é uma inverdade, pois não teria essa corrente de
energização contida e necessária aos trabalhos.

    Nesse caso a melhor coisa a se fazer é apenas trabalhar com preces
e a concentração extrema para obter maior eficiência em todo andamento
da Gira.

    É importante ressaltar que o Atabaque é um instrumento sagrado, e
como tal temos que ter todo o respeito ao manuseá-lo.


    Antes de usar o atabaque deve-se pedir permissão, tocando o couro
e dizendo a seguinte prece:


"Dai-me licença Pai Oxalá. Dai-me licença ...(Entidade dona do
Atabaque). Dai-me força e dignidade para esse instrumento eu tocar."


    Quando o atabaque for guardado, deve-se agradecer da seguinte
forma:


"Obrigado meu Pai Oxalá. Obrigado .....(Entidade dona do Atabaque).
Obrigado por ter-me permitido cumprir a minha missão."


    E assim são os preceitos do Atabaque, que falamos resumidamente
nesse texto.

    Saravá os Atabaques e seus atabaqueiros!

    Que a força, a justiça e a proteção de Xangô, Ogum e Exú estejam
com todos os filhos de Umbanda e principalmente com os Atabaqueiros,
os Curimbeiros e os Ogãs mestres.

    Caô Cabecile Xangô!

    Patacori Ogum!

    Laroiê Exú!


Carlos de Ogum

 
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